Adeus ao Papa Francisco: líder da compaixão morre em Roma aos 88 anos

Papa Francisco

O papa Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, faleceu na madrugada desta segunda-feira (21), aos 88 anos, em Roma. O Vaticano confirmou o falecimento às 2h35 no horário de Brasília.

Francisco enfrentava sérios problemas de saúde nos últimos meses. Em fevereiro, foi internado por 38 dias no Hospital Universitário Agostino Gemelli, em Roma, devido a uma infecção respiratória que evoluiu para pneumonia nos dois pulmões. Durante a internação, seu estado de saúde foi tão crítico que a equipe médica considerou interromper o tratamento para que ele pudesse “morrer em paz”.

Eleito em março de 2013, Francisco foi o primeiro papa jesuíta e o primeiro latino-americano a liderar a Igreja Católica. Durante seu pontificado de quase 12 anos, destacou-se por uma abordagem pastoral centrada na misericórdia, inclusão e defesa dos marginalizados. Suas posições progressistas sobre temas como meio ambiente, economia e direitos LGBTQ+ provocaram debates dentro e fora da Igreja

Apesar das resistências internas, especialmente de setores conservadores, Francisco promoveu reformas significativas, como a reestruturação das finanças do Vaticano e a ampliação do papel das mulheres na governança eclesial.

Seu legado é marcado por uma tentativa de aproximar a Igreja dos ensinamentos originais do cristianismo, focando na simplicidade e no serviço aos pobres. Embora sua “grande revolução” tenha ficado inacabada, ele estabeleceu as bases para uma Igreja mais aberta e dialogante no futuro.

Com a morte de Francisco, inicia-se o processo de escolha de seu sucessor, enquanto fiéis ao redor do mundo prestam homenagens a um papa que buscou transformar a Igreja Católica com compaixão e coragem.

Justiça espanhola anula condenação de Daniel Alves por estupro

Daniel Alves

A Justiça espanhola anulou nesta sexta-feira (28) a condenação por estupro do ex-jogador brasileiro Daniel Alves. O Tribunal Superior da Catalunha decidiu, de forma unânime, anular a sentença anterior que havia condenado Alves a 4 anos e 6 meses de prisão por ter estuprado uma jovem em uma discoteca em Barcelona, em 2022. Com a decisão, Alves é automaticamente absolvido e fica livre de qualquer acusação.

O ex-jogador, que havia sido preso em janeiro de 2023 e ficou mais de um ano em detenção aguardando julgamento, já estava em liberdade provisória desde o ano passado, após a aceitação de um recurso da defesa. A decisão de anulação da sentença veio após a análise de um novo recurso, desta vez apresentado pela Promotoria de Barcelona, que pedia o aumento da pena de Alves.

Na sentença desta sexta-feira, os juízes apontaram “imprecisões” e “déficits” na decisão anterior e concordaram com os argumentos da defesa de Alves, que questionava a confiabilidade do depoimento da vítima. Embora a jovem tenha mantido a mesma versão durante todo o processo, afirmando ter sido estuprada por Alves, o ex-jogador alterou sua versão do caso três vezes ao longo do julgamento.

Até o momento, os advogados da vítima não se pronunciaram sobre a nova decisão da Justiça.

Vídeo: terremoto de magnitude 7,7 atinge Mianmar e derruba prédio na Tailândia

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Um terremoto de magnitude 7,7 atingiu Mianmar nesta sexta-feira (28), com tremores intensos também sendo registrados na China e na Tailândia. O impacto devastador deixou um rastro de destruição, com números de vítimas ainda em atualização.

De acordo com o ministro das Relações Exteriores do governo paralelo de Mianmar, que se opõe à junta militar, pelo menos 12 mortes foram confirmadas. No entanto, um hospital de Naypyitaw, a capital de Mianmar, já informou que o número de mortos chega a 20, conforme noticiado pela AFP. Até o momento, a junta militar não reconheceu oficialmente o número de vítimas, mas fez apelos públicos por doações de suprimentos médicos para lidar com a crise humanitária.

A situação na Tailândia também é alarmante. Os tremores derrubaram um prédio em construção em Bangkok, resultando na morte de pelo menos três pessoas. Equipes de resgate estão em busca de mais de 80 desaparecidos sob os escombros. A tragédia abala ainda mais a região, que já enfrentava desafios devido à instabilidade sísmica.

Veja o momento:

Papa Francisco recebe alta após quase 40 dias internado

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Depois de passar quase 40 dias internado para tratar uma pneumonia bilateral, o papa Francisco deixou o hospital Gemelli, em Roma, e retornou ao Vaticano no domingo (23). Esta foi sua primeira aparição pública desde 14 de fevereiro.

