MPMA cobra realização de concurso público em Olinda Nova do Maranhão

Prefeito de Olinda Nova do Maranhão, Costinha

A Promotoria de Justiça da Comarca de Olinda Nova do Maranhão ingressou com uma Ação Civil Pública na qual cobra do Município a realização de concurso público e a retirada dos quadros municipais de contratados temporários e comissionados, bem como o fim das contratações por meio de cooperativas. Uma Recomendação sobre o tema havia sido encaminhada pelo MPMA em 2013.

O Município de Olinda Nova do Maranhão não realiza concurso público há mais de 11 anos e vem fazendo contratações temporárias que não se adéquam às hipóteses previstas na legislação. Há, também, diversos cargos comissionados ocupados por pessoas que não exercem funções de direção, chefia e assessoramento, como é o caso de, pelo menos, seis motoristas.

De acordo com o promotor de Justiça Lindomar Luiz Della Libera, “muitos administradores, dentre os quais o gestor do Município de Olinda Nova do Maranhão, confundem os conceitos de atividade temporária e permanente, bem como a excepcionalidade do serviço, como forma de burlar o concurso público e buscar de todas as formas agraciar os eleitores mais próximos”.

Em Olinda Nova do Maranhão, foi criada uma lei que trata da contratação temporária e excepcional de pessoal, a lei n° 251/2017. Na avaliação do membro do MPMA, autor da ação, a lei busca “conferir um ‘salvo conduto’ nas práticas de atos ímprobos e ilícitos, fugindo assim da aplicação da lei”.

A lei municipal abre um amplo leque de possibilidades de contratações temporárias, que vão das situações de calamidade pública à limpeza das vias urbanas e contratação de professores. Somente em relação aos professores, o anexo único da lei estabelece o número de 120 vagas.

As intenções do atual gestor, com a referida lei, andou longe de moralizar a gestão pública no que tange às contratações de pessoal, ao contrário, vai transformar as contratações de pessoal em verdadeiro ‘balcão de negócios’, pois, as contratações serão chanceladas não pela busca daqueles que tenham as melhores qualificações para assumir um cargo/emprego público, mas pela única autorização do Poder Executivo Municipal, que nem mesmo deixou claro na referida lei os critérios de seleção a serem adotados”, explica Lindomar Della Libera.

Outra forma de burlar a lei utilizada pelo Município de Olinda Nova do Maranhão é a contratação por meio de cooperativas de trabalho. Somente nos últimos quatro anos, esse tipo de contratação representou um gasto de R$ 11 milhões aos cofres municipais.

A Ação Civil Pública pede que seja determinado prazo de 72 horas para que sejam exonerados todos os contratados em cargos em comissão que não sejam destinados a funções de chefia, direção ou assessoramento.

Também foi solicitada a determinação para a realização de concurso público, no prazo de 180 dias, visando a substituir todos os contratados sem concurso público, seja por meio de processo seletivo ou de cooperativas que fornecem pessoal de forma precária para o desenvolvimento de atividades típicas de concursados.

Cópia do processo licitatório para a contratação de banca de concurso deve ser encaminhada ao Ministério Público no prazo máximo de 60 dias. Em caso de descumprimento de qualquer dos itens solicitados, o Ministério Público pede que seja determinada multa diária de R$ 5 mil a ser paga pessoalmente pelo prefeito de Olinda Nova do Maranhão, Edson Barros Costa Júnior (Costinha).

Delegado e envolvidos com contrabando têm prisão revogada por juiz Federal

Delegado Tiago Bardal, preso desde fevereiro

O juiz federal substituto, Luiz Régis Bomfim Filho, da 1ª Vara Federal do Maranhão, revogou, nesta segunda-feira (30), as prisões preventivas decretadas em desfavor de vários policiais militares e civis acusados de integrar uma quadrilha de milicianos desbaratada em fevereiro deste ano em um sítio localizado na zona rural de São Luís.

