Felipe Camarão cita trajetória nos 100 anos do Curso de Direito da UFMA

Durante discurso de agradecimento, Felipe Camarão relembra trajetória acadêmica no curso de Direito da UFMA

Em suntuosa cerimônia, que aconteceu na noite da última sexta-feira (27) no Teatro Arthur Azevedo, docentes, técnico-administrativos e acadêmicos da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) celebraram os 100 anos do Curso de Direito daquela tradicional Instituição de Ensino Superior.

Presidida pela reitora da Universidade, Profa. Dra. Nair Portela, a noite de celebrações rendeu homenagens a 168 personalidades, entre ex-reitores, gestores, professores aposentados, ativos e substitutos, docentes de outros cursos, servidores da coordenação do curso e do departamento de Direito, instituições jurídicas, além do Centro Acadêmico I de Maio, com a entrega de menções honrosas, diplomas e da medalha do mérito jurídico, Domingos Perdigão.

Durante toda a solenidade foram rememorados os diversos nomes de relevância ao cenário jurídico maranhense e nacional que já passaram pelos bancos da Universidade ao longo desses 100 anos de criação do Curso. Em destaque a homenagem ao governador Flávio Dino, professor do curso, e ao Secretário de Estado da Educação, e também docente de Direito da UFMA, Felipe Costa Camarão, que no ato representou o governador.

Procurador Federal lotado na Universidade Federal do Maranhão e, atualmente, licenciado para exercer o cargo de secretário de educação, Felipe Camarão relembrou, em seu discurso de agradecimento, sua trajetória acadêmica e a forte relação que mantém com o curso de Direito da UFMA.

Minha relação com a UFMA vem de longe, iniciei meu curso no primeiro semestre do ano 2000, sou da turma 00.1 de Direito. Graduei-me nessa Universidade, onde também fiz especialização, mestrado e agora doutorado, e para mim, é motivo de orgulho ser professor desta Instituição. Nós só temos a agradecer a esse curso que tantos ilustres maranhenses doou para a nossa política, o poder judiciário, o ministério público e tantas outras áreas que transformaram o nosso Maranhão. Só de governadores, professores do curso, já foram três: Godofredo Viana, Pedro Neiva de Santana e, agora, o governador Flávio Dino”, ressaltou.

Felipe ainda citou uma frase extraída do poema de Carlos Drummond de Andrade, que era bastante utilizada, em sua época, pelo Centro Acadêmico I de Maio. “Os lírios não nascem das leis”, momento em que frisou que “as leis não têm o poder absoluto de mudar a sociedade, de mudar o estado das coisas, mas nós, que estudamos na Universidade Federal do Maranhão, ao longo desses cem anos, nós que fazemos o curso de Direito, temos a condição de fazer a mudança necessária, aquela que a lei fria não tem condição de fazer”, disse.

Emocionado, o secretário ainda concluiu sua fala saudando a todos os servidores e servidoras, professores e ex-professores que fazem e fizeram parte do Curso de Direito ao longo desses 100 anos e desejou que o curso tenha ainda mais cem anos de resistência.

Nosso curso, que já enfrentou duas ditaduras, nesse momento tenebroso que vivemos em nosso país, mais do que nunca o curso de direito tem que ser um baluarte de resistência da sociedade, da luta contra a desigualdade e pela transformação social. Viva o curso de Direito da Universidade Federal do Maranhão. Viva os egressos da UFMA. Viva a Universidade Federal do Maranhão”, concluiu Felipe Camarão.

Centenário do Curso de Direito da UFMA

O Curso de Direito da UFMA foi criado juntamente com a fundação da Faculdade de Direito do Maranhão, em 28 de abril de 1918, resultado do esforço conjugado dos professores Domingos de Castro Perdigão, que era o Diretor da Biblioteca Pública do Estado e Manoel Fran Paxeco, Cônsul de Portugal no Maranhão.

No dia 1º de junho de 1918, diante da congregação dos professores, foi inaugurada as aulas do curso jurídico-social, e, no dia 11 de agosto, no Teatro São Luís, foi realizada as solenidades que festejavam a inauguração.

Já em 1942, a Faculdade foi fechada por determinação da Diretoria do Ensino Superior que dispunha de poder político de fechar todas as Faculdades que não tivessem renda própria para subsidiar e ministrar o ensino sem sacrifício dos professores.

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