Lula sanciona lei que concede auxílio-aluguel para mulheres vítimas de violência doméstica

Ministra Maria Helena Guarezi, presidente Lula e a primeira-dama Janja

O presidente Lula sancionou nesta quinta-feira (14) a lei que garante o pagamento, por até seis meses, de auxílio-aluguel a mulheres vítimas de violência doméstica em situação de vulnerabilidade socioeconômica e que precisam ser afastadas do lar. O texto inclui o benefício entre as medidas protetivas de urgência da Lei Maria da Penha. “É um importante apoio para a proteção das mulheres e para romper o ciclo de abusos. O Governo Federal está comprometido com a vida das mulheres”, escreveu o presidente em seu perfil na rede social X.

“É um importante apoio para a proteção das mulheres e para romper o ciclo de abusos. O Governo Federal está comprometido com a vida das mulheres”.

A medida possibilita que as vítimas encontrem moradia e guarida adequadas quando se depararem com situações de ameaça, hostilidade e violência que tornem necessária a saída de seus lares. “É mais um instrumento dentro da Lei Maria da Penha que vem garantir mais direitos para as mulheres”, resumiu a ministra das Mulheres em exercício, Maria Helena Guarezi.

Muitas vezes, as mulheres não têm para onde ir. Às vezes, elas vão para a casa de um parente, mas não têm espaço ou não podem ficar na casa de um parente. E essa lei veio para beneficiar todas essas mulheres. É bem importante porque a maioria das mulheres está nessa situação”, completou a ministra em exercício.

O pagamento do auxílio-aluguel será concedido por um juiz e financiado por estados, municípios e o Distrito Federal, por meio do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e do Fundo de Assistência Social.

O valor da assistência a ser concedida vai depender das condições de vulnerabilidade em que cada vítima se encontra e do município em que ela vive.

CENÁRIO — A sanção da lei é uma das ações do Governo Federal que busca mudar o cenário de crescimento da violência contra a mulher no país. Em 2022, as agressões em contexto de violência doméstica aumentaram 2,9%, totalizando 245,7 mil casos, segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

As ameaças cresceram 7,2%, resultando em 613,5 mil casos; e os acionamentos ao 190, número de emergência da Polícia Militar, chegaram a 899,4 mil ligações, o que significa uma média de 102 acionamentos por hora. Já os feminicídios cresceram 6,1%, resultando em 1.437 mulheres mortas em 2022.

Residência do ministro Fernando Haddad é alvo de tentativa de assalto

Ministro Fernando Haddad

A Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio (Delepat) de São Paulo investiga e busca identificar quatro assaltantes que tentaram invadir a casa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na madrugada desta quinta-feira (14).

A ação foi registrada por câmeras de vigilância da residência, situada na Zona Sul de SP, por volta das 5h da manhã. As imagens já foram entregues à Polícia Federal.

Governo cria 38º ministério, do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte

Lula e Márcio França

CNN O governo federal publicou na edição desta quarta-feira (13) do Diário Oficial da União a medida provisória que cria o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.

Este é o 38ª ministério do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Márcio França (PSB), que deixou o Ministério de Portos e Aeroportos na última reforma ministerial, vai comandar a nova pasta ministério após trocas feitas no governo para incluir o centrão na base do governo.

Na quarta-feira (6), França aceitou migrar para o novo ministério. Com a mudança, o deputado federal Sílvio Costa Filho, do Republicanos, assume Portos e Aeroportos.

A posse do novo ministro ainda não foi marcada. Dentro das atribuições da nova pasta, estão políticas de apoio ao setor — que envolve negócios de diversos tamanhos, incluindo o artesanato. Além disso, o ministério terá foco na melhoria do microcrédito, da cultura empreendedora e do registro público de empresas.

Apesar de ainda não ter sido empossado, a CNN já mostrou que França discute com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, uma nova linha de microcrédito.

A ideia é que a instituição financeira de fomento ofereça financiamentos entre R$ 30 mil e R$ 50 mil para pequenos empresários. O serviço seria oferecido no âmbito da nova pasta.

A CNN também mostrou que o novo ministério deve ter em sua estrutura o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa), comandado pelo petista Décio Lima, que deve permanecer no posto.