O grupo criminoso, segundo investigações da Secretaria de Estado da Segurança Pública, fazia o transporte e segurança de produtos contrabandeados do exterior para o Maranhão.

A decisão do magistrado impõe aos acusados pagamento de fianças, cujos valores variam entre R$ 15 mil a R$ 30 mil, além de medidas cautelares, tais como monitoramento eletrônico; recolhimento domiciliar no período noturno e nos fins de semana; comparecimento periódico em Juízo; proibição de manter contato com os demais denunciados; dentre outras.

Foram revogadas as prisões preventivas de Rogério Sousa Garcia, Tiago Mattos Bardal (ex-superintendente da SEIC), Luciano Fábio Farias Rangel, Joaquim Pereira de Carvalho Filho, Fernando Paiva Moraes Júnior, Reinaldo Elias Francalanci, Galdino do Livramento Santos e Evandro da Costa Araújo.

Foram mantidas, ainda, as liberdades provisórias de José Carlos Gonçalves, Aroudo João Padilha Martins, Ricardo Jefferson Muniz Belo, Edmilson Silva Macedo e Rodrigo Santana Mendes.

A prisão preventiva de pessoas que aguardam julgamento não deverá constituir a regra geral, mas a soltura poderá estar condicionada a garantias que assegurem o comparecimento da pessoa em questão à audiência, a todos os atos do processo e, se necessário for, para a execução da sentença. Assim, reputo que, por ora, as medidas cautelares previstas no art. 319, CPP a seguir decretadas, de forma específica as circunstâncias de cada denunciado, então preventivamente preso, mostram-se suficientes ao adequado processamento da presente persecução penal, revelando-se razoáveis e proporcionais ao caso em tela”, afirmou Luiz Régis.

Fonte: Blog do Glaucio Ericeira

Ex-prefeito de São Domingos do Azeitão é condenado a devolver R$ 1,3 milhão

Sebastião Fernandes, ex-prefeito de São Domingos do Azeitão

O ex-prefeito de São Domingos do Azeitão, Sebastião Fernandes Barros, foi condenado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA) a devolver R$ 1,3 milhão aos cofres públicos.

O débito é resultante do julgamento irregular da Tomada de Contas realizada pela Secretaria de Estado da Infraestrutura, em consequência da não apresentação da prestação de contas do convênio nº 058/2009-Governo do Estado do Maranhão/Departamento Estadual de Infraestrutura e Transporte (DNIT). Além do débito, o ex-prefeito terá que arcar com pagamento de multa no valor de R$ 274,5 mil, correspondente a 20% do valor do débito

A decisão foi tomada por unanimidade na sessão do Pleno da última quarta-feira (25) em processo relatado pelo conselheiro substituto Antônio Blecaute Costa Barbosa. Cabe recurso.

Desembargador Josemar Lopes passa a compor a 3ª Câmara Criminal do TJMA

Desembargador Josemar Lopes
Desembargador Josemar Lopes

Em sessão realizada nesta segunda-feira (30), a 3ª Câmara do Tribunal de Justiça do Maranhão recebeu o mais novo membro da mesa julgadora, desembargador Josemar Lopes. O magistrado ocupa o lugar do desembargador Joaquim Figueiredo, que ocupa hoje o cargo de presidente do TJMA.

O presidente da 3ª Câmara Criminal, desembargador Froz Sobrinho, deu boas-vindas ao desembargador Josemar Lopes, assegurando o desejo de realizarem, com os demais membros do colegiado, um bom trabalho. Ele desejou ao desembargador Josemar Lopes sorte e força para desempenhar com sucesso sua função.

Presente à sessão, o presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, Joaquim Figueiredo, expressou sua alegria com a ida do magistrado para a 3ª Câmara Criminal e disse ter certeza de que ele realizará um ótimo trabalho, tomando decisões com responsabilidade e dando celeridade aos processos do Poder Judiciário.

