Sistema de dados de segurança pública foi usado ilegalmente para acessar dados de Moraes e de delegados da PF

Ministro Alexandre de Moraes

O Infoseg, um sistema público sigiloso que reúne informações de órgãos de segurança pública de todo o País, foi usado de forma irregular para obtenção de dados do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de delegados de polícia e de um empresário, com o objetivo de divulgar as informações na internet e constranger as vítimas dos vazamentos.

A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 11, pela jornalista Letícia Casado, do site UOL. Na reportagem ela traz detalhes da operação ilegal, que pode ter tido participação direta de agentes públicos (como policiais militares e civis de diferentes estados, agentes da Polícia Federal, do Ministério Público e até mesmo um juiz) e de hackers.

A investigação sobre o caso culminou, segundo a reportagem, na suspensão da rede social X (antigo Twitter), de propriedade de Elon Musk. A decisão de Alexandre de Moraes no último dia 30 de agosto foi referendada na sequência pela Primeira Turma do STF. Os dados de Moraes estão entre os mais visados. Houve acessos em nome de servidores de diferentes regiões do País em busca de informações pessoais do ministro.

A investigação demonstrou a participação criminosa e organizada de inúmeras pessoas para ameaçar e coagir delegados federais que atuam ou atuaram nos procedimentos investigatórios contra milicias digitais e a tentativa de golpe de Estado. As redes sociais — em especial a ‘X’ — passaram a ser instrumentalizadas com a exposição de dados pessoais, fotografias, ameaças e coações dos policiais e de seus familiares”, destacou Moraes na sentença que bloqueou a rede social de Elon Musk, em trecho citado pela reportagem do UOL.

Os investigadores avançaram após relato de ameaça do delegado Fábio Shor, que atua em inquéritos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados. Foram identificados acessos de 25 agentes públicos ao Infoseg para obtenção ilegal de dados. Não há certeza, por enquanto, se foram os próprios servidores ou se eles foram vítimas de hackers que roubaram dados de acesso ao sistema.

A PF identificou, em março deste ano, uma articulação via redes sociais batizada de “Exposed” (termo usado para citar exposição de dados de determinada pessoa na internet). Entre os envolvidos estava o bolsonarista Allan dos Santos, que está foragido. Os alvos, no caso, eram agentes que cumpriam ordens despachadas pelo gabinete de Moraes no Supremo.

Fonte: Carta Capital

Com menor efetivo do país, Maranhão precisa de mais de 4 mil soldados da PM

Policiais militares fazendo abordagens em São Luís

O Estado do Maranhão, segundo dados do IBGE (confira abaixo), tem o menor efetivo de Policiais Militares proporcional ao número de habitantes do Brasil. Enquanto o Governo ignora esses número a criminalidade não para de crescer em todo o Estado que precisa de no mínimo 5 mil novos policiais nas ruas.

Mais de 1.700 candidatos foram aprovados no último concurso realizado pela PMMA em 2017  e nunca foram nomeados. A validade do certame foi prorrogada até 2022.

Atualmente a Polícia Militar do Maranhão soma 4.216 cargos vagos de Soldado portanto a nomeação dos 1.750 aprovados ajudaria a diminuir as vacâncias no órgão. Confira no documento: Vacância da PMMA

De acordo com o órgão, a precariedade da segurança pública no estado é justificada pelo número reduzido de policiais.

Veja o efetivo por Estado e número de habitantes.

ESTADO/EFETIVO/HABITANTES
Maranhão – 8.400 / 816
Piauí – 4.015 / 796
Ceará – 16.245 / 544
Paraíba – 15.000 / 538
Bahia – 30.000 / 504
Alagoas – 7.000/ 474
Pernambuco – 20.155 / 460
Rio Grande do Norte – 8.800 / 387