MP inicia investigação criminal contra prefeito de Codó por danos ao meio ambiente

Prefeito Zé Francisco

O promotor Haroldo Paiva de Brito, assessor do Procurador-Geral de Justiça do Maranhão, Danilo José de Castro Ferreira, determinou, nesta última quarta-feira, 25 de setembro, a abertura de um Procedimento Investigatório Criminal – PIC, para dar continuidade as apurações de prática de lesão ao meio ambiente, sobretudo, infração penal ambiental estabelecida na Lei n° 9.065/98, praticadas pelo prefeito de Codó José Francisco Lima Neres- Prefeito, pelo Secretário Municipal de Obras Divaldo Soares Loureiro Filho e pela Secretária Municipal de Meio Ambiente Andrea Nicole Sousa Veras.

Conforme apurou a reportagem, não consta detalhes sobre o objeto das investigações no sistema de consultas a processos do Ministério Público do Maranhão (MPMA).

Na portaria assinada pelo promotor de Justiça ficou estabelecido o prazo de 30 dias para a conclusão do Procedimento Investigatório Criminal, consoante ao resultado do julgamento das ADI’s 2.943, 3.309 e 3.318. A comunicação foi estendida ao Tribunal de Justiça do Maranhão.

Órgãos da Justiça firmam cooperação para agilizar tramitação de processos

Defensor-geral, Gabriel Furtado, o corregedor-geral, José Luiz Almeida e procurador-geral Danilo José de Castro

A Corregedoria Geral da Justiça do Maranhão (CGJ-MA), o Ministério Público do Estado do Maranhão (MPE-MA) e a Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE-MA) participaram, nesta última sexta-feira (20), da solenidade de assinatura de um termo de cooperação técnica. O evento ocorreu na sala de reuniões da CGJ-MA e marca o início de um trabalho conjunto voltado ao compartilhamento de estratégias, diretrizes e procedimentos para reduzir a morosidade processual, assegurando uma prestação jurisdicional mais eficiente e o amplo acesso à justiça.

A iniciativa faz parte de um esforço articulado de governança liderado pelo corregedor-geral, desembargador José Luiz Oliveira de Almeida, reforçando o compromisso com a eficiência da Justiça no estado. Entre os objetivos definidos no termo, está o levantamento das unidades judiciais com maior tempo de tramitação. O Núcleo de Inteligência e Tecnologia da Informação (NIT) da Corregedoria será responsável por fornecer listas atualizadas de processos prioritários, conforme as necessidades identificadas.

Com essas informações, serão planejadas ações conjuntas, como audiências e sessões do Tribunal do Júri, abrangendo tanto processos cíveis quanto criminais que demandem a atuação do MPE-MA e da DPE-MA.

Durante a abertura da solenidade, o desembargador José Luiz Oliveira de Almeida reconheceu os desafios estruturais acumulados ao longo dos anos e o esforço dos magistrados(as) em cumprir suas funções, apesar das dificuldades. “O Judiciário maranhense possui uma dívida com a sociedade, e isso gera descrença. É uma situação que precisa ser corrigida. Nossa dívida é enorme”, afirmou o corregedor-geral.

Ele destacou ainda que o termo de cooperação representa o fortalecimento do compromisso entre os órgãos do Sistema de Justiça em melhor servir à população. “Essa é uma luta de todos nós, e precisamos nos unir em torno desse objetivo”, completou o corregedor.

O procurador-geral do MPE-MA, Danilo José de Castro Ferreira, reafirmou o compromisso de garantir o amplo acesso à Justiça e destacou a importância do termo de cooperação no enfrentamento das dificuldades enfrentadas pelas unidades judiciais. “Outras medidas como essa virão, para que possamos alcançar a Justiça e dar à sociedade a resposta que merece. Todos nós, um dia, precisamos da Justiça”, afirmou.

O defensor-geral Gabriel Santana Furtado Soares ressaltou a importância do trabalho conjunto na prestação de melhores serviços e o impacto positivo que isso trará à população. “Nosso maior ganho é para o cidadão. Tudo o que fazemos tem um único objetivo: servir. E estaremos sempre unidos para isso”, declarou.

COLABORAÇÃO

O corregedor-geral também destacou que, apesar da realidade atual das unidades judiciais, a CGJ-MA tem empenhado esforços, junto à sua equipe, para instituir projetos que aumentem a produtividade por meio da colaboração entre servidores(as) e magistrados(as), destinando recursos humanos às unidades com maior necessidade. “Estamos implantando projetos para trazer alento aos nossos jurisdicionados. E isso só será possível com o apoio do Ministério Público e da Defensoria”, explicou.

