Pesquisa aponta Carrinho como líder na disputa pela Prefeitura de Viana

Carrinho, pré-candidato em Viana
Carrinho, pré-candidato em Viana

Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econométrica acaba de confirmar a liderança absoluta do pré-candidato Carrinho Cidreira (PL) à Prefeitura de Viana. Carrinho se mantém na frente da disputa em todas as pesquisas realizadas desde o ano passado.

A consulta, registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob o número MA-05565/2020, foi realizada nos dias 11 e 12 de agosto deste ano. Carrinho aparece com 43,2% da preferência do eleitorado, em uma situação considerada pelos analistas políticos como de curva ascendente na tendência de votação, ou seja, devendo crescer ainda mais nos próximos meses. O segundo colocado, Dr. Joel (PSDB), aparece 13,9%, com cerca de 30% a menos na preferência da população vianense. O atual prefeito, Magrado Barros (DEM), e a vice-prefeita Lucimar Gonçalves (Progressistas), que resolveu “pular do barco” do aliado e lançar sua pré-candidatura, aparecem praticamente empatados na pesquisa. Magrado tem apenas 12,8% do eleitorado e Lucimar possui 13,4%. Atrás de Carrinho, os três pré-candidatos estão tecnicamente empatados. Ainda segundo a pesquisa, o pré-candidato Bill Lopes, possui 3,3%, seguido de Jucá, com 1,4% e Renan Damasceno, filho da deputada estadual Mical Damasceno, com 0,8%.

A aferição da Econométrica mostra ainda que, em Viana, o quatro atual já está praticamente definido. Apenas 7,7% dos eleitores ainda estão indecisos e 3,6% declaram que irão votar nulo. 64,5% dos eleitores vianenses responderam que não votarão de jeito nenhum no prefeito Magrado novamente. 46,4% responderam que, independente de quem irão votar, acham que o vencedor das eleições será Carrinho Cidreira. O líder nas pesquisas é economista, já foi secretário municipal de Saúde, secretário municipal de Educação e vice-prefeito do município, com experiência e ampla trajetória de vida pública.

Pesquisa Econométrica em Viana
Pesquisa Econométrica em Viana

A pesquisa foi contratada por uma empresa de consultoria em comunicação política, a Com Consultoria em Comunicação Ltda., e possui uma margem de erro de 5,1%, com intervalo de confiança de 95%. Viana tem 36 mil e 406 eleitores. O universo pesquisado foi de 366 eleitores, na sede e na zona rural do município.

França do Macaquinho nas mãos do ministro Alexandre de Moraes

Ministro Alexandre de Moraes e a prefeita França do Macaquinho
Ministro Alexandre de Moraes e a prefeita França do Macaquinho

Após ter perdido mais uma vez no TRE, o processo de cassação da prefeita do município de Santa Luzia, França do Macaquinho (PP) subiu para TSE.

França do Macaquinho tinha protocolado cerca de 14 embargos junto ao TRE, o que segundos especialistas seria uma estratégia da defesa em protelar o processo de cassação. Nesta terça-feira 1, o TRE manteve a decisão e negou os embargos mantendo a condenação.

França já havia sido cassada em novembro de 2018, mas se mantém no cargo graças a uma liminar do próprio TRE.

Agora o processo subiu para esfera nacional, e será julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tramitando em caráter de urgência com fator prioritário, pelo fato de ela ser prefeita e está ocupando o cargo. Segundo a distribuição, o juiz do caso será o ministro Alexandre de Morares.

O Tribunal Superior Eleitoral vem mantendo decisões de condenações proferidas pelos tribunais regionais, principalmente em processos semelhantes ao de França do Macaquinho, onde envolve compra de votos e abuso de poder econômico

Segundo dados da entidade Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), foram cassados ao todo 460 prefeitos e vice-prefeitos e 207 vereadores que incorreram no crime eleitoral. Os dados são colhidos junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde 2000.

O tribunal mantendo a condenação, França do Macaquinho deve deixar o cargo de prefeita imediatamente, assumindo o Presidente da Câmara Municipal de Santa Luzia, o vereador Almir da Floresta, que também responde processo por possíveis desvios de verbas públicas.

