Operação GRIMPAS da PF inicia nova fase contra extração ilegal de ouro no MA

Polícia Federal em operação GRIMPAS – AREAL DEVASTADO

A Polícia Federal no Maranhão com o apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) deflagrou, nesta quinta-feira (28/09), a operação GRIMPAS – AREAL DEVASTADO, com o objetivo de combater a extração ilegal de minério (ouro), e danos ambientais, em Área de Proteção Ambiental das Reentrâncias Maranhenses, no Estado do Maranhão.

A operação é fruto de um Inquérito Policial, que foi instaurado para apurar a notícia de que no Povoado Areal, em Godofredo Viana/MA, havia sido instalada uma mineração de ouro clandestina a céu aberto, causando intensa degradação ambiental, como a contaminação do corpo hídrico por metais pesados (mercúrio), além de supressão da vegetação e consequente erosão do solo.

No curso da investigação, que contou com tecnologia geoespacial para combate a crimes ambientais, foi constatado um cenário de completa destruição e degradação ambiental, com diversos garimpos clandestinos na região e maquinário de grande porte, como escavadeiras e tratores.

A ação ocorreu nos municípios de Godofredo Viana e Luís Domingues, no estado do Maranhão, e na cidade de Ananindeua, no estado do Pará, empregando mais de 100 agentes públicos, incluindo Polícia Federal, IBAMA e Secretaria de Segurança Pública do Maranhão. O Comando de Operações Táticas – COT, o Grupo de Pronta Intervenção – GPI (ambos grupos especializados da Polícia Federal) e o Centro Tático Aéreo da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão também participaram da operação.

Polícia Federal em operação GRIMPAS – AREAL DEVASTADO

Durante a operação foram cumpridos 6 Mandados de Busca e Apreensão, expedidos pelo Juízo da 8ª Vara Federal Ambiental e Agrária da SJMA, cinco em domicílios, e um em toda a área dos garimpos clandestinos.

Na ação, com amparo na ordem judicial e no Decreto Federal nº 6.514/2008, foram apreendidos e, em seguida, destruídos/inutilizados equipamentos e outros instrumentos voltados para a extração e beneficiamento do ouro retirado de forma ilegal. A medida se justifica nas situações em que o transporte e guarda se torne inviável por razões circunstanciais ou comprometa a segurança dos agentes públicos envolvidos, evitando-se, ainda, o uso e aproveitamento indevido do material e a exposição do meio ambiente a riscos significativos.

Esta é a segunda etapa da operação, que se iniciou ontem (27), quando a Polícia Federal deflagrou a operação GRIMPAS – DUPLA USURPAÇÃO, visando também combater outros garimpos clandestinos na mesma região.

Os investigados responderão pelos crimes de Usurpação de bens da União, por explorar sem autorização legal recurso mineral, bem pertencente à União, o que causa graves prejuízos aos cofres públicos, já que não é recolhido o tributo da Compensação Financeira pela Exploração Mineral, além de contrabando, receptação qualificada e diversos crimes ambientais previstos na Lei 9.605/98.

Eudes não cumpre Estatuto do Servidor e funcionários devem cruzar os braços em Raposa

Prefeito Eudes Barros

Funcionários Públicos efetivos de Raposa estão em um verdadeiro impasse com o município, que é administrado pelo prefeito Eudes Barros, do PL.

Um dos principais obstáculos é o cumprimento de uma carga horária justa e prevista em lei, à qual o município se recusa a seguir.

A Lei 012/1997 (Regime Jurídico Único do Servidor), em seu artigo 190, é clara e permite que os servidores públicos cumpram uma jornada de 6 horas corridas em um dia de trabalho.

No entanto, o município de Raposa, após receber uma recomendação do Ministério Público para unificar a jornada de todos os servidores públicos nesse regime, especialmente o grupo efetivo do último concurso público que passou pela fase probatória, alinhando-os aos demais servidores que já cumprem as 6 horas corridas e respeitando, assim, o princípio da isonomia, optou por uma postura truculenta e passou a exigir que todos os servidores públicos cumpram uma jornada de 8 horas diárias.