Apesar da melhora, o pontífice de 87 anos ainda precisará de mais dois meses de repouso para garantir sua recuperação completa. Com isso, sua participação em eventos públicos permanecerá limitada nas próximas semanas.

Francisco voltou para a Casa Santa Marta, residência oficial dentro do Vaticano onde vive desde sua eleição, em 2013. Entre seus compromissos futuros, está um encontro com o rei Charles III, agendado para 8 de abril, e a celebração da Páscoa no dia 20 de abril. No entanto, ainda não há confirmação se o papa conseguirá cumprir essas atividades.

A saúde do pontífice tem sido motivo de preocupação nos últimos anos, com internações frequentes e dificuldades respiratórias. Mesmo assim, ele tem mantido sua rotina de trabalho e manifestações públicas sempre que possível.

‘Gold Card’: ‘venda’ de visto por US$ 5 milhões começará em duas semanas nos EUA

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (26) que o programa “Gold Card”, que oferece cidadania americana a imigrantes dispostos a pagar US$ 5 milhões (aproximadamente R$ 28,7 milhões), começará a ser implementado em duas semanas. A medida, que visa atrair estrangeiros milionários, foi revelada por Trump na terça-feira (25).

O “Gold Card” será direcionado a cidadãos estrangeiros de alto poder aquisitivo, permitindo-lhes obter cidadania norte-americana mediante o pagamento de uma quantia significativa. Trump destacou que o programa não só ajudaria os Estados Unidos a reduzir sua dívida pública, mas também criaria uma via para empresas atraírem trabalhadores imigrantes qualificados para o mercado de trabalho norte-americano.

Embora o presidente tenha se comprometido a expulsar imigrantes ilegais, ele justificou a nova iniciativa como uma oportunidade de fortalecer a economia do país.

Como vai funcionar? O governo dos EUA ainda divulgou poucos detalhes sobre o programa. Veja o que se sabe até agora:

  • Os vistos serão vendidos por cerca de US$ 5 milhões.
  • O Gold Card deve ser semelhante ao Green Card e conceder residência permanente a imigrantes.
  • Trump afirmou que o Visto Dourado terá mais privilégios, mas não especificou quais.
  • Os interessados passarão por uma análise das autoridades americanas.
  • Segundo Trump, o Gold Card será um caminho para a cidadania americana.
  • Outros detalhes do programa devem ser divulgados em duas semanas, quando as vendas poderão começar.

Justiça dos EUA suspende decreto de Trump que impede cidadania para filhos de imigrantes ilegais

Presidente Donald Trump

A Justiça dos Estados Unidos bloqueou temporariamente, nesta quinta-feira (23), o decreto do presidente Donald Trump que proibia a concessão de cidadania norte-americana a bebês nascidos no país cujos pais estivessem em situação irregular. A suspensão, assinada pelo juiz John C. Courghenour, tem validade inicial de 14 dias, período em que novas discussões sobre a medida serão realizadas.

Fim da cidadania automática

No primeiro dia de seu governo, Trump revogou o direito à cidadania automática para crianças nascidas nos EUA de pais em situação ilegal. A ordem também incluía viajantes com visto de turismo ou imigrantes temporários que tivessem filhos no país. A medida fazia parte de um conjunto de ações do então presidente para conter a imigração irregular.

Críticos apontam que a ordem vai contra a 14ª Emenda da Constituição, que garante cidadania a qualquer pessoa nascida em solo norte-americano. A regra, suspensa pela decisão judicial, poderia impactar milhões de pessoas, incluindo cerca de dois milhões de brasileiros que vivem legalmente no país, segundo o Itamaraty.

Reações e decisão judicial

O decreto gerou ampla oposição, especialmente entre democratas. Governadores de 22 estados liderados pelo partido contestaram a medida na Justiça.

Na decisão, o juiz Courghenour foi contundente ao considerar a ordem de Trump inconstitucional. “Em mais de quatro décadas de tribunal, nunca vi uma questão tão clara quanto esta. Esta ordem é flagrantemente inconstitucional”, declarou.

As principais decisões de Trump e suas potenciais consequências no cenário global

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma série de ordens executivas no primeiro dia de governo, nesta segunda-feira (20). Ele tomou posse horas antes, em cerimônia no Capitólio.

As medidas, como o perdão aos presos pela invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, a declaração de emergência na fronteira com o México e a retirada dos EUA do Acordo de Paris, têm impacto nacional e internacional.

