Após benção do MP, Prefeitura de São Luís volta com “Juju e Cacaia”

Instituto localizado na Cidade Olímpica

Parece que a novela do caso “Juju e Cacaia” ganhou seu capítulo final: a Prefeitura de São Luís teve a benção do Ministério Público do Maranhão (MPMA) para manter o contrato de R$6,9 milhões. O prefeito Eduardo Braide acatou a manifestação da promotoria e revogou a anulação do Chamamento Público nº 13/2023, que havia descredenciado a entidade.

A promotoria emitiu, na quinta-feira (8), uma recomendação ao prefeito Eduardo Braide, e ao atual secretário municipal de Cultura, Maurício Itapary, para que mantivessem a contratação do Instituto de Educação Juju e Cacaia “Tu és uma Bênção” para a realização do Carnaval 2024 na capital maranhense.

O contrato entre a prefeitura e o Instituto Juju e Cacaia, que funciona como uma escola infantil na Cidade Olímpica, foi alvo de polêmica e provocou a demissão de três funcionários da Secul de Braide, entre eles o ex-secretário Marcos Duailibe. O MPMA abriu um Procedimento Administrativo para apurar o caso e ouviu os representantes da entidade, o ex-secretário de Cultura, Marco Duailibe, e dois assessores exonerados após o escândalo.

Segundo a recomendação do MPMA, não foi comprovada nenhuma irregularidade formal que justificasse a anulação do contrato, visto que a norma regente da Instituição lhe autoriza a realização de eventos culturais, com contas aprovadas. Além disso, a empresa subcontratada pela entidade, Coelho Produções, já teria executado 90% do objeto do contrato milionário.

O MPMA também apontou que a nova entidade habilitada após um segundo chamamento público, o Instituto Solidariedade e Inclusão Social (SOLIS), teria contas julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA). O MPMA destacou o caráter inovador da iniciativa, que busca resolver os problemas por meio de um acordo entre o TCE-MA e os municípios, chamado de Termo de Ajustamento de Gestão (TAG).

O prefeito Eduardo Braide, que permaneceu em silêncio sobre o caso, acatou a recomendação do MPMA e restabeleceu a validade do contrato com o Instituto Juju e Cacaia.

Divulgada a lista de candidatos à vaga de Desembargador do TJMA pelo MPMA

MPMA – Foto Reprodução

O Ministério Público do Maranhão (MPMA) divulgou nesta segunda-feira (05) a lista dos candidatos habilitados à vaga de Desembargador do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) pelo Quinto Constitucional. A vaga é destinada a membros da promotoria.

O Quinto Constitucional é um mecanismo que reserva um quinto das vagas dos tribunais brasileiros a membros do Ministério Público e da advocacia, indicados em lista sêxtupla pelas respectivas instituições. O objetivo é garantir a pluralidade e a representatividade dos órgãos que compõem o Poder Judiciário.

Confira a lista de candidatos habilitados publicada no Diário Eletrônico do MPMA :

Portaria do MPMA

MP quer suspender Carnaval em Carolina que custará aos cofres R$ 1,2 milhão

Erivelton Neves, prefeito de Carolina

O prefeito de Carolina, Erivelton Neves, recebeu uma Recomendação do Ministério Público do Maranhão (MPMA), pedindo a suspensão imediata da realização do Carnaval deste ano. O evento custará R$ 1,2 milhão aos cofres públicos, sendo R$ 950 mil com contratação de atrações e R$ 250 mil com despesas com palco, som, iluminação, entre outros.

Enquanto isso, a população local enfrenta problemas como falta de saneamento básico, ineficiência de transporte escolar, condições insalubres do matadouro municipal e estrutura precária de escolas e unidades básicas de saúde.

Para resolver estes problemas, é necessária a não utilização de recursos públicos para organização e realização de atividades carnavalescas em 2024. Assim, serão evitados gastos com festas, sustando repasses ou aplicação de recursos públicos para apoio financeiro a escolas de samba ou blocos de rua, contratação de bandas, cantores, shows e/ou trios elétricos etc”, argumentou o Promotor de Justiça Marco Túlio Rodrigues Lopes, que assinou o ofício.

Lembrando que no ano passado, a Justiça havia homologado Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta (TAC), entre o MPMA e a Prefeitura de Carolina, tratando da redução de gastos nas contratações artísticas durante o período carnavalesco de 2023. Apesar do compromisso firmado, a administração municipal não cumpriu os termos do TAC.

“O acordo foi quase integralmente descumprido. Os ônibus não foram adquiridos, o matadouro e a casa de acolhimento institucional não foram construídos, o lixão da cidade continua irregular e o transporte escolar continua um caos, entre outras questões”, destacou o promotor de justiça.

Em ofício, a própria Prefeitura reconheceu o descumprimento das questões, mas não foi encaminhado ao MPMA, como acertado em reunião em 25 de janeiro, um planejamento para as soluções das demandas. O Município deveria elaborar plano estratégico e cronograma para resolver as omissões relativas ao TAC.