FOLHA DO MARANHÃO

TSE não liberou ficha suja, diz especialista em Direito Eleitoral

Carlos Sérgio de Carvalho Barros, especialista em direito eleitoral
Carlos Sérgio de Carvalho Barros, especialista em direito eleitoral

TSE NÃO “LIBEROU” OS FICHAS SUJAS. TSE – Tribunal Superior Eleitoral – decidiu nesta terça-feira, por maioria (5×2) que não é possível prorrogar o prazo de inelegibilidade de pessoas condenadas por abuso de poder econômico e político com base no adiamento da data das eleições municipais de 2020.

Essa foi a resposta dada pelo TSE à consulta formulada pelo deputado Célio Studart (PV-CE). O parlamentar indagou ao TSE se os candidatos que estariam inelegíveis se a eleição ocorresse em 04 de outubro(data da eleição antes do adiamento), seguiriam impedidos de disputar a eleição em 15 de novembro de 2020.

Os ministros entenderam que as situações de inelegibilidades com data certa para acabar não foram afetados pelo adiamento das Eleições de 2020, em obediência ao princípio da segurança jurídica. Mas isso não significa jamais a liberação dos chamados candidatos fichas sujas. Longe disso, no máximo, a decisão permitirá que algumas pessoas condenadas por ilícitos eleitorais relativos as eleições de 2012 e cuja sanção de inelegibilidade termina em outubro deste ano, participem das eleições que agora só ocorrerão em 15 de novembro, eis que, em razão da pandemia, excepcionalmente, foi promulgada a emenda constitucional 107 adiando a data das eleições.

É importante destacar que essa decisão, em regra, não alcança pretensos candidatos com condenação criminal, condenados em ação de improbidade ou com contas julgadas irregulares pelo órgão competente. O que se fez foi permitir que políticos cujo prazo de inelegibilidade acaba em outubro, e que antes do adiantamento das eleições não poderiam se candidatar, poderão ser candidatos nas eleições de 15 de novembro porque nesta data, efetivamente, não estarão mais inelegíveis.

Carlos Sérgio de Carvalho Barros , especialista em direito eleitoral

Imperatriz: Ildon Marques já quase sem esperanças em concorrer a prefeito

Ildon Marques, ex-prefeito de Imperatriz
Ildon Marques, ex-prefeito de Imperatriz

Considerado inelegível pelo TSE, em julgamento realizado em maio, referente às eleições de 2018, o ex-prefeito de Imperatriz Ildon Marques (PP) deve ser considerado inelegível por conta de outras quatro condenações no Tribunal de Consta da União (TCU), todas recentes.

Ildon é pré-candidato a prefeito de Imperatriz mais uma vez. Entretanto, com o indeferimento do registro referente à eleição de 2018, a Justiça Eleitoral reconheceu que ele está inelegível desde novembro de 2017, por um período de oito anos – ou seja, até 2025.

No caso do TCU, a condenação mais antiga transitou em julgado em 15 de fevereiro de 2013, gerando inelegibilidade até 2021. A condenação mais recente, por outro lado, é de janeiro de 2020, o que, em tese, o torna inelegível até 2028, de acordo com a Lei da Ficha Limpa.

Sistema de Contas

Há, ainda, outras duas condenações no ano de 2018.

Todas as decisões referem-se a “contas julgadas irregulares com implicação eleitoral”, como diz o Sistema de Contas Irregulares.

Do Gilberto Léda

Pesquisa avalia substituir Eudes por Tiago Fernandes em Ribamar

Pupilo de Luis Fernando já é visto como adversário de Eudes Sampaio
Pupilo de Luis Fernando já é visto como adversário de Eudes Sampaio

Uma pesquisa registrada no site do TSE nesta terça-feira (14), revela a possível substituição do nome do atual prefeito Eudes Sampaio (PTB), pelo do ex-secretário de Saúde de São José de Ribamar, Tiago Fernandes (PP), considerado o pupilo do ex-prefeito Luís Fernando.