Para o desembargador Josemar Lopes, que recebeu também elogios e palavras de apoio dos desembargadores Vicente de Castro e Tyrone Silva (membros da 3ª Câmara Criminal), disse que espera fazer um trabalho digno, tendo um bom relacionamento com seus pares no órgão colegiado e ajudando a promover bons resultados para a Justiça maranhense.

Ônibus da Cruz Vermelha tomba na BR 316 e deixa voluntários feridos

Ônibus da Cruz Vermelha tomba na BR 316. Foto Reprodução: PRF
Ônibus da Cruz Vermelha tomba na BR 316. Foto Reprodução: PRF

Policiais rodoviários federais da Unidade Operacional de Peritoró, foram acionados para atenderem, no início da madrugada desta segunda-feira (30), um acidente tipo tombamento, ocorrido com um ônibus que transportava 34 voluntários da Cruz Vermelha no Maranhão.

Foto Reprodução: PRF

A ocorrência se deu por volta das 00h40 minutos, no km 378 da BR 316, Povoado Piratininga, próximo a Bacabal, quando o condutor perdeu o controle do ônibus ao passar em um quebra-molas, saiu da pista, conseguiu desviar de uma árvore e tombou.

A equipe de voluntários prestava serviços na parte central do Maranhão aos desabrigados pelas enchentes. O ônibus trafegava do município de Paulo Ramos e região com destino a São Luís.

De acordo com a equipe que atendeu a ocorrência, as pessoas feridas tiveram apenas escoriações.

Uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar em Bacabal prestou os primeiros atendimentos aos feridos.

Um outro ônibus foi acionado para continuação da viagem.

Ônibus da Cruz Vermelha tomba na BR 316. Foto Reprodução: PRF
Ônibus da Cruz Vermelha tomba na BR 316. Foto Reprodução: PRF

Hoje o dia é dele!

Governador Flávio Dino é o aniversariante do dia

Completa 50 anos nesta segunda-feira , 30 de abril, o advogado, político, professor e ex-magistrado brasileiro, filiado ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Flávio Dino de Castro e Costa, governador do Estado do Maranhão.

Flávio formou-se em direito em 1991 pela UFMA, onde também se tornou mestre em direito constitucional. Foi juiz federal de 1994 até 2006, quando deixou a magistratura para se candidatar ao cargo de deputado federal pelo Maranhão, sendo eleito e exercendo seu mandato até 1º de fevereiro de 2011. Foi diretor da Escola de Direito de Brasília do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), e também-presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), cargo que ocupou de junho de 2011 até março de 2014, devido à sua pré-candidatura ao governo do estado do Maranhão.

Em 2014, foi eleito governador do Maranhão, com 63,52% dos votos válidos sendo o primeiro governador eleito que não foi apoiado pelo partido do governo e a segunda vez em que um candidato do grupo político liderado por José Sarney não é eleito.

Dino é candidato a reeleição no pleito de outubro próximo.

Felipe Camarão cita trajetória nos 100 anos do Curso de Direito da UFMA

Durante discurso de agradecimento, Felipe Camarão relembra trajetória acadêmica no curso de Direito da UFMA

Em suntuosa cerimônia, que aconteceu na noite da última sexta-feira (27) no Teatro Arthur Azevedo, docentes, técnico-administrativos e acadêmicos da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) celebraram os 100 anos do Curso de Direito daquela tradicional Instituição de Ensino Superior.

Presidida pela reitora da Universidade, Profa. Dra. Nair Portela, a noite de celebrações rendeu homenagens a 168 personalidades, entre ex-reitores, gestores, professores aposentados, ativos e substitutos, docentes de outros cursos, servidores da coordenação do curso e do departamento de Direito, instituições jurídicas, além do Centro Acadêmico I de Maio, com a entrega de menções honrosas, diplomas e da medalha do mérito jurídico, Domingos Perdigão.

Durante toda a solenidade foram rememorados os diversos nomes de relevância ao cenário jurídico maranhense e nacional que já passaram pelos bancos da Universidade ao longo desses 100 anos de criação do Curso. Em destaque a homenagem ao governador Flávio Dino, professor do curso, e ao Secretário de Estado da Educação, e também docente de Direito da UFMA, Felipe Costa Camarão, que no ato representou o governador.

