Na manhã de hoje (15), em Sessão Plenária da Assembleia Legislativa, uma grave denúncia foi feita pelo deputado estadual Yglésio Moyses (PSB) referente ao deferimento de uma candidatura supostamente fraudulenta junto ao sistema de cotas da Universidade Federal do Maranhão, para ingresso no curso de medicina. Segundo o deputado, a candidata identificada somente por Aluísya não cumpre quaisquer critérios preestabelecidos para entrar na universidade via política pública afirmativa.
O deputado afirmou, apresentando mídias, que a candidata não era preta ou parda, não possuía deficiência e também não era de baixa renda, em função dos negócios de seus pais, segundo informações do parlamentar, que são alguns dos critérios do sistema de cotas.
Yglésio destacou outro forte indício de que a candidata teria fraudado documentação referente ao ensino médio supostamente cursado em escola pública. “Arrumou uma matrícula numa escola pública à noite, porém, fazia ensino particular com uma dupla matrícula em escola privada”, denunciou.
A denúncia da fraude, conforme anunciou o deputado, será encaminhada ao Ministério Público Federal com foco no indeferimento. “Infelizmente, vou ter que mandar para o Ministério Público Federal, pra que isso aqui seja indeferido e essa vaga seja anulada e dada, de fato, pra alguém com deficiência, alguém que tenha renda familiar que seja pobre, aluno de escola pública, alguém que nunca tenha cruzado o oceano Atlântico, que tenha o sonho de entrar numa faculdade de medicina justamente para realizar todos esses sonhos”, exclamou.
Sistema de cotas
O sistema de cotas é uma política pública afirmativa de reparação histórica e social que contribui para que pessoas socioeconomicamente vulneráveis, além de pessoas pretas, pardas e indígenas tenham acesso a um quantitativo de vagas na universidade pública.