PF investiga grupo que invadiu banco de dados federal para roubar informações de Flávio Dino

Ministro Flávio Dino

A Operação I-Fraude, da Polícia Federal foi deflagrada ontem (31) contra crimes de invasão de dispositivo informático, lavagem de dinheiro e organização criminosa, onde foram cumpridos 11 mandados expedidos pelo Juízo da 12ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal.

Foram cumpridos três em São Paulo, um em Pernambuco, dois em Rondônia, quatro em Minas Gerais e um em Alagoas. Simultaneamente, também foram executados sete mandados de medidas cautelares diversas da prisão contra os investigados.

Durante investigações, a PF constatou a invasão de banco de dados de sistemas federais, onde criminosos roubavam informações pessoais de milhares de pessoas entre elas inúmeras autoridades e pessoas publicamente conhecidas como o ex-governador do Maranhão, ex-ministro da Justiça e ministro do STF Flávio Dino, além do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e outros ministros do Supremo Tribunal Federal.

O painel de consulta era oferecido, principalmente, através de plataformas de redes sociais. Existiam diversos “planos” de mensalidades, de acordo com o número de consultas realizadas. Tal painel contava com aproximadamente dez mil “assinantes” com uma média de dez milhões de consultas mensais.

Dentre os usuários, foi possível identificar membros de facções criminosas e até mesmo integrantes das forças de segurança. Com relação a estes últimos, os criminosos ofereciam o serviço de forma gratuita. No entanto, o servidor precisava enviar, para comprovação de identidade, foto de sua carteira funcional. Dessa forma, os criminosos obtiveram cadastro, com foto, de milhares de servidores da segurança pública e também forneciam esses dados.

A utilização e comercialização de sistemas de pesquisa ilícitos cujos insumos são dados pessoais, ilicitamente obtidos, fomenta a indústria de intrusão em bancos de dados, em especial de órgãos públicos, incentivando a ação de grupos especializados nesse tipo de crime.

As penas para o crime de invasão de dispositivo informático, lavagem de bens ou valores e organização criminosa podem chegar a 23 anos de reclusão, sem prejuízo de que, com a continuidade das investigações, os suspeitos possam responder por outros crimes em que tenham envolvimento.

PF deflagra operação FAKE SOLIS contra crimes financeiros na Caixa Econômica

Foto: Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou hoje (21), a Operação FAKE SOLIS, resultado de uma investigação detalhada visando desmantelar uma complexa rede criminosa especializada em crimes financeiros. Esta rede se dedicava à prática de delitos como organização criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação, fraude na obtenção de financiamento, lavagem de capitais e corrupção, todos perpetrados em detrimento da Caixa Econômica Federal. Somadas, as penas podem chegar a 48 anos de reclusão.

A operação se concentrou na desarticulação de um intrincado esquema ilegal voltado à obtenção fraudulenta de contratos de energia solar junto à mencionada instituição pública. Segundo apurado, muitos dos clientes não tinham conhecimento da contratação ou apenas tiveram seus nomes utilizados para concretização da fraude na aquisição de sistemas de painéis solares. Este esquema contava com a participação de alguns gerentes.

Para interromper estas atividades criminosas, foram emitidos 14 mandados de busca e apreensão em residências e empresas envolvidas.

Além disso, ação resultou na decretação da prisão preventiva de um dos envolvidos, um ex-gerente da CEF que encontra-se em Portugal, com cooperação da INTERPOL, no arresto de bens – com bloqueio de contas, indisponibilidade de veículos e imóveis – e na suspensão das funções dos investigados, proibindo o acesso a qualquer agência da Caixa Econômica Federal pelo prazo de 60 dias, sem prejuízo de eventual prorrogação.

Esta é apenas uma fase inicial da investigação, que seguirá em curso para fortalecer os elementos de informação em relação aos demais envolvidos no esquema criminoso.

PF estoura operação contra fraudes no INSS e prende líder de grupo criminoso em Bacabal

Foto: ‘Operação Fictus’

A Polícia Federal, com o apoio da Coordenação de Inteligência da Previdência Social – COINP, deflagrou, nesta terça-feira (7), a operação Fictus com o objetivo de desarticular organização criminosa especializada na prática de fraudes de benefícios em prejuízo ao Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS.

Foram mobilizados mais de 120 Policiais Federais para o cumprimento de 38 mandados judiciais, sendo dez de prisão preventiva, 27 de busca e apreensão e um de afastamento de cargo público. Todos os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Piauí, e foram cumpridos nos municípios de Parnaíba/PI, Teresina/PI, São Luís/MA, Bacabal/MA, Codó/MA, Grajaú/MA, Pedreiras/MA e Trizidela do Vale/MA.