Procurador Federal lotado na Universidade Federal do Maranhão e, atualmente, licenciado para exercer o cargo de secretário de educação, Felipe Camarão relembrou, em seu discurso de agradecimento, sua trajetória acadêmica e a forte relação que mantém com o curso de Direito da UFMA.

Minha relação com a UFMA vem de longe, iniciei meu curso no primeiro semestre do ano 2000, sou da turma 00.1 de Direito. Graduei-me nessa Universidade, onde também fiz especialização, mestrado e agora doutorado, e para mim, é motivo de orgulho ser professor desta Instituição. Nós só temos a agradecer a esse curso que tantos ilustres maranhenses doou para a nossa política, o poder judiciário, o ministério público e tantas outras áreas que transformaram o nosso Maranhão. Só de governadores, professores do curso, já foram três: Godofredo Viana, Pedro Neiva de Santana e, agora, o governador Flávio Dino”, ressaltou.

Felipe ainda citou uma frase extraída do poema de Carlos Drummond de Andrade, que era bastante utilizada, em sua época, pelo Centro Acadêmico I de Maio. “Os lírios não nascem das leis”, momento em que frisou que “as leis não têm o poder absoluto de mudar a sociedade, de mudar o estado das coisas, mas nós, que estudamos na Universidade Federal do Maranhão, ao longo desses cem anos, nós que fazemos o curso de Direito, temos a condição de fazer a mudança necessária, aquela que a lei fria não tem condição de fazer”, disse.

Emocionado, o secretário ainda concluiu sua fala saudando a todos os servidores e servidoras, professores e ex-professores que fazem e fizeram parte do Curso de Direito ao longo desses 100 anos e desejou que o curso tenha ainda mais cem anos de resistência.

Nosso curso, que já enfrentou duas ditaduras, nesse momento tenebroso que vivemos em nosso país, mais do que nunca o curso de direito tem que ser um baluarte de resistência da sociedade, da luta contra a desigualdade e pela transformação social. Viva o curso de Direito da Universidade Federal do Maranhão. Viva os egressos da UFMA. Viva a Universidade Federal do Maranhão”, concluiu Felipe Camarão.

Centenário do Curso de Direito da UFMA

O Curso de Direito da UFMA foi criado juntamente com a fundação da Faculdade de Direito do Maranhão, em 28 de abril de 1918, resultado do esforço conjugado dos professores Domingos de Castro Perdigão, que era o Diretor da Biblioteca Pública do Estado e Manoel Fran Paxeco, Cônsul de Portugal no Maranhão.

No dia 1º de junho de 1918, diante da congregação dos professores, foi inaugurada as aulas do curso jurídico-social, e, no dia 11 de agosto, no Teatro São Luís, foi realizada as solenidades que festejavam a inauguração.

Já em 1942, a Faculdade foi fechada por determinação da Diretoria do Ensino Superior que dispunha de poder político de fechar todas as Faculdades que não tivessem renda própria para subsidiar e ministrar o ensino sem sacrifício dos professores.

STF decide nesta semana sobre fim do foro privilegiado a parlamentares

Presidente do STF, Ministra Cármen Lúcia

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar na quarta-feira (2) o julgamento sobre a restrição ao foro por prorrogativa de função, conhecido como foro privilegiado, para deputados e senadores. Até o momento, há maioria de oito votos a favor do entendimento de que os parlamentares só podem responder a um processo na Corte se as infrações penais ocorreram em razão da função e cometidas durante o mandato. Caso contrário, os processos deverão ser remetidos para a primeira instância da Justiça.

O julgamento começou no dia 31 de maio de 2017 e foi interrompido por dois pedidos de vista dos ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli, que será o próximo a votar. O relator, Luís Roberto Barroso, votou a favor da restrição ao foro e foi acompanhado pelos ministros Marco Aurélio, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Luiz Fux e Celso de Mello. Faltam os votos de Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski.

