A paralisação de cerca de 90% dos prefeitos maranhenses, que alegam falta de recursos para pagar o funcionalismo público, pode ter consequências graves para os gestores nas próximas eleições. É o que afirmou o presidente do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA), Marcelo Tavares, em entrevista ao Jornal Mirante (JM1) nesta quarta-feira (30).
Segundo Tavares, os prefeitos precisam se adequar com as contas e não podem comprometer quase todo o Fundo de Participação do MunicÃpio (FPM) com o pagamento de servidores. Ele afirmou que a falta de transparência e o desrespeito aos limites legais do gasto público com pessoal, na área da educação e da saúde, podem gerar reprovação das contas e inelegibilidade dos gestores.
O presidente do TCE-MA pontuou ainda que os investimentos em educação, saúde, infraestrutura, trabalho e renda devem ser as prioridades das administrações públicas.
Tavares alertou que toda essa movimentação por parte dos prefeitos pode levar à perda do direito polÃtico nas eleições de 2024, quando haverá disputa municipal e muitos desses gestores irão pleitear a reeleição.
O ato de mobilização dos prefeitos ocorreu nesta quarta-feira (30) e tem como foco pressionar o governo federal por mais repasses de recursos para as prefeituras. No entanto, nem todos os prefeitos aderiram à paralisação, como o caso de São LuÃs, Ribamar, Timon e outros.
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