Proposta regulamenta compensação de R$ 27 bilhões no ICMS dos estados

Ministro Fernando Haddad

O Projeto de Lei Complementar (PLP) 136/23, do Poder Executivo, regulamenta a compensação de R$ 27 bilhões aos estados e ao Distrito Federal após mudanças (em 2022) na cobrança do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, energia elétrica, comunicações e transportes.

O texto em análise na Câmara dos Deputados formaliza acordo entre os governos federal e estaduais homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em junho. “É importante para a sustentabilidade fiscal dos estados e das contas nacionais”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao anunciar o acordo, em maio.

Na gestão Bolsonaro, duas leis complementares (192/22 e 194/22) alteraram a cobrança do ICMS, com prejuízo aos caixas estaduais. Governadores foram à Justiça, obtendo liminares no STF. Do total envolvido no acordo, mais de R$ 15,2 bilhões já foram compensados pela União, e o resto será repassado até 2025.

Estados que têm a receber até R$ 150 milhões contarão com 50% em 2023 e 50% em 2024. Aqueles que têm entre R$ 150 milhões e R$ 500 milhões a receber, terão 1/3 do valor em 2023 e 2/3 em 2024. Quando o montante superar R$ 500 milhões a receber, a compensação será de 25% em 2023, 50% em 2024 e 25% em 2025.

Estados em Regime de Recuperação Fiscal (Rio de Janeiro, Goiás e Rio Grande do Sul) receberão da mesma forma, com a diferença de que poderão abater R$ 900 milhões na parcela das dívidas com a União em 2026. Em razão do ajuste fiscal, esses estados estão quitando débitos com a União em condições especiais.

Tramitação

O projeto será analisado pelas comissões permanentes da Câmara e depois seguirá para o Plenário, onde tramita em regime de urgência.

Foto Reprodução

Agência Câmara de Notícias

VÍDEO – Toffoli diz que prisão de Lula foi “armação”

Dias Toffoli

CNN O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou todas as provas obtidas por meio do acordo de leniência da construtora Odebrecht e dos sistemas de propina da empresa. Esses elementos serviram de base para diversas acusações e processos na operação Lava Jato.

O magistrado declarou que essas provas são imprestáveis, e não podem ser usadas em processos criminais, eleitorais e em casos de improbidade administrativa.

“A prisão do reclamante, Luiz Inácio Lula da Silva, até poder-se-ia chamar de um dos maiores erros judiciários da história do país. Mas, na verdade, foi muito pior. Tratou-se de uma armação fruto de um projeto de poder de determinados agentes públicos em seu objetivo de conquista do Estado por meios aparentemente legais, mas com métodos e ações contra legem”, diz o ministro no documento.

Em sua decisão, Toffoli também manda órgãos como a Advocacia-Geral da União, Procuradoria-Geral da República e Conselho Nacional de Justiça apurarem a responsabilidade de agentes públicos envolvidos na celebração do acordo de leniência.

Conforme o magistrado, há indícios de que as tratativas envolveram colaboração informal com autoridades estrangeiras, à margem dos canais oficiais.

Toffoli também criticou termos do acordo de leniência da Odebrecht, e determinou o envio de mais informações sobre a leniência. Este ponto abre brecha para uma possível revisão do próprio acordo da construtora.

STF forma maioria para validar contribuição assistencial para sindicatos

STF – Supremo Tribunal Federal (Valter Campanato/Agência Brasil)

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou, nesta sexta-feira (1º), maioria de votos para validar a legalidade da contribuição assistencial para custear o funcionamento de sindicatos.

A contribuição assistencial não se confunde com a contribuição sindical, mais conhecida como imposto sindical, que foi extinto com a reforma trabalhista de 2017 e não está sendo analisado pelos ministros neste julgamento.

O caso específico julgado pela Corte trata da possibilidade de cobrança nos casos de trabalhadores não filiados aos sindicatos e de forma obrigatória por meio de acordo e convenção coletiva de trabalho.

O julgamento foi iniciado em 2020 e, após diversos pedidos de vista, foi retomado nesta sexta-feira.