Visando aumentar a produtividade e reduzir o tempo de tramitação dos processos judiciais, a CGJ-MA instituiu o projeto “Produtividade Extraordinária”. O objetivo é otimizar a gestão de recursos humanos, oferecendo suporte adicional às unidades judiciais mais congestionadas, com a designação provisória de servidores(as) e magistrados(as) denominados “Juiz Extraordinário” e “Servidor Extraordinário”. Além disso, o prêmio “Unidade Destaque em Produtividade” foi criado para reconhecer e incentivar as unidades judiciárias de 1º grau, promovendo a celeridade e a eficiência dos serviços prestados à população.

Conheça mais sobre os projetos instituídos pela Corregedoria aqui.

MPE investiga prefeito de Estreito por uso de cavalgada para possível abuso de poder eleitoral

Foto Reprodução

O Ministério Público Eleitoral do Maranhão (MPE) abriu uma investigação contra o prefeito de Estreito, Léo Cunha, por suspeita de abuso de poder econômico e administrativo durante o período eleitoral.

A investigação mira uma cavalgada organizada pela Prefeitura Municipal, realizada em setembro de 2024, que teria beneficiado a campanha de reeleição do gestor. O evento chamou a atenção por utilizar símbolos e cores associadas ao partido político do prefeito, levantando suspeitas de que os recursos públicos podem ter sido empregados para influenciar o processo eleitoral.

O proprietário da Comitiva Alô Brasil, Jone Assunção Bezerra, foi notificado para prestar esclarecimentos sobre o ocorrido. O Ministério Público vai apurar se a cavalgada, promovida em meio à campanha, foi uma forma para beneficiar a campnaha do prefeito Leo Cunha, que também é candidato à reeleição.

MPMA intervém na crise do transporte escolar em São Pedro dos Crentes e convoca audiência pública

Foto Reprodução

Falhas graves na gestão do transporte escolar em São Pedro dos Crentes, sob a administração do prefeito Rômulo Arruda, motivaram uma intervenção do Ministério Público do Estado do Maranhão. O promotor Lindomar Luiz Della, da comarca de Balsas, convocou uma audiência pública para o dia 25 de setembro de 2024, às 14h30, na Câmara de Vereadores do município.

A audiência foi convocada após uma série de denúncias por parte de pais e alunos que utilizam o transporte escolar. As principais reclamações incluem a falta de manutenção dos ônibus e o uso de veículos inadequados, conhecidos localmente como “paus de araras”.

A administração de Rômulo Arruda tentou minimizar a situação, mas a audiência representará uma oportunidade crucial para que a população expresse suas queixas.

Segundo denúncias recebidas, apesar de mais de R$ 1,3 milhão ter sido gasto com peças e serviços de manutenção em 2023, a má conservação dos ônibus persiste. Além disso, muitos motoristas não possuem as habilitações e qualificações necessárias para operar o transporte escolar.

Durante a audiência, serão avaliados o cumprimento das normas para a oferta de transporte escolar de qualidade e a gestão das rotas nas áreas rurais. O evento será aberto a cidadãos, representantes de setores públicos e privados, conselhos tutelares e outras partes interessadas. As inscrições para expositores e colaboradores podem ser feitas até 23 de setembro pelo e-mail [email protected].

O promotor Lindomar presidirá a audiência e as contribuições serão registradas para orientar futuras ações do Ministério Público.

 

MP cobra regularização de merenda escolar em Codó; prefeitura já recebeu repasse de R$ 4,1 milhões só em 2024

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Apesar dos expressivos R$ 4.133.650,00 (quatro milhões, cento e trinta e três mil, seiscentos e cinquenta reais) repassados ao município de Codó pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) até 6 de setembro deste ano, a reclamação sobre a falta de merenda escolar continua. O contraste entre os recursos recebidos e a carência de alimentos nas escolas municipais foi alvo de denúncia ao Ministério Público do Maranhão.

A promotora de Justiça Valéria Chaib Amorim de Carvalho, responsável pela Terceira Promotoria, que abrange a área da Educação, emitiu uma recomendação oficial ao prefeito José Francisco Lima Neres e à secretária de Educação, Maria do Carmo Costa Cruz Pires. No documento, ela estipula um prazo de 72 horas para que a administração municipal tome todas as providências necessárias para regularizar o fornecimento de merenda em todas as escolas da rede pública de Codó, conforme as diretrizes do PNAE.

