DESCASO: paciente morre após dias internado à espera de cirurgia em Santa Luzia

Na tarde desta terça-feira (20), o aposentado Antônio Celso veio a óbito após passar vários dias internado no Hospital Pedro dos Reis Fernandes Neto (SPA), em Santa Luzia, aguardando uma cirurgia de hérnia que nunca chegou a ser realizada.

O caso veio à tona quando a sobrinha de Antônio Celso publicou um vídeo nas redes sociais denunciando a morosidade da Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS) e da Prefeitura de Santa Luzia. Nas imagens, ela mostra o tio debilitado no leito e relata que, apesar de autorizado, o procedimento cirúrgico não foi agendado. (Acompanhe abaixo)

Diante da repercussão, a equipe hospitalar finalmente providenciou a transferência de Celso ao Hospital Macrorregional de Santa Inês. No entanto, ele chegou sem vida à unidade, evidenciando a gravidade do atraso. Em novo vídeo, a sobrinha afirma ter sido informada de que nenhuma documentação médica foi enviada ao Macrorregional — falha que, segundo familiares, poderia ter salvado a vida do paciente.

 

 

Família de secretária é premiada em dois anos seguidos em Presidente Médici

Foto Reprodução

Parece que a sorte anda em família em Presidente Médici. Após a repercussão do sorteio de uma lavadora de roupas entregue à própria mãe da secretária da Mulher, Silvane Costa, durante a festa do Dia das Mães deste ano, veio à tona que a prática não é inédita: em 2023, outros parentes da secretária também foram contemplados no mesmo tipo de ação promovida pela Prefeitura.

A coincidência, no mínimo suspeita, reacende as críticas à conduta da gestora, já acusada de manipular resultados para beneficiar familiares. Com a pressão popular e a repercussão nacional, a mãe de Silvane anunciou que abriria mão do prêmio — mas o estrago já estava feito.

Não é a primeira vez, e pelo visto, pode não ser a última. Enquanto a população assiste a essa sequência de “sorteios premiados”, a gestão municipal segue em silêncio. E a transparência, ao que tudo indica, ainda não foi sorteada.

Prefeito de Viana oferta escola em galpão de galinha, mesmo tendo recebido quase R$ 30 milhões do FUNDEB

Em uma demonstração flagrante de desrespeito com a educação, o prefeito de Viana, Carrinho Cidreira, fez questão de transformar um galpão de galinha em uma “escola” para atender os alunos da cidade. Isso, apesar de o município ter recebido valores milionários do FUNDEB, dinheiro destinado a melhorar a infraestrutura escolar e garantir um ensino de qualidade.

A grave situação foi exposta pelo vereador Adonias Souza em suas redes sociais. Em vídeo, o parlamentar denuncia que uma escola da zona rural de Viana funciona dentro de um galpão. Pior: segundo ele, os alunos não têm acesso à merenda escolar e são obrigados a levar o próprio lanche de casa.

A situação é um escárnio! O que deveria ser um local de aprendizagem e desenvolvimento está, na verdade, em um estado deplorável e indigno. O galpão de galinha, sem as mínimas condições de higiene e segurança, foi adaptado para receber crianças, que, em pleno século XXI, deveriam estar em uma escola com infraestrutura adequada. Em vez de priorizar melhorias reais nas unidades de ensino, a gestão do prefeito Carlinho Cidreira optou por uma solução improvisada e humilhante.

Pergunta: onde estão os quase R$ 30 milhões que o município recebeu do FUNDEB em 2025? De acordo com os dados, o município foi agraciado com esses recursos, mas, ao que parece, a educação continua sendo tratada como uma prioridade de fachada. Enquanto o dinheiro público entra nos cofres da prefeitura, as escolas seguem com estruturas precárias e sem as mínimas condições de oferecer um ensino de qualidade para os alunos.

Foto Reprodução

ALÔ MPF!!!

Denúncia aponta gratificações ilegais em Governador Edison Lobão; MP investiga

Prefeitura Municipal

O Ministério Público do Maranhão abriu um inquérito para investigar o pagamento irregular de gratificações de função a servidores contratados, sem concurso, pela Prefeitura de Governador Edison Lobão.

A denúncia foi feita pelo SINTEEGEL (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino no município), que apontou que professores contratados de forma precária estariam recebendo gratificações sem qualquer respaldo legal.