As investigações apontam que as fraudes ocorriam mediante a criação de “idosos fictícios” para fins de obtenção de benefício previdenciário e de natureza assistencial, por meio da falsificação de documentos de identificação civil e transferência irregular de benefícios em manutenção. Além disso, ocorria a reativação de benefícios cessados de pessoas falecidas, por meio de prova de vida bancária a partir da juntada de documentos de identidade falsos e comprovante de endereços falsos, inclusive, alguns com dados dos próprios investigados.

Durante as investigações, ocorreu a prisão em flagrante de um dos líderes da organização criminosa, na cidade de Bacabal/MA, quando tentava sacar benefício instituído em nome de pessoa fictícia, no ato representado por um idoso (“ator”). Houve ainda, em dado momento da investigação, a tentativa de destruição de provas.

As apurações identificaram ao menos 505 benefícios com indícios de fraudes ligados aos investigados. O prejuízo causado pelo esquema criminoso ao INSS está estimado em pelo menos R$ 71 milhões. A economia com a suspensão desses benefícios é estimada em mais de R$ 44 milhões.

A Justiça Federal determinou ainda o sequestro de bens e valores de quantia superior a R$ 71 milhões, montante referente ao prejuízo atual dos benefícios cujos indícios de fraude foram identificados até o momento.

Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, estelionato previdenciário, falsificação de documento público, uso de documento falso, inserção de dados falsos em sistemas de informação, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

‘Operação Criptocard’: PF cumpre mandados no MA por fraudes milionárias internacionais

Foto: PF em operação ‘Criptocard’

A Polícia Federal deflagrou a Operação Criptocard, na manhã desta terça-feira (6), em combate a fraudes que consistiam na compra de criptomoedas com pagamentos por cartões na maior plataforma mundial de negociação, utilizando dados de cartões de crédito fraudados por meio de um “ataque” conhecido como “enumeration attack”. Os investigados utilizaram mecanismos que geraram de forma massiva números de cartões para realização de compras pela internet.

A origem da investigação se deu em virtude de informações preliminares compartilhadas pelo Serviço Secreto dos EUA da Embaixada dos EUA, como parte da cooperação policial entre autoridades brasileiras e norte-americanas, resultando em investigação formal da Polícia Federal, em ação capitaneada pela recém criada Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos – DCIBER – da Polícia Federal.

Cerca de 100 policiais federais cumprem 26 mandados de busca e apreensão expedidos pela 32ª Vara da Justiça Federal em cinco estados (CE, BA, MA, SC e SP). A investigação da PF identificou esquema de lavagem de dinheiro no qual os ativos eram transferidos para outros usuários de forma sucessiva, no intuito de dificultar algum rastreio, ocultando assim como a origem e ao final, buscando dar aparência de licitude aos recursos. O valor global do golpe aplicado aproxima-se de R$ 19 milhões.

As condutas podem configurar, em tese, o cometimento do crime de furto qualificado mediante fraude e lavagem de dinheiro por organização criminosa, com penas máximas somadas de até 26 anos de prisão, sem prejuízo da descoberta de outros crimes praticados a partir da análise do material apreendido.

A ONÇA COMEÇOU BEBER ÁGUA: PF amanhece na casa de Bolsonaro

Jair e Michelle Bolsonaro

CNN A Polícia Federal prendeu, nesta quarta-feira (3), o ex-ajudante de ordem de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, em Brasília. Ele está sendo levado para a sede da PF.

Os policiais também realizam busca e apreensão em um endereço ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília, no Jardim Botânico. É a casa onde o ex-presidente mora com Michelle Bolsonaro.

Max Guilherme e o Sérgio Cordeiro, assessores de Bolsonaro que trabalhavam no Planalto, também foram presos.

No total, seis mandados de prisão já foram cumpridos. Eles estão no âmbito do inquérito das milícias digitais, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Apesar de Mauro Cid ter um depoimento à PF previsto para 9h desta quarta-feira (3) sobre o caso das joias dadas ao governo brasileiro pela Arábia Saudita, os mandados não estão relacionados a esse caso.

A ação de hoje faz parte da Operação Venire, deflagrada nesta quarta, que investiga a prática de crimes na inserção de dados falsos sobre vacinação contra Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde (sistemas SI-PNI e RNDS).

A CNN apurou que a filha e a esposa de Mauro Cid e também estão envolvidas na investigação da PF.

Uma fonte da Polícia Federal (PF) informou à CNN que a filha de Bolsonaro, Laura Bolsonaro, teria dados alterados na carteira de vacinação contra Covid-19.

A investigação da PF aponta que o objetivo do grupo “seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19”.

São cumpridos, no total, 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva em Brasília e no Rio de Janeiro, além de “análise do material apreendido durante as buscas e realização de oitivas de pessoas que detenham informações a respeito dos fatos”, informou a PF.