Essa exigência da prefeitura de Raposa já está sendo questionada judicialmente por meio de ações dos servidores prejudicados, bem como providencias foram cobradas pelo próprio Ministério Público.

Outro ponto importante questionado pelos trabalhadores é o cumprimento do plano de cargos, salários e carreiras, Lei 225/2013, que prevê uma série de direitos, vantagens e progressões que atualmente se encontram defasados.

É de conhecimento de todos que as condições dos prédios públicos de Raposa não oferecem o mínimo de conforto ou as condições necessárias para que os servidores possam passar o dia todo em expediente. Há deficiências em banheiros, salas, alojamentos, cozinhas… sem contar que o município não oferece direitos básicos previstos na lei, como: falta de local de descanso, alimentação e passagens, por exemplo. Enfim, uma calamidade.

Caso a situação não se resolva a contento, além das ações na justiça, o município pode enfrentar uma onda de paralisações, o que comprometeria os serviços públicos em diversas áreas.

Abaixo cópia o ofício enviado pela Semed cobrando o cumprimento de 8 horas diárias.

Foto Reprodução

Do Blog do Ezequiel Neves

Porto do Itaqui se prepara para ser o 1º do país a ter programa de descarbonização

Equipe da Valencia Port

O Porto do Itaqui se prepara para lançar o seu plano de descarbonização, pioneiro no Brasil entre os portos. O principal objetivo é reduzir as emissões de gases de efeito estufa em todo o complexo portuário. Sua elaboração é resultado de uma parceria inédita no Brasil com o Porto de Valência, que fica na Espanha. O plano tem previsão para ser entregue em outubro de 2024.

As ações para a elaboração do plano de descarbonização do Porto do Itaqui já começaram, com a presença de representantes do Porto de Valencia que, nesta terça-feira (26), estiveram reunidos com representantes das empresas operadores que atuam no Itaqui. Como parte do cronograma do contrato, o trabalho conjunto começará com um mapeamento inicial das emissões de gases de efeito estufa, abrangendo caminhões e veículos que circulam na poligonal do porto, navios e todos os equipamentos portuários.

A partir deste estudo, será elaborado todo o plano de descarbonização, que vai orientar ações e investimentos com um direcionamento mais preciso, objetivo e estratégico. A equipe da Valencia Port também esteve visitando todas as empresas que operam no Porto do Itaqui.

A gerente de meio ambiente, Luane Lemos, acrescentou que o engajamento de todo o complexo é essencial para o sucesso de cada etapa. “É muito importante que todas as empresas dentro do complexo entendam a importância do plano e participem dessa jornada conosco”, disse. “A descarbonização é um projeto muito ambicioso, pois converterá o Itaqui no primeiro porto brasileiro com esses indicadores definidos e um plano para tratá-los”, reforçou Josep Sanz, coordenador técnico do Porto de Valência.

O projeto começou no mês de agosto e já estamos trabalhando diretamente com a Emap e as empresas do porto no levantamento das informações que precisamos para calcular a pegada de carbono. Esse cálculo tem previsão de apresentação aqui, no porto, em fevereiro [2024] e o projeto se estenderá até outubro do próximo ano, com o plano de descarbonização completo”, finalizou Aurélio Lazaro, chefe de projeto do Porto de Valência.

A equipe está fazendo levantamentos dos possíveis impactos ambientais e estratégicos que poderão mitigar esse problema. A partir desses estudos, nós vamos preparar o futuro, ou seja, vamos ter um projeto consciente de descarbonização do Porto do Itaqui, o primeiro porto brasileiro que vai ter esse estudo e que vai começar a implementar a descarbonização”, relatou Marcelo Coelho, diretor de planejamento da Emap.

