O deputado Wellington do Curso (PPS) passou uma vergonha daquelas, hoje a tarde, no município de Paço do Lumiar ao tentar transformar em palanque eleitoral antecipado uma audiência pública que tinha como foco discutir o aumento da tarifa de água no município.
A audiência estava sendo realizada na Escola Erasmo Dias, no Maiobão. O mal estar se formou no momento em que Do Curso, de maneira estranha, convocou para mesa de debates, como representante da população luminense, o ex-deputado federal e pré-candidato a prefeito, Domingos Dutra.
“Quem é Dutra para ser chamado para a mesa como representante da população de Paço? Isso [audiência] é armação, é palanque eleitoral antecipado e não é isso que o povo quer”, questionaram e afirmaram os presentes.
A atitude do deputado foi veementemente repudiada por representantes da sociedade do município, a maioria ligada a associações de moradores e que, verdadeiramente, luta por melhorias na cidade; por representantes da Prefeitura luminense, que logicamente apoiam a reeleição do prefeito Josemar Sobreiro (PSDB); e até por gente ligada ao também pré-candidato Inaldo Pereira, que também se fazia presente no local.
A gritaria foi geral e o clima esquentou, conforme você pode conferir nos vídeos abaixo.
Equívocos – Wellington do Curso cometeu inúmeros equívocos ao tentar realizar a audiência e os referidos foram interpretados como atos puramente eleitoreiros.
Um destes erros foi também chamar para mesa de debate como representante da população de São José de Ribamar o advogado Arnaldo Colaço, filiado ao PSB e que é pré-candidato a prefeito na cidade balneária nas eleições de 2016.
“A mesa deveria ser composta pelas autoridades competentes, representantes da empresa e por representantes escolhidos verdadeiramente pelas populações das duas cidades. Colocar em destaque políticos que são pré-candidatos nas eleições do ano que vem fez com que o sentido da audiência se perdesse totalmente e por isso virou esculhambação, bagunça mesmo”, disse ao blog uma liderança comunitária de Paço.
Que o fiasco/patacoada produzido por Wellington do Curso sirva de lição para aqueles políticos espertalhões que ainda gostam de utilizar o povo como massa de manobra visando, exclusivamente, obter dividendos eleitoreiros para si próprio ou para terceiros.