“As inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários”, explicou a PF em nota.

Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid-19”, acrescentou.

Os fatos investigados configuram os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.

Bolsonaro e Mauro Cid

Outro lado

À CNN, a defesa de Mauro Cid disse que ainda não obteve acesso ao inquérito, “que é físico e sigiloso”. “Vamos declarar assim que obtivermos a cópia dos autos”, afirma a defesa.

PF firma acordo de cooperação policial internacional com a China

Foto: Polícia Federal

A Polícia Federal e Ministério de Segurança Pública da China assinaram, na manhã desta sexta-feira (14), ato visando fortalecer a cooperação policial entre os dois países. O ato prevê a troca de informações, a realização de investigações e atividades operacionais conjuntas, bem como intercâmbio de policiais e servidores administrativos.

A Carta de Intenções foi assinada pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Augusto Passos Rodrigues, e pelo vice-ministro do Ministério de Segurança Pública da China, Liu Zhau, durante reunião realizada na sede do órgão chinês, em Pequim.

Durante a reunião foram discutidos, ainda, outros mecanismos para a intensificação da cooperação entre os dois países, inclusive com a proposta de criação de uma Adidância da Polícia Federal junto à Embaixada do Brasil em Pequim.

O Diretor-Geral participou também de visita à Universidade de Segurança Pública da China, onde encontrou-se com o reitor Cao Shiquan. Na ocasião, foi assinado um memorando de entendimentos que visa permitir a implementação de ações de capacitação, tais como treinamentos nas áreas de inteligência, investigação e operações policiais, além de permitir o intercâmbio de policiais entre a Academia Nacional de Polícia da PF e a Universidade de Segurança Pública da China.

Andrei Passos avalia que a cooperação entre o Ministério de Segurança Pública da China e a Polícia Federal do Brasil permitirão o aprimoramento das atividades da PF, garantindo maior qualidade e eficiência em suas atividades.

Além do Diretor-Geral, compuseram a delegação brasileira o Diretor de Cooperação Internacional, Valdecy Urquiza, e os agentes de polícia Federal Luiz Henrique Alencar e Wilson Fonseca.

Com apoio da PM, PF prende assaltantes de carga dos Correios em Caxias

Foto Divulgação: PF

A Polícia Federal e o 2º Batalhão da Polícia Militar em Caxias prenderam em flagrante, na tarde de ontem (30), dois assaltantes que participaram do roubo ao caminhão dos Correios na rodovia MA-034, ocorrido por volta das 11h.

O caminhão dos Correios havia saído de Caxias e tinha destino final a cidade de Buriti de Inácia Vaz. Próximo à cidade de Coelho Neto, os assaltantes tomaram o caminhão e forçaram o motorista a retornar.

Parte das mercadorias foi levada e outra parte foi escondida numa estrada próximo à rodovia MA-034, aproximadamente 10 km da BR-316.

Tão logo tomaram conhecimento do assalto, equipes da Polícia Federal e da Polícia Militar começaram a fazer incursões nas proximidades e, já no fim da tarde, conseguiram identificar e prender dois dos cinco assaltantes, recuperando ainda boa parte das encomendas.

A Polícia Federal está colhendo os interrogatórios e buscando outros elementos para demostrar a participação de cada um dos envolvidos.

Diante dos fatos constatados, os presos serão indiciados pelos crimes de roubo qualificado com emprego de armas de fogo entre outras qualificadoras, com penas que podem chegar a 10 anos.

Após serem ouvidos na Delegacia da Polícia Federal, serão encaminhados ao presídio de Caxias, ficando à disposição da Justiça Federal.

PF deflagra operação contra crimes previdenciários em Codó

Polícia Federal na Operação Bórgias

A Polícia Federal, em parceria com a Coordenação de Inteligência Previdenciária (COINP), deflagrou a Operação Bórgias, nesta sexta-feira (10), para prender os membros e desestruturar organização criminosa, instalada no município de Codó-MA, especializada em cometer fraudes contra a Previdência Social.

Na ação, foram cumpridos 12 mandados judiciais, sendo oito de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva, nos municípios de Teresina/PI e Codó/MA, todos expedidos pelo Juízo da 3ª Vara Federal de Teresina/PI da Seção Judiciária do Piauí.

As fraudes ocorrem em sistemas do INSS, por meio da inserção de documentos falsos, alteração de dados e locais de pagamento de beneficiários falecidos (saque pós-óbito), fictícios e vivos, valendo-se de diversos idosos falsários para consecução dos crimes.

No decorrer das investigações foram identificados 77 benefícios atrelados à referida organização criminosa, dos quais foi confirmada frauda em 32. Destes, oito benefícios de pessoas fictícias e 24 pertencentes a segurados falecidos.