A portaria foi assinada pelo promotor de Justiça Eduardo André de Aguiar Lo e publicada no Diário Eletrônico do MP nesta segunda-feira (5). De acordo com o documento, a contratação temporária é permitida apenas em situações excepcionais, conforme prevê a Constituição, e esses servidores não têm direito aos mesmos benefícios dos efetivos, como apontam decisões do STF.

Como parte das investigações, o MP requisitou da prefeitura o envio, em até 10 dias, de um relatório detalhado das folhas de pagamento dos servidores temporários referentes aos meses de janeiro, fevereiro e março de 2025. Além disso, será encaminhada uma recomendação formal ao atual prefeito Flávio Soares.

O município de Governador Edison Lobão já foi oficialmente incluído como investigado, e o sindicato foi informado da abertura do inquérito.

Gestão de Carrinho Cidreira é denunciada por não pagar e intimidar profissionais da saúde

Prefeito Carrinho Cidreira

A gestão do prefeito Carrinho Cidreira, em Viana, está no centro de uma denúncia alarmante feita pela vereadora Meirinha Enfermeira: profissionais da saúde contratados pelo município estariam sem receber seus salários desde janeiro. Segundo a parlamentar, a prefeitura estaria pagando apenas o complemento do piso nacional da enfermagem — como se fosse salário completo — o que configura ilegalidade e grave violação de direitos trabalhistas.

Durante pronunciamento na Câmara Municipal, Meirinha foi categórica ao afirmar que a prática fere a legislação federal, já que o complemento do piso deve ser um acréscimo, e não uma substituição ao salário. “Estão usando o piso da enfermagem para maquiar o não pagamento dos vencimentos. Isso é ilegal, imoral e coloca em risco a dignidade de quem salva vidas todos os dias”, disparou.

Mas a denúncia vai além: segundo relatos recebidos pela vereadora, profissionais estariam sendo coagidos por representantes da Prefeitura e da Secretaria de Saúde a aceitar a situação calados — sob ameaça de demissão. A vereadora classificou o caso como assédio moral e possível ato de improbidade administrativa.

“Silenciei por um tempo porque colegas da base disseram que iriam resolver a situação com o prefeito. Mas nada aconteceu. O desrespeito continua, e os salários seguem atrasados”, declarou Meirinha.

Diante da omissão da gestão municipal, a vereadora anunciou que levará o caso ao Ministério Público Estadual, ao Ministério Público Federal e ao Ministério da Saúde. A ideia é que os órgãos de controle investiguem e responsabilizem os envolvidos.

Enquanto isso, profissionais da saúde seguem sem salário e sob pressão — cenário inadmissível em qualquer gestão que se proponha séria.

*Com informações do Blog Veja Agora

 

AACIM acusa gestão Braide de fraude em mais de R$ 11 milhões para pagamentos de shows

Prefeito Eduardo Braide

A gestão do prefeito Eduardo Braide enfrenta mais uma crise após a Associação dos Auditores de Controle Interno do Município de São Luís (AACIM) denunciar ao Ministério Público do Maranhão (MPMA) um esquema de pagamentos milionários supostamente irregulares.

A denúncia atinge, além do próprio prefeito, o Controlador-Geral Sérgio Motta, a Procuradora-Geral Valdélia Campos e o Secretário de Cultura Maurício Itapary, apontando uma série de manobras administrativas que desrespeitaram pareceres técnicos e princípios legais da administração pública.

No centro das acusações está a homologação de mais de R$ 11 milhões em pagamentos pelo Controlador-Geral, mesmo diante de alertas sobre sobrepreço, conluio entre empresas e descumprimento da Lei de Licitações. Segundo os auditores, os repasses foram autorizados fora do fluxo legal, sem respeitar pareceres obrigatórios e utilizando recursos de 2024 para despesas de 2025 – prática vedada pela legislação. Além disso, parte dos pagamentos ocorreu durante o período de férias do próprio Controlador-Geral, com registros de autorizações fora do horário comercial, algo inédito na Controladoria-Geral do Município.

A Procuradoria-Geral do Município também é alvo da denúncia por supostamente emitir pareceres jurídicos genéricos que legitimaram a tomada de decisões irregulares, permitindo que o Controlador-Geral assumisse funções que caberiam exclusivamente aos auditores concursados. A AACIM ainda aponta suspeitas de conluio entre empresas contratadas e o instituto responsável pelos recursos, com indícios de simulação de concorrência para beneficiar determinados grupos.

Diante da gravidade dos fatos, a associação cobra uma investigação rigorosa do MPMA, alegando que os princípios de legalidade, moralidade e transparência foram comprometidos.