De acordo com o voto de Barroso, o foro por prerrogativa dos deputados, previsto no Artigo 53 da Constituição, deve ser aplicado somente aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas. O voto do ministro também prevê que o processo continuará na Corte se o parlamentar renunciar ou para assumir um cargo no governo após ser intimado para apresentar alegações finais.

De ministros de Estado a comandantes de corpo de bombeiros, passando por vereadores e parlamentares, cerca de 55 mil pessoas gozam do foro especial. Mas reportagem de VEJA mostra que a restrição não deve representar, necessariamente, um golpe na impunidade — como pode fazer crer a rapidez com que os juízes Sergio Moro e Marcelo Bretas prolatam suas condenações.

O problema é que os casos de Moro e Bretas não são regra. Eles só cuidam das ações relacionadas ao petrolão, enquanto nas demais varas do país seus colegas decidem sobre processos diversos. Além disso, nos rincões do país, não raro os juízes mantêm relação pessoal com o político a ser julgado ou ficam sujeitos à pressão dos mandachuvas locais. Há risco, portanto, de a demora e a blindagem apenas mudarem de endereço — ou de instância.

Doutor em ciência política pela Universidade de São Paulo (USP) e diretor executivo da Transparência Brasil, Manoel Galdino mostra-se preocupado com a perspectiva de ainda mais demora nos julgamentos se processos em tramitação no Supremo descerem para a primeira instância. Ele ressalta que nem todo juiz é como Sergio Moro. Ou seja: a restrição ao foro, para ele, pode ter efeito contrário ao esperado:

Pode haver uma frustração da população por causa da expectativa que existe com o fim do foro, particularmente em razão da velocidade dos processos da Lava-Jato em Curitiba”. Ao descerem para a primeira instância, processos podem voltar à estaca zero. Resultado: o político que por longos anos não teve seu caso julgado no STF passa a ter a perspectiva real de ser beneficiado, na primeira instância, com a prescrição, cenário em que o Estado é impedido de puni-lo porque já se passaram muitos anos desde o crime.

Segundo professor da FGV Direito Rio Ivar Hartmann, coordenador do projeto Supremo em Números, a restrição ao foro privilegiado pode permitir que os julgamentos de questões penais que, obrigatoriamente, devem ser julgados pelos colegiados da Corte, sejam mais rápidos, diante da menor quantidade de ações. De acordo com o professor, devido ao acúmulo de processos, a maioria das decisões do STF são tomadas individualmente pelos ministros.

Conforme o estudo Supremo em Números, o tempo de tramitação de uma ação penal em 2016 foi de 1.377 dias, tempo maior que o registrado em 2002, quando o processo era julgado em aproximadamente em 65 dias. Entre 2012 e 2016, das 384 decisões tomadas em ações penais, a declinação de competência, quando o parlamentar deixa o cargo e perde o foro no STF, representou 60% dos despachos, enquanto as absolvições chegaram a 20%. Condenações ficam em apenas 1%.

Lava Jato

Mesmo com a finalização do julgamento, a situação processual dos deputados e senadores investigados na Operação Lava Jato pelo STF deve ficar indefinida e as dúvidas serão solucionadas somente com a análise de cada caso. Os ministros terão que decidir se parlamentares vão responder, na própria Corte ou na primeira instância, às acusações por terem recebido recursos ilegais de empreiteiras para financiar suas campanhas.

Na avaliação do professor Hartmann, existem argumentos jurídicos relevantes a favor e contra a manutenção do foro para crimes cometidos para financiar campanhas. “Interpretar o caso de crime envolvendo financiamento de campanha é um caso onde eu consigo ver argumentações para os dois lados. Há argumentos no sentido de que não é em função [do mandato] ou até não é durante o mandato. Por outro lado, vejo argumentos possíveis no sentido de que a pessoa está usando as prerrogativas cargo para cometer esse crime”, avalia.

