TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO JOGA NO LIXO OPERAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL

Um dos 104 presos, em 2007, numa das maiores operações da PolÍcia Federal no país contra desvio de dinheiro público, o eterno prefeito de Tuntum, Cleomar Tema, teve suas contas do exercício de 2006, mesmo ano em que a Controladoria Geral da União (CGU) descobriu fraudes de cerca de R$ 1 bilhão em recursos federais, aprovadas pelo Pleno do Tribunal de Contas do Estado (TCE), comando pelo conselheiro-presidente Edimar Serra Cutrim desde a época em que o Maranhão nem internet tinha.

Quando da prisão, além de Tema, pelo menos mais oito prefeitos de cidades maranhenses, secretários municipais, membros das comissões de licitação, contadores e empresários foram parar no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, entre eles funcionários e ex-funcionários do próprio TCE/MA.

O eterno prefeito de Tuntum, Cleomar Tema, conhecendo o peso e sabendo se são apertadas as algemas da Polícia Federal, em 2007. Foto: TV Mirante / Reprodução

Iniciada em janeiro de 2006, uma apuração conjunta da Polícia Federal e da CGU identificou, a partir da análise de diversos relatórios de auditorias do TCU (Tribunal de Contas da União), o uso de notas fiscais de empresas comprovadamente inexistentes por Cleomar Tema e os outros gestores municipais, objetivando o desvio da verba federal. Em fevereiro daquele mesmo ano, o Ministério Público Federal (MPF) do Maranhão instaurou procedimento investigatório para colheita de provas e posteriormente requisitou a abertura de inquérito policial.

No curso das investigações, descobriu-se a participação direta do prefeito de Tuntum e de vários prefeitos municipais, o que levou a Procuradoria da República no Maranhão a pedir o deslocamento das investigações para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em razão da prerrogativa do foro desses agentes públicos. No TRF da 1ª Região, as investigações tiveram continuidade, culminando com as prisões.

Na época, o mais novo gestor com contas aprovas pelo Tribunal de Contas do Maranhão – apesar do desvio de dinheiro público ter sido feito no mesmo ano das contas julgadas e aprovadas pelo TCE/MA -, chegou a ver o sol quadrado por três dias, sendo solto por conta de um pedido de revogação de prisão acatado pela juíza Rosimayre Gonçalves, a mesma que havia decretado a prisão. Até hoje, suspeita-se que um ex-deputado federal pelo Maranhão tenha usado de sua influência junto ao Judiciário para que seu principal cabo eleitoral em 2006, e possivelmente agora em 2014, para outro cargo, fosse colocado em liberdade.

Curiosamente, quando foi parar da cadeia, além de prefeito de Tuntum, Cleomar Tema era ainda presidente da Federação Maranhense dos Municípios (Famem), atualmente presidida pelo prefeito de São José de Ribamar, Gil Cutrim, filho do presidente do TCE/MA, Edimar Cutrim.

Fonte: Atual7

OPERAÇÃO MARACANAZO: DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL É PRESO TENTANDO EXTORQUIR R$ 300 MIL DE UM POLÍTICO

policia federalA operação Maracanazo, deflagrada nesta quinta-feira(19) , pelo MPF e PF prendeu um delegado federal em conluio com um advogado e um empresário investigados, que tentavam extorquir R$ 300 Mil de um politico para livrar-lo de uma  investigação federal.

Além disso, há investigação sobre advocacia administrativa por parte do delegado, visando o favorecimento do empresário em licitações em Roraima. O político relatou ao Ministério Público Federal a prática criminosa dos investigados, havendo investigação sobre os fatos e levantados fortes indícios das práticas criminosas

 Durante a operação estão sendo cumpridos mandados de prisão preventiva de um delegado de Polícia Federal, um advogado e um empresário, envolvidos em associação criminosa que operava nos municípios de Boa Vista e Alto Alegre.

 Os mandados, que foram expedidos pela Justiça Federal em Roraima, têm o objetivo de colher provas para formação da culpa dos alvos e evitar que a liberdade dos integrantes da associação ofenda a ordem pública ou ponha em risco vítimas e testemunhas.

Agora vamos a uma análise do Blog.

 O envolvimento de Delegados em casos de corrupção e desvios de conduta gera questionamentos importantes, inclusive no Maranhão. O Brasil é o único pais do mundo onde há concurso para chefe de polícia, onde meninos recém saídos dos bancos de universidades, são alçados a monopolizadores de poderes de investigação, inclusive chefiando policiais experientes sem conhecimento aprofundado do mister.

No Maranhão, recentemente, teve ampla cobertura da imprensa os casos do Delegado Federal Pedro Meireles, com envolvimento com a quadrilha de agiotagem e extorsão de prefeitos, também acusada de tramar a morte do blogueiro Décio Sá, além do caso da Delegada da Mulher de Acailandia-MA, Clenir Reis, presa sob a acusação de extorsão no valor de R$ 5 mil para que ela não forjasse provas contra cidadão em uma denúncia produzida por um dos parceiros do esquema criminoso.

Os países do mundo inteiro utilizam a sistemática de escolher o chefe de polícia entre os policiais com maior qualificação e experiência, onde não existe concurso pra chefe de polícia, o que resguarda a sociedade de “pára-quedistas” inexperientes e valoriza a vivência e o serviço prestado à sociedade.