Segundo dados do PesqEle, o Sistema de Registro de Pesquisas do TSE – Tribunal Superior Eleitoral, o Instituto MBO deve iniciar a coleta de dados nesta quinta-feira (16), e terminará no domingo (19). Ainda de acordo com os dados do TSE, a pesquisa poderá ser divulgada a partir do dia 20.

No formulário, chamou a atenção do blog a pergunta número cinco. Em um primeiro cenário, entre os pré-candidatos, é apresentado o nome do atual prefeito, Eudes Sampaio. Já em um segundo cenário, o nome de Eudes é substituído pelo de Tiago Fernandes, confirmando o que o blog vem publicando nos últimos meses, inclusive com a reportagem Pesquisa deve definir destino de Tiago Fernandes e Eudes Sampaio em Ribamar, publicada no final de junho.

Em outro cenário, o nome do atual prefeito é testado em confrontos diretos com os pré-candidatos Beto das Vilas, Dr. Julinho, Jota Pinto, Edson Jr e o próprio Tiago Fernandes, o que leva a crer que o ex-secretário pode sim, ser candidato contra o atual prefeito.

Do MARAMAIS

‘Adiar a eleição para o fim do ano é uma medida excelente’, diz Weverton

Ministro Luis Roberto Barroso e o Senador Weverton (PDT-MA)
Ministro Luis Roberto Barroso e o Senador Weverton (PDT-MA)

Durante sessão remota nesta segunda-feira (22), os três especialistas da área da saúde convidados para falar aos senadores foram unânimes em sugerir que as eleições municipais deste ano, marcadas para 4 e 25 de outubro, precisam ser adiadas devido à pandemia de covid-19. O biólogo e divulgador científico Átila Iamarino sugeriu que as eleições sejam adiadas para o fim do ano.

Acredito que adiar a eleição para o fim do ano é uma medida excelente para garantir que vamos estar no melhor cenário. Embora, ainda haja uma dependência da ação humana até lá e do nosso combate à pandemia. Acredito que adiar essa eleição por mais tempo do que isso não traria grandes benefícios; ano que vem ou mais para frente”, explicou Átila.

O senador Weverton (PDT-MA), relator da PEC que trata do assunto, ouviu atentamente as explicações de Átila e dos outros especialistas da área. O médico epidemiologista Paulo Lotufo sugeriu que, para evitar aglomerações, o horário da votação seja estendido até as 20h ao invés de terminar às 17h, como normalmente ocorre. Já o infectologista David Uip enfatizou que não é possível prever com exatidão como a pandemia vai se comportar nos próximos meses. Para ele, o Brasil ainda não chegou ao pico de contaminações e mortes.

Foi muito bom ouvirmos os especialistas. Assim, é possível formar uma opinião concreta sobre o tema. Agradeço a presença de todos e a disponibilidade em estar aqui para debater um assunto tão importante”, afirmou Weverton.

O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, também participou da sessão virtual. Na ocasião, Barroso pediu que o Congresso Nacional considere adiar as eleições municipais deste ano não para uma data única, mas para uma janela de datas.

O ministro argumentou que a evolução da pandemia de covid-19 varia entre as regiões do país. Dessa maneira, é possível que a nova data escolhida para o pleito não se mostre igualmente adequada para todos os municípios.

Há o risco de chegarmos em novembro e constatarmos que em algumas partes do Brasil ainda seja recomendável o adiamento por algumas semanas. Pediria que considerassem a possibilidade de dar ao TSE uma margem, sempre dentro deste ano” disse o ministro.

Barroso reforçou também que o TSE endossa o consenso médico sobre a necessidade de se adiar o processo eleitoral (atualmente com os dois turnos previstos para 4 e 25 de outubro) e sugeriu o intervalo entre 15 de novembro e 20 de dezembro. A Justiça Eleitoral conduziria as eleições dentro desse espaço de tempo, verificando quais cidades poderiam votar primeiro e quais esperariam mais.