Além disso, a promotora recomendou que o município implemente um controle rigoroso sobre a qualidade dos alimentos, com especial atenção às datas de validade. A gestão também foi orientada a dar ampla publicidade à distribuição de merenda, garantindo que os alunos e seus responsáveis tenham conhecimento do benefício.

A recomendação inclui ainda a criação de um controle efetivo da merenda escolar, com registros detalhados de datas, locais e unidades escolares atendidas, de modo a assegurar a regularidade do fornecimento. Todas as informações pertinentes deverão ser encaminhadas ao Ministério Público.

O MP alerta que o descumprimento poderá resultar em medidas judiciais e extrajudiciais contra os responsáveis.

Prefeito de Nova Iorque é investigado por distribuição de cestas básicas em ano eleitoral

Prefeito Daniel Castro

O prefeito de Nova Iorque, Daniel Franco Castro, está sendo alvo de uma investigação conduzida pelo Ministério Público sobre a distribuição de cestas básicas que ocorreu em março deste ano. A suspeita é de que a entrega dos alimentos não tenha seguido os procedimentos legais e possa ter sido utilizada para promoção pessoal do gestor.

Segundo o MP, a distribuição foi feita sem a devida justificativa, e a Casa Civil do estado do Maranhão foi consultada para verificar se a doação foi autorizada pelo governo estadual. No entanto, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social informou que não há registros de fornecimento de cestas básicas ao município.

O promotor de Justiça de Pastos Bons, Helder Bezerra, está à frente da investigação e ressaltou que existem indícios de irregularidades. Bezerra afirmou que será necessário um aprofundamento na apuração para garantir a transparência e a conformidade com as normas legais na distribuição dos benefícios.

GAECO denuncia possível improbidade administrativa envolvendo a prefeita de Bom Lugar

Prefeita Marlene Miranda

Uma denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminais (GAECO) revelou supostos atos de improbidade administrativa envolvendo a prefeita de Bom Lugar, Marlene Silva Miranda, e Jaqueline de Sousa Silva, chefe da Seção de Patrimônio do município.

A promotora de Justiça Klycia Luiza Castro de Menezes está à frente do caso e anunciou a instauração de um Procedimento Administrativo para investigar as acusações.

A portaria determina a realização de diligências para coletar provas e depoimentos, com o objetivo de confirmar ou refutar as alegações de irregularidades.

MP pede anulação definitiva do concurso de Itinga do Maranhão por irregularidades

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O Ministério Público do Maranhão (MPMA) solicitou, nesta segunda-feira, 26, o aditamento da Ação Civil Pública (ACP), ajuizada em julho, que resultou na suspensão liminar do concurso público para provimento de cargos e formação de cadastro de reserva do quadro de pessoal do Município de Itinga do Maranhão.

Aditamento ocorre para incluir novos fatos, argumentos ou provas surgidas após apresentação da petição inicial.

O pedido foi assinado pela promotora de justiça Cristiane dos Santos Donatini, que responde temporariamente pela Promotoria de Justiça local. A petição inicial havia sido ajuizada pelo promotor de justiça Francisco de Assis Maciel Carvalho Junior, que respondia pelo Ministério Público na comarca, na época.

A Ação citava como requeridos o Município e o Instituto de Desenvolvimento Humano, Educacional, Tecnológico e Profissional da Amazônia (IDHEPA) após denúncias sobre ilegalidades no procedimento licitatório para contratação da banca examinadora e realização das provas da primeira etapa do certame. O IDHEPA foi responsável pela realização do concurso.

A manifestação apontava falta de transparência, sobrepreço, inadequação técnica e falhas na realização das provas, falta de fiscais, além do descumprimento do horário de início.

PARECER

Depois da suspensão liminar do concurso público, a Assessoria Técnica da Procuradoria Geral de Justiça emitiu, em 20 de agosto, parecer apontando ilegalidades na dispensa de licitação nº 004/2024 e indícios de favorecimento ao IDHEPA.

No pedido de aditamento, o MPMA requer, em caráter definitivo, a anulação do processo de dispensa de licitação, do contrato com o IDHEPA e do concurso; condenação dos réus ao ressarcimento dos danos ao patrimônio público e moral coletivo devido à quebra da confiança no processo seletivo.

PROVIDÊNCIAS

Antes da realização das provas do certame, o MPMA já havia instaurado, em 22 de junho, Notícia de Fato para apurar denúncias sobre ilegalidades na dispensa de licitação que resultou na contratação do IDHEPA.