*Com informações da Folha do Maranhão e editadas pelo Blog do Minard

Seletivo de Olinda Nova tem novas denúncias de irregularidades e reforça suspeitas de fraude

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O processo seletivo de Olinda Nova do Maranhão, já marcado por inúmeras denúncias, volta a gerar polêmica devido a novas irregularidades. Sob a gestão do prefeito Valdenir Diniz, o certame tem sido duramente criticado por falta de transparência e fortes indícios de favorecimento político.

A mais recente denúncia aponta a aprovação de candidatos que não atendem aos requisitos mínimos para os cargos. Um dos casos mais alarmantes é o de Josiel Silva dos Santos, aprovado para a função de motorista de máquinas pesadas, mesmo sem possuir habilitação. O mesmo ocorreu com Valdemar Moreno Fonseca, selecionado para o cargo de motorista sem ter carteira de habilitação.

Outro fato que chama atenção é a aprovação de Lucas Lima Amaral, menor de idade, para o cargo de instrutor de informática, que exige formação técnica e maioridade. A inclusão de um menor em um cargo técnico reforça a suspeita de que o processo seletivo foi conduzido sem qualquer critério legal.

Esses casos se somam a uma denúncia formalizada junto ao Ministério Público, na qual uma candidata relatou ter sido aprovada mesmo sem realizar a prova, pois chegou atrasada. O episódio gerou revolta e ampliou a desconfiança sobre a lisura do processo.

Seletivo usado para fins políticos?

Moradores e candidatos prejudicados afirmam que o processo seletivo está sendo utilizado como ferramenta política pelo prefeito Valdenir Diniz e pela ex-prefeita e atual secretária de Educação, Conceição Cutrim.

*Com informações do Blog Veja Agora e editadas pelo Blog do Minard

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MPC aciona TCE-MA e denuncia gastos excessivos com pessoal em Penalva

TCE-MA em São Luís

O Ministério Público de Contas do Estado (MPC) denunciou ao Tribunal de Contas do Estado (TCE/MA) o município de Penalva, atualmente sob a gestão do prefeito Luiz Henrique Alves Guerra, por extrapolar o limite de gastos com pessoal. De acordo com a denúncia, a prefeitura comprometeu 53,52% da Receita Corrente Líquida com despesas dessa natureza, ultrapassando o limite prudencial de 51,3% estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Diante da irregularidade, o MPC solicitou ao TCE a concessão de uma medida cautelar para obrigar a prefeitura a adotar providências urgentes na contenção de despesas e na regularização fiscal do município. Segundo o órgão, a situação coloca em risco a sustentabilidade financeira da administração pública e compromete a oferta de serviços essenciais à população.

O prefeito Guerra alegou ilegitimidade para responder pela irregularidade, argumentando que a gestão anterior, de Ronildo Campos, era responsável pelo excesso de despesas. No entanto, a relatora do caso, conselheira Flávia Gonzalez Leite, rejeitou essa justificativa, enfatizando que a responsabilidade fiscal é contínua e cabe ao atual gestor adotar providências para a adequação das contas.

A relatora indeferiu o pedido de medida cautelar, alegando que, devido à recente transição de governo, é necessário um exame mais aprofundado dos dados antes de qualquer decisão definitiva. Ainda assim, o TCE determinou que o prefeito apresente justificativas no prazo de 30 dias.

Descaso da gestão Julinho: situação precária da Travessa Boa Vista prejudica motoristas

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O Blog do Minard recebeu uma denúncia preocupante sobre a situação da Travessa Boa Vista, no bairro Araçagy, em São José de Ribamar.

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A rua, marcada por buracos profundos e pela total ausência de infraestrutura, tem causado sérios transtornos a motoristas e pedestres.

Recentemente, um carro ficou com um dos pneus atolado em um buraco gigante durante uma forte chuva que atingiu a região.

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Com as chuvas intensas, a visibilidade para os motoristas é severamente comprometida, aumentando ainda mais o risco de acidentes. A precariedade da via tem se arrastado por semanas, refletindo o total descaso da gestão do prefeito Dr. Julinho, que até o momento não tomou providências para sanar o problema.

A situação gerou indignação entre os moradores, que exigem uma solução urgente para garantir a segurança e a mobilidade no local.

Foto Reprodução
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Enquanto a população sofre com as péssimas condições da rua, a administração municipal segue sem respostas claras sobre a recuperação da infraestrutura da Travessa Boa Vista.