Novo PAC: em Brasília, Brandão participa de lançamento do edital Seleções

Lançamento do edital do PAC

O governador Carlos Brandão esteve em Brasília (DF), nesta quarta-feira (27), para o lançamento do edital Seleções, eixo do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal. O edital irá destinar R$ 136 bilhões para que estados e municípios possam investir em projetos prioritários voltados para áreas essenciais como saúde, educação, infraestrutura social e urbana e mobilidade urbana.

O lançamento do edital Seleções reuniu governadores de todo o Brasil no Salão Nobre do Palácio do Planalto e foi conduzido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Coordenado pelo ministro Rui Costa, da Casa Civil, esse eixo do Novo PAC permite a escolha de mais propostas, oriundas dos estados e municípios, além das já incluídas na concepção do programa.

Durante a cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente Lula pediu aos gestores dos projetos que contratem trabalhadores locais para tocar as obras do Novo PAC, já que um dos principais objetivos do programa é a geração de emprego e renda em todo o país.

O governador Carlos Brandão afirmou que se trata de um momento importante para o Maranhão e o Brasil, pois são mais R$ 136 bilhões em recursos para atender estados e municípios, que terão um prazo para se cadastrar e apresentar propostas em áreas como educação, saúde, esporte, infraestrutura e social.

“Essa nova etapa do PAC vai trazer mais desenvolvimento, gerar emprego e renda em todo o Brasil, incluindo o Maranhão. Nosso governo vai apresentar propostas e eu não tenho dúvidas de que vamos executar obras para o nosso estado avançar ainda mais”, disse Brandão.

PAC Seleções

O edital do PAC Seleções será aberto no dia 9 de outubro e os estados e municípios terão até o dia 10 de novembro para enviar projetos. Nesta primeira etapa, estão previstos R$ 65,2 bilhões em investimentos.

Haverá ainda uma segunda etapa do Seleções, com previsão de lançamento o início de 2025, visando a inclusão no Novo PAC dos prefeitos eleitos no ano que vem. A segunda etapa contará com R$ 70,8 bilhões em investimentos.

Os projetos serão distribuídos em 27 modalidades e executados pelos ministérios das Cidades, Saúde, Educação, Cultura, Justiça e Segurança Pública e Esporte.

O PAC Seleções terá critérios predefinidos. Na área de infraestrutura urbana, a seleção será para projetos de urbanização de favelas, regularização fundiária, abastecimento de água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos, mobilidade urbana e prevenção a desastres naturais.

Na saúde, serão aceitas propostas para a implantação de policlínicas, unidades básicas de saúde (UBSs), centros de parto normal e centrais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), entre outros. Já na educação, a seleção será para projetos de creches, escolas e ônibus escolares; no esporte, para espaços esportivos comunitários; na cultura, para projetos de patrimônio histórico e centros de artes e esportes unificados (CEUs); e na segurança, para a construção de Centros Comunitários pela Vida (Convive).

Haverá prioridade para seleção de projetos nas regiões com vazios assistenciais e onde forem identificadas grandes carências dentro de cada modalidade. As obras devem ser iniciadas a partir de março do ano que vem, após os processos de escolha dos projetos e licitação.

Novo PAC

Lançado em 11 de agosto pelo Governo Federal, o Novo PAC conta com uma previsão total de R$ 1,7 trilhão em investimentos públicos e privados em todos os estados do país. O Maranhão é o 8º estado que mais receberá investimentos do programa, totalizando R$ 97 bilhões em obras.

Por meio do programa, o Maranhão receberá 526 intervenções entre obras, projetos e estudos que serão promovidos em oito eixos: Água para Todos; Cidades Sustentáveis e Resilientes; Educação, Ciência e Tecnologia; Inclusão Digital e Conectividade; Infraestrutura Social e Inclusiva; Saúde; Transição e Segurança Energética; e Transporte Eficiente e Sustentável.