Além disto, após a data do concurso público (30 de junho), o Ministério Público recebeu denúncias, com fotos e vídeos, apontando irregularidades na aplicação da prova.

“Agora, devemos aguardar a tramitação e a sentença judicial definitiva do processo para definir o futuro do concurso público, uma vez que a Promotoria de Justiça de Itinga do Maranhão já tomou todas as providências que lhe cabiam”, esclareceu Cristiane Donatini.

MPMA vai monitorar aplicação de recursos em saúde na gestão de Thalita Dias

Prefeita Thalita Dias

A Prefeitura de Água Doce do Maranhão, administrada pela prefeita Thalita Dias, está sob fiscalização do Ministério Público do Estado do Maranhão (MPMA) quanto à aplicação dos recursos públicos destinados à saúde do município. A decisão, assinada pelo promotor John Derrick Barbosa Brauna, mira na aplicação correta das verbas, com foco especial na eficácia das políticas públicas e na qualidade da atenção básica.

A portaria estabelece que a fiscalização será realizada de forma contínua, seguindo princípios de transparência, responsabilidade fiscal e efetividade, conforme exigido pela Constituição Federal e pela legislação estadual.

Serão solicitados à Secretaria Municipal de Saúde e à Secretaria Municipal de Administração documentos essenciais, incluindo o Plano Municipal de Saúde, a Lei Orçamentária Anual (LOA), relatórios de execução orçamentária e contratos com prestadores de serviços de saúde. Também está prevista a realização de uma audiência com o(a) presidente do Conselho Municipal de Saúde para discutir o acompanhamento dos serviços de saúde.

A Câmara Municipal de Água Doce do Maranhão será informada sobre o procedimento para colaborar na fiscalização da saúde pública. O prazo para a juntada da documentação aos autos é de 20 dias.

 

População de Cururupu denuncia falta de exames e MP aciona prefeito e secretário de Saúde

Prefeito Aldo Lopes

O Ministério Público do Maranhão (MPMA) ingressou com Ação Civil Pública contra o Município de Cururupu, o prefeito Aldo Lopes e o secretário de Saúde, Kenner Pestana, solicitando regularização imediata da oferta de exames clínicos na rede municipal de saúde. Se o laboratório municipal não conseguir ofertar o serviço de forma integral, a Prefeitura deve recorrer a laboratórios particulares.

A Ação foi assinada pela promotora de justiça Samira Mercês dos Santos (que está respondendo temporariamente pela comarca).

Depois de denúncias de diversos moradores, o MPMA pediu informações sobre a interrupção na oferta de exames clínicos na Unidade Básica de Saúde Flávio Silva e que medidas foram adotadas pelo Município para resolver a questão.

A Secretaria Municipal de Saúde comunicou que as atividades laboratoriais estavam irregulares desde março de 2024, devido a problemas técnicos nos equipamentos de dosagens e à falta de fornecimento de reagentes, sob a responsabilidade da empresa Precision Soluções em Diagnóstico Ltda. O contrato foi rescindido.

Entretanto, a falta da oferta dos exames na rede municipal havia começado desde fevereiro do mesmo ano.

CRISE – “A saúde pública no Município de Cururupu está passando por uma grave crise, decorrente de má gestão pública que, infelizmente, afeta o cidadão que necessita de um atendimento adequado, conforme determina a Constituição Federal”, relata a promotora de justiça, na Ação.

Segundo ela, a população procura diariamente o Ministério Público, queixando-se da falta de oferta de serviços públicos de saúde, incluindo exames clínicos básicos, como ácido úrico, colesterol, creatina, glicose em jejum, entre outros.

De acordo com o MPMA, além do prejuízo causado pela falta de oferta dos exames aos pacientes, a dificuldade em diagnosticar as patologias e a carência da oferta dos serviços laboratoriais aumentam o tempo de permanência de pacientes nas unidades hospitalares, que já estão lotadas, porque a falta de realização dos exames impede, em muitos casos, a alta de pacientes. Além disto, as pessoas que necessitam dos exames laboratoriais correm risco de danos à integridade física e, também, de morte.

MULTA – O MPMA pede fixação de multa por descumprimento, no valor diário de R$ 1 mil, a ser paga, individualmente, pelo prefeito Aldo Lopes e pelo secretário municipal de Saúde, Kenner Pestana.

Ao final do processo, o Município deve ser condenado a efetivar a regularização do fornecimento de exames laboratoriais.