Prefeitura de São João do Paraíso é alvo de investigação criminal da PGJ

Prefeito Beto Regis

A Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) do Maranhão abriu um inquérito criminal para apurar possíveis irregularidades em contrato firmado pela Prefeitura de São João do Paraíso, comandada pelo prefeito Beto Regis, com a empresa Renovar Empreendimentos e Construção Ltda. O acordo, avaliado em R$ 622.621,25, tinha como objetivo a reforma de pontes de madeira na zona rural do município.

Sob a coordenação da assessora especial Gabriela Brandão Tavernard, a investigação concentra-se na Tomada de Preços nº 08/2022 (Processo Administrativo nº 92/2022), que é alvo de suspeitas de crime licitatório.

A PGJ informou que o inquérito já está em estágio avançado, com prazo de até 90 dias para a conclusão. O caso foi formalmente comunicado ao Tribunal de Justiça do Maranhão, reforçando a seriedade das acusações que podem comprometer a gestão municipal.

Até o momento, nem o Executivo municipal nem a empresa mencionada se pronunciaram. A investigação aprofunda a análise sobre a aplicação de recursos públicos destinados à infraestrutura, buscando garantir a responsabilização em caso de irregularidades.

Prefeita de Timon é pressionada a vetar aumento do próprio salário após alerta do MPMA

Prefeita Dinair Veloso

Dinair Veloso, que está em seus últimos meses como prefeita de Timon após ser derrotada pelo deputado Rafael nas eleições de 2024, enfrenta agora a pressão do Ministério Público do Maranhão (MP-MA) para vetar um aumento salarial destinado a ela própria, ao vice-prefeito e aos secretários municipais.

Segundo o promotor Sérgio Ricardo Souza Martins, a Câmara Municipal aprovou o reajuste mesmo com o município acima do limite de 54% de gasto com pessoal estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A recomendação do MP dá à prefeita um prazo de cinco dias para barrar o projeto, sob pena de medidas judiciais. Além disso, o órgão aponta que a medida contraria a legislação eleitoral, que proíbe aumentos dessa natureza em anos de pleito.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) já havia alertado para o comprometimento do orçamento com a folha de pagamento da Prefeitura de Timon.

Reajuste

A Câmara Municipal de Timon aprovou, na última segunda-feira (25), um reajuste salarial que afeta a prefeita, o vice-prefeito e os secretários municipais. O projeto, de autoria da mesa diretora da Casa, foi apresentado com urgência pelo vereador Uilma Resende e aprovado por unanimidade pelos vereadores.

O reajuste prevê um aumento no salário da prefeita, que passaria de R$ 15.400 para R$ 17.000. O salário do vice-prefeito também seria elevado, de R$ 14.000 para R$ 15.000, enquanto os secretários municipais teriam um aumento considerável, passando dos atuais R$ 10.075 para R$ 14.000.

 

 

MP do Maranhão investiga licitação de R$ 4,3 milhões da Prefeitura de Santa Inês

Prefeito Felipe dos Pneus

O Ministério Público do Maranhão (MPMA) abriu inquérito para investigar suspeitas de irregularidades em uma licitação de R$ 4,3 milhões destinada à pavimentação de vias públicas na zona rural de Santa Inês. O contrato foi firmado com a empresa Klaus Construções e Serviços LTDA, vencedora da Concorrência Eletrônica nº 001/2024, que está sob suspeita de favorecimento no certame.

Segundo a Promotoria da comarca de Santa Inês, a empresa não teria apresentado a Certidão de Acervo Operacional (CAO), exigida pelo edital e pela Lei nº 14.133/2021. Além disso, indícios de sobreposição de serviços entre o contrato e ações já executadas diretamente pela prefeitura levantaram suspeitas sobre a aplicação dos recursos públicos.

Diligências foram determinadas para esclarecer o caso, incluindo a notificação do prefeito Luís Felipe Oliveira de Carvalho, conhecido como Felipe dos Pneus, análise técnica dos documentos pela promotoria e consulta ao CREA-MA. A investigação também irá verificar se houve direcionamento ou restrições no edital que comprometeram a competitividade da licitação.

Caso sejam comprovadas irregularidades, os responsáveis poderão responder por atos de improbidade administrativa.

