O pedido de vista foi do desembargador José Rodrigo Sade, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, que adiou o julgamento que pode levar a cassação do senador Sergio Moro (União Brasil-PR), iniciado nesta segunda (1º), após o relator Luciano Carrasco Falavinha Souza apresentar seu relatório durante duas horas e votar contra a cassação do senador.
Sade justificou o adiamento alegando a necessidade de mais tempo para avaliar o relatório apresentado. Ele elogiou a qualidade dos debates realizados durante o julgamento, destacando o “alto nível” das discussões.
Contra Moro pesam acusações de abuso de poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação e caixa dois. O foco das ações está nos gastos realizados durante a pré-campanha do senador, período anterior ao início oficial da campanha eleitoral.
O ex-juiz federal teria se beneficiado de forma irregular durante o período de campanha ultrapassando os limites de gastos permitidos. Caso seja condenado, ficará sem o mandato no Senado e inelegível até 2030.
A defesa e a acusação poderão recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e os efeitos da decisão serão válidos após o esgotamento dos recursos.