Até o momento, seis ministros seguem voto proferido pelo relator, ministro Gilmar Mendes, em 2020. Para o ministro, a cobrança é constitucional e uma tese deve ser definida para balizar o julgamento da questão pelo Judiciário de todo o país.

É constitucional a instituição, por acordo ou convenção coletivos, de contribuições assistenciais a serem impostas a todos os empregados da categoria, ainda que não sindicalizados, desde que assegurado o direito de oposição”, defende o ministro.

O caso voltou à tona em função de um recurso apresentado pelos sindicatos envolvidos no julgamento. Na votação, Mendes mudou seu entendimento em relação ao julgamento da questão em 2017, quando o Supremo entendeu que a cobrança da contribuição assistencial era inconstitucional.

No entendimento de Mendes, a falta da cobrança enfraquece o sistema sindical.

“A mudança de tais premissas e a realidade fática constatada a partir de tais alterações normativas acabam por demonstrar a necessidade de evolução do entendimento anteriormente firmado por esta Corte sobre a matéria, de forma a alinhá-lo com os ditames da Constituição Federal”, afirmou o ministro.

O voto de Mendes é seguido pelos ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e o ex-ministro Marco Aurélio, que se manifestou sobre a questão antes de se aposentar.

O julgamento ocorre no plenário virtual, modalidade na qual os ministros inserem os votos no sistema eletrônico do STF e não há deliberação presencial. O julgamento ficará aberto até 11 de setembro.

Agência Brasil

Porto do Itaqui e Porto de Paranaguá aproximam relações institucionais

Foto Divulgação

Uma equipe do Porto do Itaqui participou, nesta terça-feira (29), de uma visita institucional ao Porto de Paranaguá que, assim como o Itaqui, é reconhecido como um dos modelos em excelência de gestão portuária pelo Ministério dos Portos e Aeroportos.

Na oportunidade, o diretor-presidente do porto paranaense, Luís Fernando Garcia, apresentou o funcionamento do Corredor de Exportação e o arrojado projeto Moegão, que consiste na construção de um sistema exclusivo de descarga ferroviária de grãos e farelos, conectado aos terminais integrantes do Corredor Leste de Exportação do terminal marítimo paranaense, com investimento total de cerca de R$ 590 milhões.

Para o presidente do Porto do Itaqui, Gilberto Lins, a troca de experiências proporciona uma aproximação enriquecedora com um porto que é referência em eficiência e administração. “Estamos fortalecendo laços em prol do progresso nacional. É crucial compreender que a interação, integração e união entre os portos públicos são fundamentais. A mentalidade de competição entre portos deve ser substituída pela ideia de colaboração. Somos portos complementares, unidos por um objetivo comum”, destacou Gilberto.

Além do presidente, acompanharam a visita o diretor de Engenharia, Ricardo Almeida, o gerente de Logística, Hibernon Marinho e a gerente de Contratos e Arrendamentos, Elen Brissac.

O Porto de Paranaguá, assim como o Porto do Itaqui, recebeu nota 10 em gestão portuária, no ranking do Índice de Gestão das Autoridades Portuárias (IGAP), que avalia 15 indicadores que abrangem desde o retorno financeiro até a eficiência operacional, passando pela manutenção das vias aquaviárias, transparência e conformidade com as normas da ANTAQ.

Para Flávio Dino, Dia do Patriota “afronta os princípios da moralidade”

Flávio Dino

Para o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino (foto), a lei promulgada pela Câmara Municipal de Porto Alegre que torna o dia 8 de janeiro o Dia do Patriota deixará de existir em “questão de tempo”.

Uma lei pode homenagear uma data de perpetração de crimes, como o 8 de janeiro? Ainda mais associando crimes a patriotismo? Sob a ótica do Direito Constitucional, a resposta é muito clara. A lei afronta os princípios da moralidade, da forma republicana, do sistema representativo e do regime democrático. A expunção da lei é uma questão de tempo”, escreveu neste último sábado (26) nas redes sociais.

A proposta que perverte os fatos sobre as invasões é de autoria do ex-vereador Alexandre Bobadra. Ele teve mandato cassado em segunda instância por abuso de poder econômico nas eleições de 2020.