Licitação de R$ 5,3 milhões em Pedro do Rosário é investigada por indícios de irregularidades

Prefeito Toca Serra

A gestão de Toca Serra está sob investigação do Ministério Público do Maranhão (MPMA) por suspeitas de irregularidades no Pregão Presencial nº 21/2021. O inquérito civil, conduzido pela promotora Samira Mercês dos Santos, vai apurar possíveis atos de improbidade administrativa e o mau uso de recursos públicos.

Em levantamento no portal da transparência da Prefeitura de Pedro do Rosário, o Blog do Minard apurou que a licitação, no valor total de R$ 5.363.400, foi vencida pelas empresas Pilares do Saber Ltda., responsável por um contrato de R$ 1.115.922, e AW Transporte & Locação Ltda., que ficou com a maior fatia, de R$ 4.247.478. O certame prevê a prestação de serviços de locação de veículos e máquinas pesadas para atender às demandas do município.

A Promotoria aponta a falta de assinaturas do ordenador de despesas em documentos essenciais, como empenhos e ordens de pagamento. Além disso, questiona a ausência de notas fiscais comprovando o recolhimento de impostos e nem garantias de que os credores realmente receberam os pagamentos.

O prefeito e o procurador do município já foram notificados e têm 10 dias para apresentar as explicações. Dependendo do que for constatado, a investigação pode evoluir para medidas judiciais ou extrajudiciais mais severas.

Prefeitura de São Luís Gonzaga pagou mais de R$ 5 milhões à empresa alvo do Gaeco

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A Prefeitura de São Luís Gonzaga destinou mais de R$ 5,1 milhões ao Instituto Singulare entre fevereiro e outubro de 2024, segundo dados do Portal da Transparência.

Os recursos, provenientes de várias secretarias, como Educação, Saúde e Administração, foram pagos para a contratação de serviços de terceirização de mão de obra.

Entretanto, investigações revelaram que os serviços contratados não foram executados pela empresa, mas sim por servidores públicos, o que gerou suspeitas de irregularidades.

A situação levou à deflagração da Operação Illusio, pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em São Luís Gonzaga, São Luís e Penalva.

Durante a ação, foi determinado o bloqueio de R$ 1,4 milhãono Portal da Transparência. nas contas bancárias dos investigados, valor que representa parte do dano causado aos cofres públicos.

A investigação busca apurar possíveis ilegalidades na contratação da empresa e os desdobramentos podem levar a novas denúncias, com a análise dos documentos e equipamentos apreendidos.

GAESF recupera R$ 24 milhões em audiências de mediação tributária

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O Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal do Ministério Público do Maranhão (GAESF-MPMA) conseguiu a devolução de mais de R$ 24 milhões ao tesouro do Estado por meio de audiências extrajudiciais. As audiências de mediação tributária penal foram realizadas entre os dias 5 e 8 de novembro, na sede da Procuradoria-Geral de Justiça. As sessões contaram com a participação de servidores do MPMA e da Sefaz, além de procuradores do Estado.

Sob a coordenação do promotor de justiça Giovanni Papini, o GAESF ofereceu aos contribuintes inadimplentes do ICMS a possibilidade de regularização de seus débitos junto à Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), sem a imposição de ação penal por parte do MPMA pelo crime de apropriação indébita tributária, previsto no Artigo 2º, inciso II, da Lei 8.137/90.

Foram realizadas 21 audiências, nas quais 12 contribuintes compareceram e firmaram acordos para a quitação de suas obrigações fiscais. Sete audiências foram adiadas para o mês de dezembro deste ano, incluindo dois contribuintes em recuperação judicial, cujas dívidas ultrapassam o montante de R$ 3,7 milhões e que deverão formalizar o pagamento do valor até o dia 22 de dezembro deste ano, sob pena de perderem o benefício fiscal concedido pelo Fisco do Maranhão.

Outras cinco audiências foram adiadas devido à não localização dos contribuintes, que oportunamente serão notificados para comparecimento em novas sessões de mediação.

Uma segunda rodada de audiências está prevista para o próximo mês, quando novos contribuintes serão notificados para regularizar suas dívidas junto ao Fisco estadual.