Criminosos se passam por ativista de direitos dos autistas para aplicar golpes em São Luís

Foto Reprodução

Na última terça-feira de Carnaval, Poliana Gatinho, funcionária pública de 41 anos e ativista de causas de pessoas com deficiência, teve seu nome e imagem usados por um criminoso —ou uma quadrilha de 171s, como parece ser o caso— para aplicar golpes pelo WhatsApp.

A descoberta só foi possível porque participantes de um grupo de apoio a famílias maranhenses de PCDs, administrado por ela no aplicativo, alertaram ter recebido mensagens de alguém se passando pela ativista e indicando o contato que seria de um primo dela que tralharia no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social). Nas mensagens, o estelionatário alegava que beneficiários do Bolsa Família ou do BPC (Benefício de Prestação Continuada) teriam os auxílios bloqueados, mas que este primo poderia resolver a situação mediante um pagamento.

“Nesse dia, cerca de 20 pessoas entraram em contato comigo pra avisar que tinham recebido as mensagens. Uma dessas pessoas me disse que observou que no dia do golpe o grupo estava falando sobre o tema [Bolsa Família e BPC] que o criminoso utilizou para enviar as mensagens pedindo dinheiro”, conta.

Segundo Gatinho, os criminosos exploraram o medo das famílias vulneráveis ​​de perderem benefícios essenciais para sua sobrevivência. Uma pessoa caiu no golpe e transferiu R$ 400 para um PIX indicado pelos criminosos.

“Eu dedico minha vida a essa causa [inclusão], principalmente às pessoas que não têm muita oportunidade, e isso me entristece muito”, lamenta.

O Bolsa Família é um programa de transferência de renda do governo federal voltado para famílias em situação de pobreza e extrema pobreza. Já o BPC garante um salário mínimo mensal a idosos com 65 anos ou mais e a pessoas com deficiência de baixa renda.

“Dói no fundo da minha alma saber que teve uma vítima, que uma pessoa caiu. É um benefício para pessoas de baixa renda, então, é um valor que vai fazer muita falta para essa família”, diz a ativista, que é coordenadora regional do MOAB (Movimento Orgulho Autista Brasil). Poliana relata que no dia do ocorrido ela estava fazendo compras em um supermercado em São Luís quando começou a receber muitas mensagens de membros do grupo alertando sobre as tentativas de golpe.Ao examinar os prints enviados pelos participantes, a ativista identificou que foram utilizados dois números diferentes se passando por ela, ambos com DDD (Discagem Direta à Distância) do Maranhão – um 98 e outro 99, que abrangem a região leste e algumas áreas centrais do estado. Um dos contatos chegou a usar uma foto de perfil com o símbolo do CRAS e também uma foto dela com seu filho, João Lucas, autista, de 9 anos.Antes do incidente, o grupo “Pais e Mães na Luta” era aberto e qualquer pessoa poderia ter acesso. Após o ocorrido, Poliana fez uma análise de todos os participantes e excluiu perfis, no entendimento dela, suspeitos. “Eu deixei o aviso fixado dentro do grupo falando que é golpe, também fechei o grupo e, mesmo para quem tem o link, eu preciso aprovar para ver quem é e não entrar mais gente assim”, diz. O grupo contava com aproximadamente mil pessoas. Agora, permaneceram pouco mais de 800 participantes.Para Telma Nascimento, presidente da AMA (Associação de Amigos do Autista) no Maranhão, o golpe foi ainda mais cruel porque Poliana Gatinho é uma figura de credibilidade na comunidade autista e demais pessoas com deficiência, o que fez com que quem caiu no golpe confiasse sem hesitar no que era dito pelos criminosos. “Essa pessoa que fez isso deve ser punida. Ela usou a imagem de figura pública de Poliana, que tem trânsito principalmente entre as famílias de criança. Usou de má fé a imagem dela e as pessoas, com boa vontade, caíram no golpe”, diz.

A ativista registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil maranhense na quinta-feira (6). Contudo, segundo informou ao Atual7, até a semana passada ainda continuava recebendo mensagens de pessoas relatando tentativas de golpe, inclusive com números com DDDs de outros estados. Procurado pela reportagem, o chefe do DCCT (Departamento de Combate aos Crimes Tecnológicos) da SEIC (Superintendência Estadual de Investigações Criminais), delegado Guilherme Campelo, não forneceu detalhes específicos sobre a investigação do caso, para não comprometer as diligências em andamento. Ele explicou que este tipo de crime é conhecido como “golpe do novo número”.

