O Diretório Municipal do Partido Socialismo e Liberdade em São Luís (PSOL) vem a público informar que, coerente com seus 16 anos de luta pelo fortalecimento dos movimentos sociais e populares, pela transformação da sociedade brasileira, pela democracia, os direitos sociais, combate às opressões, no enfrentamento ao neofascismo e pelo #ForaBolsonaro, decidiu pela consigna do *VOTO NULO NESTE SEGUNDO TURNO* das eleições municipais de São Luís.
No primeiro turno enfrentamos:
1 – De um lado, o deputado federal Eduardo Braide, candidato do Podemos, com total ausência de perfil ideológico e programático, defensor da lava-jato e um dos partidos mais fiéis ao governo Jair Bolsonaro e suas medidas antipovo no Congresso, coligado ao PSDB de Roberto Rocha;
2 – De outro, um consórcio de candidatos montado pela base de apoio do governador Flávio Dino. Consórcio que abrigava as candidaturas de Bira do Pindaré (PSB); Rubens Júnior (PCdoB/PT, coligado com o PP do Centrão); como também o deputado estadual Neto Evangelista (DEM, do Centrão de Rodrigo Maia), coligado com o PTB (de Roberto Jeferson), o PSL (partido que elegeu Bolsonaro), o MDB de Roseana Sarney e o PDT de Weverton Rocha; e, finalmente, a candidatura do deputado estadual Duarte Júnior, do Republicanos, partido do Vice-Governador do Estado, legenda que também abriga os filhos de Jair Bolsonaro, investigados na CPMI das “fake news” e nos esquemas de corrupção, conhecidos como “rachadinhas”, coligado com o PL do deputado federal Josemar do Maranhãozinho, representante daquilo que há de pior na política maranhense.
Constatamos que à população de São Luís restou apenas como opção de esquerda as candidaturas de Franklin Douglas (PSOL, com o apoio do PCB e da UP) e de Hertz Dias (PSTU). Em contraposição à candidatura da direita conservadora de Eduardo Braide, o governador Flávio Dino ofereceu a opção suicida de um consórcio que, sufocando partidos progressistas, abria, inegavelmente, espaço para legendas da base bolsonaristas, como DEM e Republicanos. O que de fato aconteceu com a ida ao segundo turno do Podemos de Braide e do Republicanos de Duarte Júnior.
*A saída é pela esquerda* Precisamos fortalecer um campo político e ideológico que possa se enfrentar de forma consequente com o bolsonarismo no estado e na capital, São Luís. Não podemos criar ilusões que há o “menos pior” quando se trata de duas candidaturas de partidos subservientes a Bolsonaro e sua agenda de ataques e retirada de direitos. Nenhuma concessão ou parceria política com o bolsonarismo!
Em 2018, o candidato a presidente da República pelo PSOL, Guilherme Boulos, com seus 0,58% de votos, lançou as sementes para que a esperança vencesse o ódio. É o que vemos hoje em São Paulo com o PSOL, com Boulos e Erundina a caminho da conquista da Prefeitura da maior cidade da América Latina, derrotando o fascismo e o bolsonarismo nas ruas e nas urnas.
O PSOL, que disputou as eleições municipais numa frente de esquerda com o PCB e UP, apresentando Franklin Douglas e Ribamar Arouche na majoritária e uma chapa proporcional com candidaturas que defendiam uma cidade para a maioria, o combate às opressões e se apresentou como um instrumento útil na luta contra o neofascismo e o governo de extrema direita, conclama a todas, todos e todas, que queiram derrotar o bolsonarismo, a *VOTAR NULO NO 2º TURNO.* Independentemente de quem seja eleito no dia 29/11, Braide ou Duarte, seremos oposição ativa, responsável e propositiva, em defesa dos interesses da maioria da população de nossa São Luís.
*O PSOL VOTA NULO para abrir caminhos de luta e esperança em São Luís.*
São Luís (MA), 19 de novembro de 2020.
*PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE*
_Diretório Municipal de São Luís_