Buritirana: Justiça Eleitoral irá recontar votos e Câmara perderá dois vereadores

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A Justiça Eleitoral determinou, nesta segunda-feira, 11, a recontagem dos votos das eleições municipais em Buritirana, o que resultará na perda de duas cadeiras na Câmara de Vereadores. A decisão foi tomada a pedido do Ministério Público do Maranhão (MPMA), após a constatação de um erro no número de vagas para o cargo de vereador.

De acordo com a legislação vigente, cidades com até 15 mil habitantes, como Buritirana, que possui cerca de 12 mil moradores, só podem ter nove vereadores; no entanto, a Câmara local havia informado equivocadamente que seriam 11 cadeiras.

A medida foi impulsionada por uma representação do promotor eleitoral Ossian Bezerra Pinho Filho, e o juiz da 58ª Zona Eleitoral do Maranhão deferiu o pedido em caráter liminar. A retotalização busca ajustar a distribuição de cadeiras aos parâmetros constitucionais, evitando diplomações incorretas e despesas desnecessárias ao erário.

O MPMA também solicitou o “recálculo dos coeficientes eleitoral e partidário” para o cargo de vereador, com base nos dados do censo de 2022, que apontam a população de Buritirana em 12.918 habitantes.

 

MP investiga suposto desvio de recurso de emenda parlamentar em Amarante do MA

Prefeito de Amarante do Maranhão, Vanderly Miranda

Denúncias apontam supostas irregularidades na destinação de recursos de emenda parlamentar no município de Amarante do Maranhão, sob gestão do prefeito Vanderly Miranda. A Promotoria de Justiça local instaurou um procedimento preparatório de inquérito civil para investigar o uso do recurso público.

Segundo o Ministério Público do Maranhão (MPMA), a emenda foi destinada à aquisição de equipamentos a serem distribuídos à comunidade. No entanto, denúncias anônimas indicam que essas compras não foram concluídas.

Empréstimo de R$ 30 milhões da Prefeitura de Anajatuba é alvo de investigação

 

Prefeito de Anajatuba, Helder Aragão

A promotora Natália Macedo Luna Tavares iniciou um Procedimento Administrativo (P.A.) para investigar o empréstimo de R$ 30 milhões pleiteado pelo prefeito de Anajatuba, Hélder Aragão.

A ação foi motivada por uma Representação protocolada por vereadores da cidade no Ministério Público do Maranhão (MPMA), que questionam a legalidade e a transparência da operação de crédito.

O procedimento vai apurar a legalidade e a transparência do processo, acompanhando o pedido da prefeitura à Câmara Municipal e a aplicação dos recursos provenientes do empréstimo. Além disso, a Promotoria solicitou informações detalhadas ao prefeito, que tem o prazo de 15 dias para fornecer os dados solicitados.

 

 

 

MPMA investiga irregularidades em contratos milionários da Prefeitura de Rosário

Calvet Filho

A gestão do prefeito Calvet Filho enfrenta uma nova investigação do Ministério Público do Maranhão, que apura supostas irregularidades na administração da Prefeitura de Rosário.

A promotora Maria Cristina Lima Lobato Murillo deu início a um Procedimento Preparatório para investigar denúncias de que contratos milionários estariam sendo publicados com atraso no Portal da Transparência.

Conforme divulgado no Diário Oficial do Ministério Público, o contrato nº 265/2024, no valor de R$ 4.137.978,07, firmado com a empresa Atrio Construções, foi oficialmente publicado em outubro de 2024, embora a contratação tenha ocorrido em 19 de abril do mesmo ano. Da mesma forma, um contrato com a Dogo Maker – Escola de Tecnologia Empreendimentos Ltda, no valor de R$ 908.437,00, foi celebrado em junho, mas sua publicação só aconteceu em outubro.

Adicionalmente, a Prefeitura também registrou os contratos nº 39/2024, 40/2024, 41/2024 e 42/2024, totalizando R$ 2.372.968,39, que supostamente foram firmados em fevereiro de 2024, mas divulgados apenas em outubro.

A Promotoria alertou que, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, a publicação oportuna dos contratos é vital para garantir sua validade jurídica.

“Contratos com datas retroativas podem representar uma tentativa de contornar as regras fiscais, gerando consequências financeiras indesejadas para o município”, afirmou a promotora. Ela acrescentou ainda que diligências adicionais são necessárias para determinar se houve dano ao erário ou enriquecimento ilícito.