Logo quando fui designado relator, procurei o ministro Barroso para que pudéssemos debater o tema. Fiz uma maratona de reuniões este fim de semana. Encontros virtuais muito importantes que ajudaram na construção da possibilidade de darmos um indicativo na questão da data. O ministro Barroso se colocou totalmente à disposição e colocou como prioridade estar presencialmente aqui no Senado”, ressaltou o parlamentar.

No final da sessão, Weverton afirmou que o Senado deve votar amanhã a proposta.

Vou fazer todos os esclarecimentos necessários e espero concluir a votação da PEC em dois turnos nesta quarta-feira (23)”, finalizou o senador.

Reunião entre TSE, Câmara, Senado e especialistas em Saúde discute adiamento das eleições

Foto Reprodução

Nesta terça-feira (16), autoridades e especialistas em saúde participaram de uma reunião virtual para discutir a necessidade de adiamento das Eleições 2020 em razão da pandemia causada pelo coronavírus (Covid-19).

Entre os participantes, houve um consenso pelo adiamento do pleito por algumas semanas, garantindo que seja realizada ainda este ano, em data a ser definida pelo Congresso Nacional com base em uma janela que varia entre os dias 15 de novembro e 20 de dezembro.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, destacou que “esse foi um encontro interessante entre ciência, direito e política com a proposta de encontrarmos a melhor solução para o país”. Ele afirmou ainda que a palavra final é do Legislativo, que deve deliberar para conciliar as demandas da saúde pública com a democracia.

A discussão contou também com a participação do vice-presidente da Corte, Edson Fachin, do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, do Senado Federal, Davi Alcolumbre, e de renomados médicos e cientistas como David Uip; Clovis Arns da Cunha; Esper Kallás; Ana Ribeiro; Roberto Kraenkel; Paulo Lotufo; Gonzalo Vecina; e Atila Iamarino. Também participaram diversos líderes partidários das duas Casas do Congresso Nacional.

Cada especialista fez intervenções curtas, de três a cinco minutos cada, para falar do quadro atual e da perspectiva para os próximos meses em relação à evolução e ao controle da doença. Em cada manifestação, os médicos reforçaram as características únicas desse vírus, que acomete principalmente os mais vulneráveis e com limitadas opções de tratamento. Eles destacaram que esta não é uma gripe como outras que já surgiram, principalmente porque atinge rapidamente os órgãos e tem alto índice de mortalidade.

O médico David Uip, por exemplo, pontuou que o Brasil é um país continental e, por essa razão, a doença se manifesta de forma heterogênea dependendo de cada região. Entre as sugestões apresentadas para além do adiamento do pleito, há a possibilidade de horários estendidos para a votação, definição de horários específicos para população vulnerável, treinamento e simulação sobre medidas de higiene para todos que vão trabalhar e aumento dos locais de votação para evitar aglomerações.

Parlamento

O presidente do Senado fez questão de ressaltar a importância do significado desse encontro para debater o adiamento das eleições e afirmou que “instituições que têm responsabilidade em momentos históricos como o que estamos vivendo têm a consciência de que essa decisão necessariamente precisa ser em conjunto”.

Segundo Alcolumbre, há um significado simbólico no fato de ouvir os representantes do povo, o que demonstra o respeito do TSE pelo Parlamento ao envolver todos nessa discussão desde o ponto de partida até a solução. Alcolumbre também registrou seu agradecimento à Justiça Eleitoral principalmente pelo comprometimento e pela valorização da ciência.

Ouvir a medicina e profissionais de saúde é fundamental”, disse ele, ao exaltar que a união entre ciência, Poder Legislativo e Poder Judiciário na construção de alternativas para cuidar da vida dos brasileiros fortalece a democracia e garante que as eleições serão realizadas com segurança.

O presidente da Câmara, por sua vez, reforçou que, acima dos interesses políticos envolvidos nas eleições, deve estar o bem comum. “Nós temos que pensar no bem de todos e garantir a saúde da população”, afirmou.

Outros parlamentares das duas casas fizeram suas exposições com base nas informações das regiões que representam e apontaram sugestões a serem analisadas.