O caso concreto que está sendo julgado pelo STF envolve a restrição de foro do atual prefeito de Cabo Frio (RJ), Marcos da Rocha Mendes. Ele chegou a ser empossado como suplente do deputado cassado Eduardo Cunha, mas renunciou ao mandato parlamentar para assumir o cargo no município. O prefeito respondia a uma ação penal no STF por suposta compra de votos, mas, em função da posse no Executivo municipal, o processo foi remetido para a Justiça. Na última terça-feira (24), Mendes teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Fonte: VEJA

Adutora Italuís volta a romper

Adutora Italuís. Foto Reprodução

A Companhia de Saneamento Ambiental (Caema) informa que, infelizmente, houve um rompimento na adutora do Italuís na noite deste domingo (29).

A Caema está adotando as providências para que o problema seja resolvido em até 24 horas.Em face da histórica falta de cuidados com Italuís ao longo de décadas, já ocorreram mais de 35 rompimentos da adutora antiga.

Estava agendada para dia 09 de maio, a parada programada para a entrada em operação da nova adutora, o que terá de ser reprogramado em razão desta parada intempestiva ocorrida na noite deste domingo.

Bairros Afetados:

ZONA 01

Centro; São Pantaleão; Madre Deus; Goiabal; Codozinho; Vila Bessa; Belira; Lira; Parte da Areinha; Macaúba; Apicum; Camboa; Vila Bangu; Diamante; Vila Passos; Coréia de Baixo; Coréia de Cima; Sítio do Meio; Alto da Boa Vista; Retiro Natal; Liberdade; Tomé de Sousa; Fé em Deus; Floresta; Retiro Natal e Monte Castelo.

ZONA 02

Apeadouro; Irmãos Coragem; Bairro de Fátima; Bom Milagre; Parque Amazonas; Alemanha; Caratatiua; Vila Ivar Saldanha; Alto da Vitória; João Paulo; Jordoa; Vila Palmeira; Barreto; Túnel do Sacavém; Santa Cruz; Vera Cruz; Cutrim; Radional; Coroado; Parque Pindorama; Parque do Nobres; Redenção; Barés; Filipinho; Sítio Leal; Sacavém; Coheb do Sacavém; Santo Antônio; Vila Conceição; Bom Jesus; Vila dos Frades; Parque Timbira; Alto do Parque Timbira; Primavera; Sítio do Pica Pau Amarelo; Coroadinho.

ZONA 04

São Cristóvão; Tirirical; Solar das Mangueiras; Parque Universitário; João de Deus; Sítio Pirapora; Vila Itamar; Parque Jaguarema; Parque Sielândia; Residencial Canaã; Alameda dos Sonhos; Vila Lobão; Parque Roseana Sarney; Santo Antônio; São Bernardo; Vila Brasil; Cohapan; Jardim São Cristóvão; Residencial João Alberto; Parque Sabiá.

ZONA 05

Alto do Calhau; Calhau; Cohafuma; Conjunto Basa; Ilhinha, Jaracaty; Jardim São Francisco; Loteamento Boa Vista; Loteamento Jaracaty; La ravardiere; Ponta D’Areia; Ponta do Farol; Residencial Novo Tempo; Recanto dos Nobres; Renascença I e II; Residencial Ana Jansen; São Marcos; São Francisco; Vila Conceição I e II; Av. Litorânea; Angelim Velho; Bequimão; Cohajoly; Cohama; Condomínio Villagio Esperança; Conjunto Angelim; Residencial Marfim; Conjunto Boa Morada; Conjunto Vinhais; Eco Villagio; Maranhão Novo; Parte do Primavera; Turu; Planalto Cohaserma; Planalto Vinhais I e II; Recanto Vinhais; Residencial Jaqueira; Residencial Vinhais II e III; Rio Anil; Vila Fialho; Villagio do Angelim; Vivendas da Cohama; Vinhais Velho; Olho D’água, Parte do Habitacional Turu.