As ordens executivas são espécies de decreto, por não precisarem de aprovação prévia do Congresso, mas não criam uma lei específica. São como uma determinação do presidente sobre como órgãos do governo devem usar seus recursos. Assim que um presidente assina uma ordem executiva, ela pode entrar em vigor imediatamente ou levar meses, a depender do trâmite. (Leia mais abaixo)

O g1 lista a seguir as decisões mais importantes assinadas por Trump, confira:
  • Perdão aos presos do 6 de janeiro

À revelia da Justiça dos EUA, Trump concedeu o perdão presidencial a mais de 1.500 presos por invadir o Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Os primeiros presos começaram a ser soltos na manhã desta terça-feira (21), e entre eles estão Stewart Rhodes, ex-líder da milícia Oath Keepers, e Enrique Tarrio, ex-líder do grupo supremacista Proud Boys.

O perdão em massa sinaliza um desprezo do presidente ao sistema Judiciário norte-americano, que passou anos em um extenso e complexo trabalho de investigação para identificar, julgar e prender os invasores.

A ordem executiva também faz parte de um jogo de narrativas sobre a invasão, um capítulo sombrio da História dos EUA, o que pode ter implicações para a democracia norte-americana. Na versão de Trump, que ganhou mais força com a soltura dos invasores, seus apoiadores são vítimas e estavam sendo feitos de “reféns” na prisão.

  • Emergência nacional na fronteira com o México

Trump assinou a declaração de emergência na fronteira com o México para frear a entrada de imigrantes vindos do país vizinho. A medida possibilita o envio de tropas e liberação de recursos para combater a imigração ilegal.

A medida pode causar uma crise humanitária na fronteira e política com o governo mexicano. A presidente Claudia Sheinbaum afirmou que os mexicanos são importantes para a economia dos EUA e que vai buscar dialogar com membros do governo Trump para acharem uma solução.

  • Retirada do Acordo de Paris

Trump também assinou ordem para retirar novamente os EUA do Acordo de Paris. O tratado, assinado por 196 países em 2015, tem como objetivo a redução das emissões de gases que causam o efeito estufa para evitar o aumento da temperatura global acima dos 1,5ºC.

A medida vem acompanhada da emergência no setor energético decretada por Trump e revogação de medidas ambientais de Biden que restringiam a exploração de petróleo em áreas costeiras dos EUA. O novo presidente pretende explorar essas reservas e estimular um aumento na produção de petróleo e extração mineral, em uma política de “perfurar, baby, perfurar”.

Essas práticas podem ter consequências ambientais para o planeta, porque os EUA são um dos países que mais emite gases do efeito estufa.

  • Retirada dos Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde (OMS)

Trump retirou os EUA da lista de países que integram a OMS, o que pode trazer consequências à instituição referência de saúde pública no mundo.

Os EUA são os maiores financiadores da OMS. Na última década, o país desembolsou entre US$ 160 milhões e US$ 815 milhões (entre R$ 967 milhões e R$ 4,9 bi, na conversão atual).

Especialistas também alertaram que a retirada da organização poderia enfraquecer as defesas mundiais contra novos surtos capazes de desencadear pandemias, além de reverter avanços das últimas décadas no combate a doenças como malária, Aids e tuberculose.

A perda do financiamento dos EUA poderia paralisar inúmeras iniciativas globais de saúde, incluindo o esforço para erradicar a poliomielite, os programas de saúde materno-infantil e a investigação para identificar novas ameaças virais.

Ordens executivas

As ordens executivas foram assinadas por Trump em três etapas: no Capitólio, logo após a posse; em um ginásio com a presença de apoiadores; e no Salão Oval da Casa Branca, já à noite.

O presidente não pode criar novas leis por meio de uma ordem executiva além dos poderes que já são atribuídos a ele pela Constituição ou pelo Congresso.

Quando uma ordem executiva determina que agências tomem medidas, as regras criadas por essas agências devem seguir a Lei de Procedimento Administrativo dos Estados Unidos, que exige consulta pública e proíbe decisões consideradas “arbitrárias ou sem fundamento”.

Além disso, essas regras não podem violar direitos garantidos pela Constituição, como o devido processo legal e a igualdade perante a lei, nem contrariar leis aprovadas pelo Congresso.

Dólar cai para R$ 6,10 e fecha no menor valor desde dezembro

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Num dia de bom humor externo, o dólar caiu pela segunda vez seguida e acumula queda de mais de 1% em 2025. A bolsa de valores subiu quase 1% e recuperou os 121 mil pontos.

