Desde 2010 os membros do PT da ala chamada Construindo um Novo Brasil (CNB) decidiram que ficaria com o PMDB daqui do Maranhão. A justificativa era de que eles estavam seguindo a orientação nacional. Com isso, permaneceram até ano passado fazendo parte – mesmo sendo considerado o primo pobre do governo – ao lado de Roseana Sarney e seu grupo.
Acontece que agora não há mais o poder do grupo da ex-governadora. Eles agora já dizem que ir para o lado do governador Flávio Dino não seria heresia alguma porque estariam dentro do projeto nacional do PT que tem o PCdoB como aliado histórico.
A ida de Raimundo Monteiro, Fernando Silva, Zé Antônio Heluy e companhia para os braços de Flávio não é vista pelo PCdoB como algo impossÃvel. Pelo contrário. Seria bem recebido e é de interesse do governo ter o PT integralmente ao seu lado.
O problema é que esses petistas querem espaço. Querem garantias de “ganhos” para ficar ao lado do novo governo. Eles acham que podem barganhar.
Mas em nome de que eles acreditam nessa barganha? Resposta: do apoio que declararam a Flávio Dino em 2008 na disputa eleitoral quando a CNB levou o PT para a coligação com o comunista deixando de lado nomes de destaques para disputar o pleito como Bira do Pindaré.
Foi isso que esses petistas disseram ontem ao presidente estadual do PCdoB, Márcio Jerry, que esteve na reunião da executiva do PT.
O problema é que esse apoio de 2008 foi anulado pelo golpe de 2010 quando a mesma CNB tirou o PT de apoio a Flávio Dino (mesmo maioria do partido ter decidido assim) para doar ao PMDB de Roseana Sarney.
Pois bem… se a CNB quiser compor com Flávio e assim deixar o PT todo com o governo, será bem vindo, mas eles não podem esperar “ganhos”. Não adianta barganhar.