A determinação do ministro Teori Zavascki do Supremo Tribunal Federal (STF) anunciada na manhã desta quinta-feira (5) em afastar do mandato de deputado federal, e consequentemente da presidência da Câmara, o peemedebista Eduardo Cunha, caiu como uma bomba em BrasÃlia e acabou favorecendo o vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP).
Mesmo sendo aliado de Cunha e réu nas investigações da Operação Lava Jato, a partir de agora, o parlamentar maranhense assume interinamente o comando da Câmara dos Deputados.
Eleito vice-presidente da Casa em fevereiro do ano passado, Waldir foi apontado pelo doleiro Alberto Youssef – condenado por lavagem de dinheiro e outros crimes – como um dos deputados que recebeu dinheiro através da empresa GFD, usada por Youssef para distribuir propina. Ele também é investigado em outros inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) acusado de lavagem de dinheiro, ocultação de bens, direitos ou valores.
Mesmo investigado e tendo dito ‘Não’ ao processo de impeachment de Dilma Rousseff, Waldir Maranhão pode acabar ocupando a cadeira da Presidência da República, caso se efetive na presidência da Câmara, pois desta forma, torna-se então, o primeiro na linha sucessória de Michel Temer que deve assumir o comando do paÃs. A Constituição prevê que o chefe da Câmara passe a ocupar o cargo nos momentos em que o presidente viajar para cumprir agenda internacional.
Portanto, Waldir poderá ser o terceiro maranhense a ocupar, ainda que interinamente, o cargo de Presidente do Brasil.
Augusto Ribeiro
9 anos atrás
Pode ser também alçado à cadeira de Presidente da República caso o senhor Michel Temer venha a sofrer um impeachment nos mesmos moldes que articulou para afastar Dilma Rousseff. Outra situação possÃvel é caso o TSE cassete a chapa Dilma/Temer, aqui valerá o que determinar a corte eleitoral, ou assume o segundo colocado ou teremos novas eleições ou será empossado o Presidente da Câmara. E tudo depende da cabeça de juristas de onde pouco se sabe o que virá. É esperar pra ver…
Augusto Ribeiro
9 anos atrás
Se houver vacância de cargo na primeira metade do mandato, o presidente da câmara dos deputados assumirá o cargo temporariamente para efetuar eleições (Diretas) após 90 dias (nesse perÃodo o Presidente eleito apenas completará o mandato no tempo restante). Na 2ª metade do mandato será realizada eleição no congresso nacional após 30 dias (Eleições indiretas). Fica então para a corte eleitoral decidir o futuro do Brasil.