Considerações finais

Barroso afirmou que o objetivo maior dessa reunião é colher informações técnicas e científicas a respeito do adiamento. Segundo ele, o ideal é que essa definição seja feita até o dia 30 de junho, em virtude do calendário eleitoral. Ele falou da possibilidade de criação de uma cartilha de orientação para eleitores e mesários sobre como se comportar no dia da votação.

Ele também destacou as discussões que estão sendo analisadas no âmbito da Justiça Eleitoral, tais como a possibilidade de suspensão da identificação do eleitor por meio da biometria para diminuir o contato físico entre os envolvidos.

Além disso, o presidente do TSE lembrou que realizar a votação em dois dias implica em um gasto extra de cerca de R$ 180 milhões. Os custos são relativos à alimentação de mesários e à atuação de militares para garantir a segurança das urnas nos locais de votação de um dia para outro, por exemplo.

Já o ministro Edson Fachin afirmou que práticas democráticas são imprescindíveis, especialmente nas crises e emergências. Para ele, manter a condição de normalidade possível às eleições periódicas faz bem para a saúde da democracia. “A Justiça Eleitoral estará à disposição da sociedade brasileira para levar a efeito um processo eleitoral com a normalidade possível e com toda legitimidade”, disse.

TSE propõe eleicões distritais mistas para 2020

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pretende modificar as regras eleitorais já para o próximo ano em que serão realizadas eleições municipais em todo o país. Um estudo coordenado pelo vice-presidente TSE, o ministro Luís Roberto Barroso,  foi entregue no mês passado para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). No documento está contida a proposta de mudança para o modelo distrital misto para as eleições de vereadores no ano de 2020.
A proposta vista separar os municípios com mais de 200 mil habitantes em distritos, com isso os vereadores seriam eleitos isoladamente. Neste novo sistema proposto, metade das cadeiras nas câmaras municipais, assembleias legislativas e câmaras dos deputados seriam definidos conforme votos distritais e a outra metade seria eleita pelo voto  legenda, que seria feita em uma lista fechada, com candidatos de cada partido presentes na lista predeterminada e com a ordem das vagas a serem preenchidas.
Com isso, o eleitor votaria na lista e não em um candidato específico. O presidente da câmara dos deputados, Rodrigo Maia, elogiou a proposta, mas não sabe se ela tem potencial para passar neste momento. ““É uma proposta muito boa. Não sei se tem voto [para passar no Congresso], porque mudar o sistema eleitoral é difícil”, concluiu o deputado.
A líder do Governo no Congresso Nacional, Joice Hasselmann (PSL) usou as redes sociais no fim de semana para anunciar a inclusão do sistema eleitoral distrital misto nas próximas eleições, previstas para o ano que vem.
De acordo com a parlamentar, a proposição foi feita pelo ministro Luis Roberto Barroso, do TSE.
Segundo a deputada, existe um movimento para aprovação da matéria até setembro deste ano.
O novo modelo de escolha dos representantes públicos é inspirado no sistema alemão e prevê a divisão dos estados e municípios em distritos eleitorais.
Desta forma, os candidatos a vereador de um bairro seriam diferentes daqueles dos eleitores de outro bairro.
Essa divisão seria feita pelo próprio TSE a partir de audiências públicas.

Bolsonaro será diplomado hoje pelo TSE

Presidente eleito Jair Bolsonaro fala à imprensa, após receber uma honraria do Exército, Medalha do Pacificador com Palma, em Brasília
Presidente eleito Jair Bolsonaro fala à imprensa, após receber uma honraria do Exército, Medalha do Pacificador com Palma, em Brasília

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, chega a Brasília hoje (10) para a cerimônia de diplomação com seu vice Hamilton Mourão, às 16h, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para a solenidade, foram distribuídos 700 convites. Os diplomas são assinados pela presidente do TSE, ministra Rosa Weber, que abre a sessão solene e indica dois ministros para conduzirem os eleitos ao plenário.

A agenda do presidente eleito para esta semana é intensa e inclui reuniões com as bancadas do PSD, DEM, PSL, PP e PSB. Também há conversas com os governadores eleitos de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva (PSL), e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).