“O criminoso habilita um número qualquer com o mesmo DDD do estado da vítima e passa a enviar mensagem aos contatos da mesma com a finalidade de obter vantagem econômica ilícita. É um golpe que já é aplicado há bastante tempo, mas, infelizmente, ainda faz muitas vítimas”, disse.

Por envolver um recurso federal, o Atual7 questionou a Polícia Federal sobre o assunto. Segundo a assessoria da PF no Maranhão, embora o golpe possa envolver benefícios sociais do Governo Federal, esses programas seriam usados ​​pelos criminosos apenas como isca para atrair as vítimas. Por essa razão, ainda segundo a assessoria, a Polícia Federal não atua nesse tipo de caso, por não haver prejuízo econômico efetivo para a União.

Dados da SEIC mostram que, considerando tanto o golpe aplicado com o nome e foto de Poliana Gatinho quanto outras modalidades criminosas de fraude eletrônica, a Polícia Civil maranhense registrou 19.894 crimes desse tipo apenas em 2023. No ano passado, foram 23.816 casos, o que representa um aumento de aproximadamente 20% em dois anos.

Principais tipos de fraudes aplicadas via WhatsApp

O presidente da Comissão de Direito Digital da Seccional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no Maranhão, Edmee Froz, explica que existem diferentes tipos de fraudes aplicadas por criminosos via WhatsApp. Segundo ela, além do golpe do novo número, como no caso de Poliana, a clonagem da conta no aplicativo é uma das práticas mais comuns, em que os criminosos convencem a vítima, por meio de fraude, a compartilhar o código de verificação do aplicativo.

Edmee aponta ainda que há outras modalidades, como o golpe do falso sequestro, em que os fraudadores reivindicam ter sequestrado um parente e desativar o pagamento imediatamente, e o golpe do falso emprego, no qual os criminosos prometem oportunidades de trabalho em troca de taxas antecipadas. Ela diz que também é comum criminosos se passarem por representantes de bancos ou empresas, criando falsas centrais de atendimento para induzir as vítimas a fornecerem dados sensíveis. A advogada alerta que um golpe também bastante utilizado é o envio de links maliciosos, conhecidos como phishing, redirecionando as vítimas para páginas falsas com o objetivo de capturar suas informações pessoais e bancárias.

Edmée afirma que há sinais de alerta que podem indicar uma tentativa de fraude. De acordo com ela, os criminosos costumam usar diferentes métodos para enganar as vítimas, como enviar mensagens com tom de urgência, exigindo dinheiro em nome de familiares ou amigos.

A advogada recomenda algumas medidas essenciais de segurança:

  • Ativar a verificação em duas etapas no WhatsApp
  • Evitar compartilhar códigos de autenticação recebidos por SMS
  • Confirmar com a pessoa ou empresa, por meio de outro canal de comunicação, antes de realizar qualquer pagamento ou transferência
  • Caso receba mensagens suspeitas, bloqueie e denuncie os contatos diretamente pelo próprio aplicativo
  • O que fazer ao ser vítima de uma fraude

    O delegado de Polícia Civil Guilherme Campelo explica que, se cair em um desses golpes, a pessoa precisa tomar algumas providências imediatas. “As primeiras ações que uma vítima, cuja imagem está sendo usada, deve adotar são: alertar seus contatos, publicando stories (nas redes sociais) e enviando mensagens a todos, enviar um e-mail ao suporte do WhatsApp solicitando a derrubada da conta impostora e registrar uma ocorrência policial com todos os detalhes do ocorrido”, destaca.

    Edmée Froz acrescenta ainda mais dois passos essenciais: comunicar imediatamente ao banco, caso tenha ocorrido transferência de dinheiro, para tentar reverter a transação, e procurar um advogado especializado, caso seja necessário tomar medidas judiciais.

    A advogada esclarece que, dependendo da modalidade do golpe, os crimes podem ser enquadrados em diferentes artigos do Código Penal brasileiro. “O estelionato pode resultar em pena de 1 a 5 anos de reclusão e multa, podendo ser aumentada se a vítima for idosa. Já o furto mediante fraude, quando há subtração de bens financeiros por meio de fraude digital, pode levar a uma pena de até 8 anos”, explica.

    Ela complementa: “O crime de falsa identidade se aplica quando o criminoso se passa por outra pessoa para cometer a fraude. A invasão de dispositivo informático é aplicável quando há acesso indevido ao WhatsApp da vítima sem autorização. Além disso, se houver a participação de uma organização criminosa, as sanções previstas na Lei nº 12.850/2013 também podem ser aplicadas”.