ZONA 06

Jambeiro; Porto da Vovó; Sá Viana Novo; Sá Viana Velho; UFMA; Vila Bacanga; Vila Dom Luís; Vila Isabel; Vila Cerâmica; Vila Primavera; Vila Embratel; Vila Nova; Bonfim; Vila Verde; Fumacê; Anjo da Guarda; São Raimundo; Alto da Vitória; Gancharia; Vila São Luís; Vila Ariri; Vila Mauro Fecury I e II; Conjunto Taguatur.

Salve, SUS!

Secretário de Saúde, Carlos Lula

Por Carlos Lula

O maior sistema gratuito e universal do mundo, o Sistema Único de Saúde, completa 30 anos. Críticas, denúncias e alguns elogios sempre nortearam os comentários sobre o Sistema. No Maranhão, em meio à crise financeira, a mudança de gestão estadual permitiu a expansão estratégica da rede de serviços, na contramão da maioria esmagadora dos estados da federação. A medida apontou para uma constatação que durante muito tempo foi dúvida de muitos: o SUS pode dar certo.

Desde 2015, o Governo do Estado interiorizou o atendimento de alta complexidade com a inauguração de seis novos hospitais. Onde estariam esses pacientes sem as novas unidades? Onde haveria atendimento? Onde fiariam a esperança de não perder a vida? O SUS tem salvado muitos.

Uma criança diagnosticada com catarata congênita, ainda bebê, emocionou os maranhenses nas redes sociais. Isadora Lima, agora com 4 anos, do município de São Bernardo, passou a enxergar esta semana, após procedimento cirúrgico.

Através do Sistema Único de Saúde, os pais conseguiram diagnosticar a doença, mas pensavam ter de arcar com uma despesa elevada para tratar o problema na rede privada. Entretanto, o SUS garantiu a cirurgia gratuita e a cura total da pequena Isadora.

Já ouviram falar em epidermólise bolhosa? A doença genética é raríssima. No Maranhão, mais de uma dezena de pessoas – a maioria crianças – são diagnosticadas com a doença. Os custos para o tratamento da doença são elevadíssimos, e os municípios não conseguiam fazê-lo. O Governo do estado hoje arca com esse investimento.

Assim, o tratamento atualmente disponibilizado pelo SUS garante qualidade de vida e aumenta a expectativa das pessoas acometidas por esta doença. A pequena Camile Vitória, de Zé Doca, que lançou o livro ‘O Saci que pensava que não tinha amigos’, é um exemplo. Para essa criança, assim como centenas de outras famílias, a esperança no sistema público de saúde é o único meio possível para viver.

Quem lê este artigo, mas aguarda ser chamado para uma cirurgia definitiva ou por um leito de hospital ou perdeu um ente querido porque a unidade ainda era longe demais para garantir o socorro de urgência, pode dizer o contrário do SUS. Progredimos muito, mas ainda não é suficiente, e por reconhecer isso, os investimentos continuam.

Os recursos, infelizmente, ainda são inversamente proporcionais ao número crescente necessário à manutenção e expansão do Sistema. Além disso, em 2016, a Emenda Constitucional 95 estabeleceu teto de gastos e congelamento dos investimentos em saúde pelos próximos 20 anos. Isto é trágico.

O maior desafio desde a criação do SUS é garantir sua sustentabilidade. O subfinanciamento parou a expansão do Sistema em diversos estados e o resultado é o colapso do sistema, a demanda crescente de usuários, a paralisação de profissionais, falta de material, ausência de atendimento.

Com base neste cenário, o Maranhão tem buscado experiências exitosas a fim de evitar esses extremos. A finalidade é continuar a expansão da rede e, auxiliar os municípios na execução de serviços de saúde de sua competência: a atenção primária. O discurso tecnocrata de crítica ao SUS esconde apenas um desejo de por fim à universalização e à gratuidade, conquistas históricas. A bandeira de todos nós tem de continuar sendo o SUS eficiente e universal, com assistência gratuita, digna e integral para todos.