Em 14 de agosto, o governador Carlos Brandão e o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, assinaram ordens de serviço para a retomada de obras do Novo PAC no estado.

Maranhão tem potencial para produção de gás no litoral

Foto Diovulgação

O Maranhão se prepara para mais um salto em desenvolvimento. Estudos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que o estado tem potencial para produção de gás com operações offshore, ou seja, no mar. A informação foi compartilhada na tarde desta terça-feira (26), em reunião realizada no Palácio dos Leões, com a presença do governador Carlos Brandão, de representantes da Companhia Maranhense de Gás (Gasmar) e do diretor da ANP, Cláudio Jorge Martins.

Recebemos a notícia com muito entusiasmo. O Maranhão tem um grande potencial e a produção de combustível é um importante fator que contribuirá para a geração de mais empregos e renda. É uma informação que amplia as possibilidades econômicas do estado”, afirmou o governador.

O diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Cláudio Jorge Martins, explicou que mais estudos serão realizados. Os dados atuais da ANP mostram a presença de gás com indício de petróleo. Ele ressaltou que o sistema petrolífero já é uma realidade no estado com a exploração do gás em terra e que favorecerá novas possibilidades.

A ANP veio mostrar as potencialidades em termos de óleo e gás no Maranhão. Já existe a descoberta de gás na Bacia de Barreirinhas, então o sistema petrolífero já existe aqui. Uma vez que em terra a exploração de gás é uma realidade, com uma grande empresa como a Eneva, é preciso avançar com mais estudos para desenvolvermos ainda mais. Eu vejo uma potencialidade para o Maranhão ser um grande produtor de óleo e gás com a exploração no mar, que chamamos de offshore”, disse Cláudio Jorge Martins.

O diretor presidente da Companhia Maranhense de Gás (Gasmar), Allan Kardec, considerou a informação de extrema relevância para o estado. “O diretor Cláudio Jorge Martins veio dizer que há gás não só em terra, mas no mar do Maranhão. Essa é uma informação que coloca o estado em um patamar diferente daquilo que a gente imaginava antes. Então nós estamos bem adiantados”, declarou.

A reunião também contou com a presença do secretário-chefe da Casa Civil, Sebastião Madeira; e demais profissionais da Gasmar.

Justiça convoca empresas e prestadores dos hospitais que a Prefeitura de Imperatriz está devendo

Fachada do Hospital Municipal de Imperatriz

Após a inadimplência persistente da gestão de Assis Ramos, a Justiça convocou empresas e pessoas que prestam serviços no Hospital Municipal de Imperatriz (HMI) e Hospital Municipal Infantil de Imperatriz (HMII), que estão com pagamentos atrasados, para uma conciliação. A audiência visa dar continuidade aos acordos relacionados ao pagamento dos prestadores de serviços nas duas unidades hospitalares.

O encontro será realizado no dia 03 de outubro, às 10h, no Salão do Júri do Fórum de Imperatriz. A convocação é uma resposta às várias denúncias sobre atraso de pagamentos feitas por empresas prestadoras de serviços, médicos e outros funcionários, principalmente do Socorrão.

Os pacientes também sofrem com essa situação, pois tem os atendimentos comprometidos. No último mês, os neurocirurgiões paralisaram as atividades no hospital para pressionar a Prefeitura de Imperatriz a sanar os atrasos.

Investigação do MP

O Ministério Público abriu um procedimento para investigar a regularidade na aplicação das verbas públicas destinadas à saúde. Segundo o órgão, baseado em dados do Ofício n.º 33/2023 – AudSUS/COGEA – AudSUS/MS, a Prefeitura de Imperatriz recebeu nos últimos três anos os montantes equivalentes de R$ 85.626.671,46 milhões, R$ 99.614.311,22 milhões e R$ 112.287.095,23 milhões. No total, a gestão do prefeito Assis Ramos já recebeu R$ 297.528.078,91 (duzentos e noventa e sete milhões, quinhentos e vinte e oito mil, setenta e oito reais e noventa e um centavos).