Para os 32 benefícios com fraude comprovada, constatou-se o prejuízo efetivo no valor de R$ 2.056.337,22. Estima-se que, com a posterior revisão administrativa dos benefícios por parte do INSS e cessação dos pagamentos, haverá uma economia aos cofres públicos no montante de R$ 1.739.805,26.

Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, estelionato majorado, falsidade ideológica, uso de documento falso, apropriação de bens de pessoas idosas, lavagem de bens e valores.

‘Operação Balaio’: PF age no Maranhão contra rombo milionário no INSS

Foto Reprodução

A Polícia Federal, em parceria com a COINP (Coordenação de Inteligência Previdenciária), deflagrou, na manhã desta terça-feira (7), a ‘Operação Balaio’, com o fim de desarticular associações criminosas especializadas na obtenção de vantagens ilícitas decorrentes de fraudes na obtenção de benefícios da espécie pensão por morte.

A ação mobilizou mais de 90 Policiais Federais para o cumprimento de 23 mandados judiciais de busca e apreensão, todos expedidos 1ª Vara Federal da Seção Judiciária de Teresina, que judiciais foram cumpridos nos estados do Piauí e Maranhão.

No decorrer das investigações foram identificados cerca de 400 benefícios de pensão por morte de trabalhador rural atrelados às associações criminosas, com fortes indícios de fraude.

O prejuízo efetivo ao INSS, até o momento, é de mais de R$ 81 milhões. Estima-se, ainda, que a economia futura para o INSS com a identificação e revisão administrativa destes benefícios seja em montante próximo a R$ 120 milhões – cálculo com base na expectativa de vida informada pelo IBGE/quantidade de tempo até 21 anos, se menor.

Ainda a pedido da Polícia Federal, foi determinado o bloqueio judicial das contas bancárias dos CPFs de treze pessoas envolvidas nas fraudes identificadas que, somadas, alcançam montante de cerca de R$ 19 milhões.

As investigações apontam o envolvimento de quatro servidores do INSS, que, supostamente em conluio com intermediários de diversos municípios do Maranhão e Piauí, fraudavam benefícios da espécie pensão por morte mediante documentação falsa e direcionamento dos requerimentos de concessão.

Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, inserção de dados falsos, corrupção passiva, falsidade ideológica e corrupção ativa.

PF e CGU amanhecem na Prefeitura de Pedreiras por fraudes e desvios

Polícia Federal em operação na Prefeitura de Pedreiras

A Polícia Federal, juntamente com a Controladoria Geral da União, deflagrou, na manhã desta quinta (2) nas cidades de Pedreiras, Bacabal, Lago do Junco e Lago dos Rodrigues, a Operação ‘Tira-Dente’, com a finalidade de desarticular grupo criminoso responsável pela inserção de dados manipulados nos sistemas do SUS, visando à elevação do teto de repasses de recursos federais para o município.

De acordo com as investigações, a maior parte dos recursos repassados irregularmente decorre de emendas parlamentares do chamado “Orçamento Secreto”, possivelmente desviados por meio de pagamentos superfaturados em contratações fraudulentas.

O município de Pedreiras, comandado pela prefeita Vanessa Maia, possui apenas 39 mil habitantes e teria informado, em 2021, a realização de mais de 540 mil extrações dentárias, o que equivaleria à extração de 14 dentes de cada morador municipal.

Além das exodontias, diversos outros procedimentos ambulatoriais teriam sido manipulados, o que pode ter impactado na elevação do teto de repasse de recursos federais no ano subsequente.

Com a participação da CGU, as investigações identificaram contratações – possivelmente fraudulentas – firmadas pelo município de Pedreiras, como meio de escoar tais recursos recebidos indevidamente.

A empresa investigada ocupa posição de destaque no “ranking” das empresas que mais receberam recursos públicos da saúde no período de 2019-2022 no estado do Maranhão, tendo sido beneficiada com mais de R$ 16 milhões em contratações públicas.

Diante desses fatos, a Polícia Federal cumpriu os onze mandados de busca e apreensão, além de demais medidas cautelares, como constrição patrimonial de R$ 1,8 milhão.

Foram suspensos os direitos de participar em licitações e de contratar com órgãos públicos dos empresários e empresas investigados.

PF na Prefeitura de Pedreiras

Ao todo, mais de 40 policiais federais cumpriram as determinações judiciais expedidas pelo Juízo Federal de São Luís, que decorreram de representação elaborada pela Polícia Federal.

Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder por inserção de dados falsos, fraude à licitação, superfaturamento contratual, peculato e lavagem de dinheiro.

A operação foi batizada de “Tira-Dente” em razão da quantidade superestimada de extrações dentárias, inserida fraudulentamente nos sistemas do SUS, que superou a própria quantidade de habitantes do município.