A Procuradoria-Geral da República entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal na sexta-feira (25) para que a lei seja declarada inconstitucional.

O ANTAGONISTA

Senado aprova reajuste de 9% para servidores federais

Foto: Agência Senado

O Senado aprovou nesta quarta-feira (23) a medida provisória que concedeu reajuste de 9% a todos os servidores federais civis do Poder Executivo, autarquias e fundações, incluindo aposentados e pensionistas com direito à paridade. A MP 1.170/2023 segue para sanção presidencial na forma de um projeto de lei de conversão (PLV), pois houve acréscimos ao texto original do Executivo.

O aumento vale desde 1º de maio de 2023, e os salários corrigidos começaram a ser pagos em junho. A relatora na comissão mista que analisou a medida foi a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA).

A MP 1.170/2023 deu reajuste linear para todos os servidores e empregados públicos civis do Executivo federal, incluindo aposentados e pensionistas. O reajuste dos valores resultou de acordo entre o governo e mais de 100 entidades representativas dos servidores na chamada mesa de negociação permanente, que estava suspensa desde 2016 e foi retomada no atual governo. O auxílio-alimentação também aumentou (43%), passando de R$ 458 para R$ 658 mensais.

A MP foi editada após sanção da Lei 14.563, de 2023, que incluiu recursos para a concessão do reajuste no Orçamento deste ano (Lei 14.535, de 2023).

Segundo o Executivo, a correção alcança mais de 1,1 milhão de beneficiários, dos quais 520 mil servidores civis ativos, 13,6 mil empregados públicos, 450 mil aposentados e 167 mil pensionistas. O custo será da ordem de R$ 9,62 bilhões para o exercício de 2023 e de R$ 13,82 bilhões anualizados a partir do próximo ano.

Codevasf

Uma das mudanças introduzidas no texto pelos deputados e confirmadas pelos senadores cria mais uma diretoria na Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), que passa de três para quatro.

Anistiados

O texto aprovado também permite aos anistiados políticos que recebam reparação econômica mensal optarem pelo uso dessa remuneração para pedir crédito consignado. Essa remuneração deve ser de caráter indenizatório e recebida de forma permanente e continuada.

Valorização do servidor

Alice Portugal destaca em seu relatório que a MP garante reajuste salarial de 9% para uma categoria que acumula perdas de 34% nos últimos quatro anos. “Essa proposta reinaugura o tempo do diálogo com o servidor público do nosso país. Desde 2017 não havia mesas de negociação ou debates sobre as condições de trabalho e muito menos sobre reajustes salariais”, afirmou a relatora na comissão mista.

Fonte: Agência Senado

STF esclarece sobre eventuais acordos com acusados de incitar golpe em ato de 8 de Janeiro

Ministro Alexandre de Moraes

NOTA – Em razão de notícias publicadas de modo impreciso, o Supremo Tribunal Federal (STF) esclarece que o Ministro Alexandre de Moraes suspendeu por 120 dias a tramitação de ações penais referentes ao dia 8 de janeiro para que a Procuradoria Geral da República (PGR) avalie a possibilidade de negociar Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) com pessoas que estavam acampadas em frente aos quarteis e incitaram a tentativa de golpe de Estado, mas não participaram diretamente da invasão da Praça dos Três Poderes.

A suspensão das ações foi definida pelo Ministro, com base no Código de Processo Penal (CPP), apenas em relação às ações penais instauradas por crimes de médio potencial ofensivo, para pessoas que tiveram participação secundária nos atos. Ou seja, quem participou diretamente da invasão e da depredação não poderá firmar acordos do tipo.

O ANPP, inserido no CPP pelo Pacote Anticrime em 2019, é um ajuste celebrado entre o Ministério Público e a pessoa investigada, com acompanhamento do advogado ou defensor, que estabelece condições a serem cumpridas e é submetido à homologação judicial, para verificação dos requisitos legais. Caso eles sejam firmados pela PGR em casos do dia 8 de janeiro, o Ministro Alexandre de Moraes ainda precisará analisar se eles estão de acordo com a legislação e se os acusados preenchem ou não os requisitos para tal.

Confira a decisão na íntegra.