O município informou por meio de nota que havia realizado um pagamento parcial para os profissionais. A Secretaria Municipal de Saúde também disse que o município estava tentando efetuar os pagamentos devidos aos prestadores de serviços complementares do Sistema Único de Saúde (SUS). O município alegou que os recursos disponíveis para a saúde estavam escassos.

Alema e MPMA debatem com imprensa cuidados na veiculação de notícias sobre suicídio

Foto: Agência Assembleia

A Assembleia Legislativa do Maranhão, em parceria com o Ministério Público Estadual, promoveu “Café da manhã com profissionais da mídia”, nesta quarta-feira (27), com o tema “O impacto da mídia na prevenção ao suicídio”, destacando orientações sobre a importância do cuidado na veiculação de notícias sobre o assunto.

O encontro, que aconteceu no Auditório Neiva Moreira, contou com a presença da chefe do Parlamento Estadual, deputada Iracema Vale (PSB), que afirmou que o papel do Legislativo vai além de propor leis, mas também de promover debates fundamentais para a sociedade.

Esse momento é muito importante, de parceria e de ajuda mútua entre o Ministério Público, a Assembleia Legislativa e a mídia, que leva todo dia notícias para as pessoas, no sentido de que a gente faça a divulgação de notícias tristes, mas de uma forma que não opte pelo sensacionalismo e exposição das pessoas. Esse momento é para que a gente faça essa reflexão, esse debate e peça a contribuição da imprensa, no sentido de passar a notícia da forma adequada e que não prejudique outras pessoas”, assinalou a presidente da Alema.

A promotora de Justiça Cristiane Lago, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Direito Humanos e Cidadania e do projeto ‘Rede do Bem’, desenvolvido via Ministério Público em parceria com o Fórum Estadual de Prevenção da Automutilação e do Suicídio (FEPAS/MA), destacou que o trabalho dos profissionais da mídia é fundamental na prevenção dos casos de automutilação e suicídio e, por isso, a divulgação equivocada e fora das normas orientadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) pode provocar um efeito multiplicador desses episódios.

Isso quem aponta são os estudos científicos. No momento que se divulga a imagem de uma vítima, os meios utilizados para cometer o suicídio, outros que estão adoecidos, que já têm a ideia de cometer o suicídio, vão imitar. E, assim, os números aumentam”, alertou.

Presidente Iracema Vale com a promotora Cristiane Lago, deputado Roberto Costa e a diretora de Comunicação da Alema, Jacqueline Heluy

Responsabilidade

O evento, que contou ainda com as presenças dos deputados Roberto Costa (MDB), Antônio Pereira (PSB), Ricardo Rios (PCdoB) e Júnior Cascaria (Podemos), reuniu profissionais de diversos veículos de comunicação, além de profissionais da área da saúde e membros de instituições voltadas à temática da saúde mental.

A diretora de Comunicação da Alema, jornalista Jacqueline Heluy, disse que a discussão dessa temática mostra a importância dos comunicadores no engajamento dessa luta com responsabilidade. “É o nosso papel. Correr atrás de likes, mais acessos para um tema tão sensível, que mexe com toda a população, com familiares, carece de muita responsabilidade e, por isso, estamos aqui”, frisou.

O psiquiatra Ruy Palhano pontuou que o suicídio é reconhecidamente um dos maiores problemas de saúde pública por que passa o mundo moderno. “Apesar de tudo, os números sobre as práticas de suicídio no mundo todo são variáveis. Lamentavelmente, o Brasil se encontra entre os países em que essas taxas vêm aumentando. E, por isso, encontros como esse são muito importantes”, disse. O evento fez parte da programação alusiva à campanha Setembro Amarelo.

