Samu nega ambulância e paciente chora ao contar que foi para a UPA de bicicleta

Um líder comunitário identificado como Raimundo Nonato, morador da zona rural de São Luís, se emocionou ao relatar uma situação calamitosa pela qual passou nos últimos dias quando precisou de atendimento médico e lhe foi negado.

Nonato reside no bairro Tajipuru, na região da Santa Bárbara. Ele se sentiu mal e ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência pedindo uma ambulância e teve a solicitação negada. De acordo com a denúncia, feita no programa do Radialista Silvan Alves, Manhã Difusora, na AM 680, nesta segunda-feira (19), o Samu alegou que a região onde o líder comunitário mora é perigosa e só atenderia com apoio policial de uma viatura.

Sem ter como se deslocar para um hospital, Raimundo Nonato também tentou acionar uma equipe do Corpo de Bombeiros mas também não obteve êxito, uma vez que casos clínicos geralmente são atendidos pelo Samu.

A situação então chegou ao extremo. O paciente, que precisava de um transporte de urgência, se viu obrigado a ir sozinho ao hospital e foi pedalando que conseguiu chegar até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade Operária.

Nonato é hipertenso e a pressão arterial passava de 22. Ele chorou ao contar que passou mais de uma hora para chegar de bicicleta até a Unidade de Saúde, onde ele disse ter sido muito bem atendido.

A denúncia é grave e mostra a vulnerabilidade enfrentada diariamente por quem mora na zona rural de São Luís. Infelizmente qualquer pessoa pode acabar morrendo sem atendimento médico se não tiver um meio de transporte para chegar ao hospital.

Quantos como o Senhor Raimundo Nonato não enfrentam essa triste realidade em bairros menos acessíveis da Grande Ilha? Isso é lamentável!