CNN – A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) fez publicações em suas redes sociais, na noite deste domingo (17), afirmando que os móveis retirados do Palácio do Alvorada são seus.
A Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) do governo Lula afirma que 83 mobílias ainda não foram localizadas após a troca de gestão presidencial.
“Esses móveis estão ou no depósito 5 do Palácio da Alvorada, ou no depósito da Presidência. Existe esse depósito com várias cadeiras, mesas, sofás, quadros. Você pode fazer esse rodízio. Quando a Marcela Temer me apresentou o Alvorada, ela me falou dessa possibilidade. Trazer os móveis da minha casa e poder utilizá-los no Alvorada”, afirmou Michelle em stories do Instagram.
Ela alegou que realizou a mudança no segundo semestre de 2019 – seis meses após o início do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Até a pedido da minha filha Laura, que queria que nós fizéssemos uma sala com os nossos móveis da nossa casa no Rio de Janeiro. Então nós tiramos os móveis [do Alvorada], esses móveis foram para o depósito e eu coloquei os móveis do meu quarto e da sala”, acrescentou.
Michelle fez críticas indiretas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e à primeira-dama Janja da Silva, e disse: “Infelizmente, os que pregam a humildade, a simplicidade, não querem viver no simples. Zombando e brincando com o dinheiro do contribuinte.”
A Presidência da República adquiriu, no início deste ano, seis móveis no valor total de R$ 196,7 mil para o Palácio da Alvorada para a mudança de Lula e Janja.
Em nota, o Palácio do Planalto disse que “o gabinete de transição governamental identificou que não havia condições de habitabilidade da residência oficial da Granja do Torto, que estava sob controle da gestão anterior”.
Além disso, a nova gestão argumentou que mobiliários como camas e mesas tinham sido retirados pela gestão de Jair Bolsonaro de dormitórios do Palácio da Alvorada.
“Nós ficamos por quatro anos no Alvorada. Não tinha toalha, não tinha roupa de cama decente. Eu usei os meus lençóis na minha cama e na [cama] de visitas para não fazer licitação, porque eu entendi o momento que nós estávamos vivendo. Agora, eu sugiro a CPI dos móveis do Alvorada”, concluiu Michelle.