Prefeita de Buriti Bravo é alvo de ação que apura ilícitos em contrato milionário

Prefeita de Buriti Bravo, Luciana Leocádio

A Promotoria de Justiça de Buriti Bravo ingressou com uma Ação Civil Pública por ato de improbidade administrativa contra o Município de Buriti Bravo, a prefeita Luciana Borges Leocádio, o secretário municipal de Planejamento, Administração e Finanças, Carlos Daniel Oliveira Cruz e as empresas Francisco Neto Rodrigues de Sousa & Cia Ltda. e A W Transporte e Locação Eirelli.

A ação baseia-se na apuração de supostas irregularidades na contratação de duas empresas, para a locação de veículos para atender às necessidades da administração municipal e para o transporte escolar, por meio de adesão a atas de registro de preços (ARPs) de outros municípios.

A empresa Francisco Neto Rodrigues de Sousa & Cia Ltda. foi contratada por meio da adesão a uma ata de registro de preços da Prefeitura de São Francisco do Maranhão. Já a A W Transporte e Locação Eirelli foi contratada com base em uma ata do Município de Loreto.

Os procedimentos foram encaminhados à Assessoria Técnica da Procuradoria Geral de Justiça, que apontou uma série de irregularidades. Nos dois casos, não constam documentos como a aceitação do fornecedor beneficiário da ata de registro de preços em prestar o serviço, documento de dotação orçamentária da indicação de recurso próprio para a despesa com comprovação de previsão na Lei Orçamentária Anual (LOA) e a nota de empenho dos gastos.

Na avaliação, também não foi observada a justificativa da vantagem da adesão à ARP de São Francisco do Maranhão. A ata de registro de preços previa apenas a metade do quantitativo de veículos previsto inicialmente pela Prefeitura de Buriti Bravo.

“Se o objetivo inicial da licitação a ser realizada pela Prefeitura de Buriti Bravo seria a contratação de um certo quantitativo de veículos, qual seria a justificativa para a adesão de apenas metade desse quantitativo? E principalmente, como justificar um planejamento anual com a metade da frota a ser contratada? A quantidade prevista no termo de referência inicial estava superavaliada?”, questiona, na Ação, o promotor de justiça Gustavo Pereira Silva.

A adesão a uma ata de registro de preços depende da demonstração de ganho de eficiência, viabilidade e economicidade para a administração pública. No caso da contratação de transporte escolar, no entanto, os preços apresentados em pesquisa prévia realizada pela Prefeitura de Buriti Bravo são inferiores aos da ARP assinada. A média dos valores pesquisados foi de R$ 2.274.433,20 e o valor final do contrato, de R$ 2.350.000,00, uma diferença superior a R$ 75 mil.

As empresas apresentaram preços visando uma futura participação em um certame a ser realizado pela Prefeitura, cujos valores são possivelmente superiores àqueles registrados durante uma sessão de julgamento, principalmente se utilizassem a modalidade pregão, no qual, ao final, ocorre uma rodada de lances visando uma redução de valores”, observou Gustavo Silva.

Além disso, embora trate-se de contratos para transporte escolar com condutor, os itens inicialmente previstos são diferentes do procedimento realizado em Loreto. Os termos de referência dos dois municípios também traziam metodologias diferentes de mensuração das necessidades.

De acordo com o decreto n° 7.892/2013, aquisições ou contratações adicionais não podem superar 50% dos quantitativos registrados na ARP. A Prefeitura de Buriti Bravo, no entanto, utilizou como referência 50% do valor registrado na Ata, o que configura outra irregularidade.

Para o autor da ação, o Município tentou utilizar subterfúgios da lei para realizar contratações diretas, causando prejuízo ao erário. “O procedimento de adesão à ata de registro de preço foi conduzido com parcialidade, uma vez que as diversas ilegalidades aqui demonstradas foram praticadas visando exclusivamente à obtenção de benefício às empresas contratadas. Tais fatos impediram que a seleção da proposta apta a gerar um resultado de contratação mais vantajoso para o Município de Buriti Bravo”, avaliou.