As reuniões ocorrem no momento em que Bolsonaro já definiu toda a sua equipe ministerial. Os 22 ministros foram escolhidos. O último nome foi anunciado ontem (9), nas redes sociais, pelo próprio presidente eleito, o advogado e administrador Ricardo de Aquino Salles para o Ministério do Meio Ambiente.

Consensos

Em busca de consenso para alinhar a base aliada no Congresso, o presidente eleito se reúne amanhã (11) com a bancada do PSD. No dia seguinte (12), será a vez de conversar com o PSL, PP e PSB.

Na reunião com o PSL, que é o seu partido, Bolsonaro tentará dirimir as divergências internas que geraram troca de acusações. A sigla foi a que mais cresceu nas eleições deste ano, ganhando 42 novos deputados e se tornando a segunda maior bancada da Câmara, atrás apenas do PT, que tem 56.

Na semana passada, o presidente eleito conversou com integrantes do MDB, PRB, PR e PSDB.

Confraternização

Ainda em Brasília, Bolsonaro vai se reunir amanhã (11) com representantes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar. Na quarta-feira (12), ele almoça com a sua turma de formandos da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), no Clube do Exército.

Fonte: Agência Brasil

Faltam 19 dias: mais de 147 milhões de eleitores estão aptos a votarem

Eleições 2018

Neste ano, para viabilizar o voto de mais de 147 milhões de eleitores em cada um dos 5.570 municípios brasileiros e em 171 localidades no exterior, a Justiça Eleitoral conta com um corpo de 15,4 mil servidores e colaboradores, 2.645 juízes eleitorais e também com um batalhão de aproximadamente dois milhões de voluntários que atuam como mesários. Ao fim de cada pleito, após a avaliação de erros e acertos, a Justiça Eleitoral começa a preparar a eleição seguinte.

No dia 7 de outubro, primeiro turno do pleito, os eleitores votarão em 556 mil urnas eletrônicas em mais de 480 mil seções eleitorais distribuídas em 95 mil locais de votação. Num esforço logístico coordenado, urnas são levadas a locais remotos, como comunidades ribeirinhas amazônicas e aldeias indígenas, e de lá, ao fim do pleito, os votos são transmitidos por satélite às sedes dos Tribunais Regionais Eleitorais em minutos, numa demonstração de como a tecnologia pode encurtar distâncias e promover cidadania.

Lado a lado com a missão de administrar as eleições, a Justiça Eleitoral também desempenha sua missão jurisdicional, por meio da atuação de juízes eleitorais, desembargadores de Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para que os registros de todos os candidatos sejam analisados. E, nessa missão, os números também impressionam: este ano, cerca de 28.977 cidadãos de 35 partidos políticos, muitos reunidos em coligações, apresentam-se como candidatos. Os candidatos a presidente são registrados no TSE; os candidatos a governador, senador, deputado federal e deputado estadual/distrital são registrados nos TREs. Todos os pedidos de registro, impugnados ou não, devem estar julgados até o dia 17 de setembro, vinte dias antes da eleição.

Paralelamente à análise dos registros de candidatura pelos magistrados, servidores trabalham no recebimento e na análise das prestações de conta de campanha. Regras mais rígidas são adotadas ano a ano para evitar a utilização de recursos ilícitos, por exemplo, por meio do “caixa 2”. Com o início da propaganda eleitoral no rádio e na televisão, em 15 de agosto, a Justiça Eleitoral também passa a ser demandada com o ajuizamento de representações em que candidatos pleiteiam direito de resposta ao apontar supostas ofensas cometidas por outros candidatos. Tais pedidos são analisados por magistrados responsáveis pela propaganda, mas recursos podem ser apresentados para que o colegiado se pronuncie sobre a matéria.

Passado o pleito, a Justiça Eleitoral tem até o dia 15 de dezembro para julgar a prestação de contas dos candidatos eleitos. E 19 de dezembro é o último dia para a diplomação de todos os candidatos vencedores.

Antes que os eleitos tomem posse, a Justiça Eleitoral já estará preparando a eleição seguinte.