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (7) vendido a R$ 6,104, com recuo de R$ 0,007 (-0,12%). A cotação operou em forte queda durante quase todo o dia, chegando a R$ 6,05 por volta das 13h. À tarde, voltou a rondar a estabilidade, até fechar em pequena baixa.

A cotação chegou ao menor valor de fechamento desde 21 de dezembro. A moeda norte-americana acumula queda de 1,23% em 2025.

O mercado de ações teve mais um dia de recuperação. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 121.163 pontos, com alta de 0,95%. O indicador chegou a subir 1,41% às 12h30, mas desacelerou durante a tarde, seguindo o mercado internacional.

Pela manhã, o dólar continuou a cair na expectativa de que o governo do presidente eleito Donald Trump poderá moderar o tarifaço a produtos de outros países, medida prometida durante a campanha eleitoral. No entanto, o mau-humor voltou ao mercado externo durante a tarde, após Trump conceder uma entrevista em que reafirmou as intenções de anexar a Groenlândia e o Canal do Panamá.

No mercado interno, os investidores aproveitaram a queda acentuada do dólar durante a manhã para comprar moeda norte-americana durante a tarde. Isso contribuiu para que a divisa voltasse à estabilidade perto do fim da sessão.

* com informações da Reuters

Prefeito Eduardo Braide tem salário penhorado por dívida de R$ 135 mil com a TV Mirante

Prefeito Eduardo Braide

O prefeito de São Luís, Eduardo Salim Braide, teve parte de seu salário penhorado para pagamento de uma dívida judicial referente a contratos de publicidade firmados com a Televisão Mirante Ltda. A dívida, que totaliza R$ 135.133,67, foi cobrada por meio de uma ação monitória em tramitação na 1ª Vara Cível do Termo Judiciário de São Luís, da Comarca da Ilha de São Luís.

De acordo com a planilha anexada ao processo, os valores correspondem a despesas publicitárias não quitadas. Em sua única manifestação no processo, Braide não contestou a existência do débito, mas argumentou que seu salário é destinado exclusivamente ao sustento de sua família, pedindo o desbloqueio do montante sob o argumento de que a retenção compromete gravemente sua sobrevivência e a de seus familiares.

Na petição, Braide enfatizou o caráter essencial de seus vencimentos e apontou que o bloqueio pode causar danos irreparáveis:

“O Autor continua a sofrer com o bloqueio indevido de seus vencimentos mensais, que são destinados única e exclusivamente ao sustento de sua família, de modo que compromete gravemente a sua sobrevivência e de seus familiares”, declarou em trecho do documento. (Site Direito e Ordem)

Dólar renova máxima histórica e fecha acima de R$ 6 com temor fiscal

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O dólar fechou a sessão desta segunda-feira (2) em alta, se mantendo acima do patamar de R$ 6, com mercados ainda digerindo o pacote fiscal e isenção do Imposto de Renda (IR) para salários de até R$ 5 mil, apresentados pelo governo federal na semana passada.

A divisa encerrou o dia com alta de 1,07%, cotado a R$ 6,0652 na venda, renovando recorde histórico de encerramento. O dólar encerrou novembro com alta de 3,8%, a R$ 6.

Já o Ibovespa caminhava na contramão ao registrar um recuo de 0,12%, aos 125,5 mil pontos, por volta das 17h.

Na cena internacional, o mercado espera por uma série de dados que serão publicados nos próximos dias, com destaque para o relatório de emprego nos Estados Unidos, na sexta-feira (6), para avaliar a trajetória da taxa de juros do Federal Reserve (Fed).

Atualmente, operadores veem mais de 61% de chance de o Fed optar por um corte de 25 pontos-base nos juros quando se reunir neste mês, em comparação com uma chance de quase 83% observada no mês anterior, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.

Ameaças de Trump

O mercado também repercute anúncios de Donald e ameaças comerciais do presidente eleito dos EUA.

No sábado, Trump exigiu que os países membros do Brics se comprometam a não criar uma nova moeda ou apoiar outra moeda que substitua o dólar, sob pena de sofrerem tarifas de 100%.

“Exigimos que esses países se comprometam a não criar uma nova moeda do Brics nem apoiar qualquer outra moeda que substitua o poderoso dólar americano, caso contrário, eles sofrerão 100% de tarifas e deverão dizer adeus às vendas para a maravilhosa economia norte-americana”, escreveu Trump em sua plataforma de mídia social, Truth Social.

CNN Brasil