Se condenados por improbidade administrativa, os envolvidos estarão sujeitos a penalidades como perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa e proibição de contratar ou receber benefícios do poder público, ainda que por meio de empresada qual sejam sócios majoritários, pelo prazo de até 12 anos.

Prefeito de Rosário insinua perseguição por parte do MP: “estão investigando pessoas, não fatos”

Prefeito Calvet Filho

O prefeito de Rosário, Calvet Filho, do partido Republicamos, está envolvido em mais uma polêmica. Em entrevista ao programa Ponto Final, na rádio Mirante AM, na quarta-feira (27), ele acusou o Ministério Público do Maranhão (MPMA) de “investigar pessoas, não fatos”, ao ser questionado sobre um inquérito que apura suposto enriquecimento ilícito do gestor e seus familiares.

O chefe do Executivo Municipal afirmou que tem uma boa relação com a promotora de Justiça da Comarca de Rosário, Cristina Lobato, e que é amigo pessoal do irmão dela. Ele disse que não entende o motivo da investigação e, em seguida, cita que teria recusado um contrato com a empresa do amigo por questões financeiras da administração pública.

A afirmação do prefeito de Rosário acaba sendo tendenciosa e colocando em questão a ética do órgão fiscalizador, pois suas declarações subtendem que a motivação da promotoria é pessoal, por negar o contrato à empresa do irmão da promotora.

Investigação

O MPMA abriu um inquérito civil em agosto para apurar possíveis atos de improbidade administrativa cometidos pelo prefeito. Segundo o MPMA, há indícios de que Calvet Filho esteja pagando mensalidades de um curso de Medicina para sua filha, Laysa Calvet, em uma faculdade particular localizada em São Luís. O valor das mensalidades seria superior ao total dos vencimentos recebidos pelo gestor público.

Além disso, o MPMA também está investigando os irmãos do prefeito, Lícia Calvet e Jonathas Calvet, por suposta ocultação de patrimônio. O inquérito aponta como indício o fato de que eles utilizam veículos de luxo registrados em nome de terceiros.

O prefeito negou as acusações e disse que sempre trabalhou e que tem condições de pagar as mensalidades do curso de Medicina da filha. Ele afirmou que o carro que utiliza é alugado e que não há irregularidades em sua gestão.

Ouça a entrevista na íntegra

TSE exclui STF e Forças Armadas da lista de entidades fiscalizadoras das eleições

Pleno do TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, nesta terça-feira (26), uma mudança na resolução que define as entidades que podem fiscalizar o processo eleitoral brasileiro. A partir de agora, o Supremo Tribunal Federal (STF) e as Forças Armadas (FFAAs) não poderão mais acompanhar as auditorias das urnas e dos sistemas eleitorais.

A alteração foi proposta pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, que argumentou que o STF é o órgão responsável por julgar eventuais recursos contra decisões do TSE, e que as FFAAs têm funções constitucionais incompatíveis com a fiscalização das eleições. Ele elogiou, no entanto, a parceria da Justiça Eleitoral com as FFAAs para o transporte das urnas e a segurança nas eleições.

A resolução também incluiu o Teste de Integridade com Biometria, que verifica se a identificação biométrica dos eleitores e os votos registrados nas urnas estão funcionando corretamente. O teste foi realizado pela primeira vez nas Eleições 2022, com a participação de quase cinco mil eleitores voluntários.

O objetivo da resolução é aumentar a transparência e a confiabilidade do processo eleitoral, permitindo que diversas entidades possam verificar a integridade e a segurança das urnas e dos sistemas eleitorais. Entre as entidades autorizadas a fiscalizar as eleições estão: partidos políticos, coligações, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Congresso Nacional, Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Tribunal de Contas da União (TCU), Polícia Federal, entre outras.