De Veja
Um dia, imaginou-se que a União Soviética superaria o PIB dos Estados Unidos . Depois, previu-se que o Japão alcançaria o feito. Mas será a China, neste ano, o primeiro país a sobrepujar a economia americana. O avanço na exploração no gás de xisto (shale gas, em inglês) revigorou a economia americana. A queda nos custos de energia deu mais competitividade à industria e retomou empregos antes perdidos para países asiáticos. Essa transformação recente, no entanto, não é suficiente para alterar uma tendência muito mais profunda: a economia chinesa, apesar de sua desaceleração, ainda cresce em um ritmo muito superior ao da americana e é questão de tempo para que a ultrapasse e se torne a maior do mundo. O que não se imaginava é que esse troca de status fosse tão iminente. Ela deve ocorrer ainda neste ano, usando para a comparação o critério conhecido como paridade de poder de compra. Essa metodologia suaviza as oscilações e interferências cambias e procura medir os países levando em consideração a diferença de custo de vida.
Dados atualizados pelo Programa Internacional de Comparação (ICP) com a chancela do Banco Mundial, revelaram que a economia chinesa é cerca de 20% maior, nessa base de comparação, do que se estimara anteriormente. Assim, ela deverá alcançar os Estados Unidos em algum momento de 2014, e não em 2019, como era previsto. A liderança dos americanos pendura desde 1872, quando desbancaram os ingleses. Ainda segundo as novas medidas, a Índia superou o Japão como a terceira maior economia mundial, e o Brasil ficou em sétimo.