Além de citar a omissão da Prefeitura de Carolina, o MPMA exige, no ofício, datas previstas para construção do matadouro, Casa de Acolhimento Institucional, transformação do lixão da cidade em aterro sanitário, entre outros.

O Município havia alegado que a redução dos gastos do Carnaval de 2023 teve objetivo de destinar os recursos poupados justamente para tais obras. Porém, isso também não foi cumprido.

O promotor de justiça afirmou, ainda, que o argumento da gestão de que melhorias nas estradas compensariam a necessidade de aquisição de carros para transporte escolar não se sustenta, porque os mais de 140km de vias consertadas alegadas não foram evidenciadas.

O representante do MPMA também informou que existem várias ações judiciais de saúde em trâmite porque a população não consegue acesso a serviços de saúde, cirurgias, consultas, medicamentos, etc. “A alegação da administração municipal para descumprir essas demandas é sempre a mesma: falta de recursos públicos”.

O Ministério Público solicitou que o prefeito Erivelton Neves informe, em 48 horas, ao órgão sobre o acatamento das recomendações, com o encaminhamento de respectivas comprovações por escrito.

Ex-prefeita de Vila Nova dos Martírios é investigada por crimes de responsabilidade

Karla Batista, ex-prefeita de Vila Nova dos Martírios

A ex-prefeita de Vila Nova dos Martírios, Karla Batista Cabral (Republicanos), é alvo de um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) instaurado pelo Ministério Público do Estado do Maranhão (MPMA), por meio da Promotoria de Justiça da Comarca de São Pedro da Água Branca.

Segundo o MPMA, Karla Batista, que foi prefeita de Vila Nova dos Martírios entre 2013 e 2020, é suspeita de ter cometido infrações previstas no artigo 1º do Decreto-Lei nº 201/1967, que dispõe sobre crime de responsabilidade dos prefeitos apropriar-se de bens ou rendas públicas, ou desviá-los em proveito próprio ou alheio.

Além do PIC, uma Ação de Improbidade Administrativa contra a ex gestora ainda está tramitando. O inquérito deverá ser concluído em 90 dias, podendo resultar em uma denúncia criminal contra a investigada.

Servidor do MPMA e dois suspeitos de corrupção são alvos de operação do Gaeco

Operação Proditor

Na manhã desta quarta-feira, 31, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) deflagrou a Operação Proditor, para cumprimento de três mandados de busca e apreensão, emitidos pelo Juízo da Comarca de Itinga do Maranhão sob a respondência do juiz Bruno Ramos Mendes, em face de um servidor do quadro do Ministério Público e dois particulares, investigados pela prática de crimes de corrupção, exploração de prestígio e outros.

A investigação teve início após denúncias de que os investigados solicitavam vantagem financeira para praticar, deixar de praticar ou retardar atos de ofício de competência do Ministério Público sob a influência do servidor ministerial.

A busca e apreensão teve o objetivo de apreender elementos de prova relacionados aos fatos investigados. Além disso, foi deferido o pedido de medidas cautelares pessoais, dentre as quais a suspensão do exercício da função pública e afastamento até o final da investigação – em relação ao servidor do MP – proibição de acesso às unidades ministeriais nas comarcas onde se deram os fatos investigados, proibição de contato entre eles e com servidores dos Ministério Público.

O nome da operação, Proditor, vem do latim e significa “traidor”, em alusão à conduta do agente público que se vale das funções que exerce na  instituição que integra, na condição de servidor concursado, para a prática de crimes em prejuízo da sociedade, da Administração Pública e dos princípios que a norteiam, especialmente, legalidade, impessoalidade e moralidade.

MPMA alerta prefeito de São Mateus sobre gastos no Samas Folia 2024

Divulgação
O Ministério Público do Maranhão (MPMA) recomendou ao prefeito Ivo Rezende prudência na alocação de recursos públicos para o carnaval de 2024. A orientação do promotor Thiago Lima Aguiar se refere ao Samas Folia, promovido pela Prefeitura de São Mateus, que acontecerá nos dias 16 e 17 de fevereiro.

O MPMA aponta que a realização de eventos custosos pode afetar negativamente a oferta de serviços públicos essenciais, como saúde, educação e infraestrutura. Inclusive, a promotoria já está investigando as condições de funcionamento do Hospital Municipal de São Mateus e das escolas da rede municipal de educação, após denúncias sobre irregularidades que comprometem a qualidade dos serviços prestados à população.

Vale relembrar que na semana passada, os professores da rede municipal de São Mateus realizaram uma manifestação para cobrar o pagamento de R$ 1.948.074,27 milhão do abono salarial do Fundeb de 2023.

A promotoria enfatiza que a não observância das recomendações pode resultar em medidas judiciais e extrajudiciais, e ressalta o caráter preventivo e orientativo da recomendação. A promotoria também abriu um procedimento administrativo para acompanhar os gastos do município com a festividade carnavalesca.

MP investiga contratação da Construprime pela Prefeitura de Lago Verde

Prefeito Alex Almeida

Licitações da Prefeitura de Lago Verde, comandado pelo prefeito Alex Almeida, estão na mira do Ministério Público do Maranhão. A promotora Ana Carolina Cordeiro de Mendonça, da 2ª Promotoria da Comarca de Bacabal, irá acompanhar e fiscalizar a regularidade da contratação da empresa R. N. da Costa Eireli (Construprime).

A construtora, com sede em Bacabal, foi contratada para prestação de serviços de manutenção e reforma de escolas e postos de saúde no município. Porém, o MP questiona a falta de informações sobre a transação após fazer uma  pesquisa nos murais de contratos do Portal da Transparência de Lago Verde e no SACOP (sistema do Tribunal de Contas do Maranhão), onde não localizou nenhum contrato da prefeitura com a Construprime, anteriormente denominada G de Sousa da Silva.

O Procurador-Geral do município foi notificado pela promotoria e deve se manifestar no prazo de quinze dias.

Outras investigações

Em 2021, o MP abriu uma investigação envolvendo o prefeito de Bacabal, Edvan Brandão, e a empresa Construprime por suspeita de fraude em um pregão de R$ 19,6 milhões para serviços de engenharia na educação. A empresa é administrada por Rômulo Nascimento da Costa, que é esposo de uma vereadora aliada do prefeito bacabalense.

Portaria do MPMA

MP investiga contrato milionário de iluminação pública da gestão Braide

Foto Reprodução

Em agosto de 2023, a Prefeitura de São Luís assinou um contrato emergencial de R$ 13,1 milhões com a empresa F. M. Rodrigues & Cia LTDA para administrar o Parque de Iluminação Pública da cidade. Mas o contrato pode ter indícios de improbidade, segundo uma denúncia apresentada ao Ministério Público do Maranhão.

A 33ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa abriu uma investigação para apurar se houve superfaturamento, favorecimento ou outras ilegalidades na contratação da empresa, que foi feita com dispensa de licitação.

O procedimento tem o prazo de 90 dias para ser concluído, podendo ser prorrogado por igual período. Nesse tempo, o promotor poderá requisitar documentos, informações, depoimentos, perícias e outras diligências que sejam necessárias para esclarecer o caso.

O resultado dessa investigação pode trazer à luz os bastidores de um negócio que envolve milhões de reais e o serviço público essencial de iluminação na gestão do prefeito Eduardo Braide.

MP investiga denúncia de desvio de verbas do Fundeb em Alto Alegre do MA

Prefeita Nilsilene de Liorne

O Ministério Público do Marahão volta a mirar na administração da prefeita Nilsilene do Liorne. Desta, vez, a promotora Sandra Soares de Pontes, da 2ª Promotoria de Justiça de São Mateus do Maranhão, instaurou um inquérito para investigar uma denúncia de desvio de verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) no município de Alto Alegre do Maranhão.

Segundo a denúncia, a prefeitura e a Secretaria de Educação do município teriam desviado recursos do FUNDEB, entre 2021 e 2023, destinados à educação, que deveriam ser aplicados em programas suplementares de material didático escolar, transporte, alimentação e para o pagamento de professores.

A promotora determinou a expedição de ofícios a prefeita e ao secretário de educação de Alto Alegre do Maranhão, solicitando informações sobre os repasses e as despesas do FUNDEB no período e a remessa de documentos comprobatórios.

O MPMA pediu ainda que se juntassem aos autos dados do Portal da Transparência de Alto Alegre sobre o gasto com combustível na educação, no período de 2021/2022 a dez./2023. Em levantamento, o Blog do Minard verificou que em 2021 foi celebrado um contrato no valor de R$ 545 mil entre a  pasta da Educação e o Autos Posto São Francisco.

O inquérito irá verificar se houve irregularidade na gestão da verba federal e poderá propor recomendações, celebração de termos de ajustamento de conduta ou ações judiciais. O prazo de conclusão é de 90 dias, podendo ser prorrogado.

MPMA investiga contratos de compra de móveis e eletrodomésticos em Ribamar Fiquene

Prefeito Cociflan Amarante

O promotor Marco Túlio Rodrigues Lopes instaurou um procedimento administrativo para verificar se houve irregularidade nos contratos que o município de Ribamar Fiquene, administrado por Cociflan Amarante, fez com três empresas para compra de móveis, eletrodomésticos e eletrônicos.

A denúncia aponta sinais de falta de transparência nas contratações firmadas pelo município de Ribamar Fiquene com as empresas Styllus Empreendimentos, Gonçalves Comércio e Serviços e Impel Imperatriz Papéis e Comércio.

Em busca dos contratos com as empresas, o Blog do Minard só achou vestígios de serviços da Gonçalves Comércio, que faturou R$ 108 mil em 2022, segundo o Portal da Transparência da Prefeitura de Ribar Fiquene.

O MPMA determinou que fosse enviado um ofício ao prefeito de Ribamar Fiquene e que, em caso de ausência de resposta, fosse expedido novo documento cobrando um posicionamento do gestor.