Dia 26 também foi dia de eleição nos vizinhos uruguaios. Eleitores de todo país foram às urnas para decidir sobre o próximo presidente, levando a disputa ao segundo turno entre Tabaré Vazques e Luis Alberto Lacalle Pou. Os uruguaios votaram, ainda, em um plebiscito que consultava a população sobre a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos.
Apesar de pesquisas indicarem a vitória do sim, o resultado foi diferente, prevalecendo o não com 53% dos votos, vencendo portanto a manutenção da idade de 18 anos para maioridade penal.
Em entrevista, a líder da manutenção dos 18 anos como idade de responsabilidade penal, Fabiana Goyeneche disse ser um sinal de repulsa da população a decisões simplistas: “Isso é simplesmente um sinal de que não aceitaremos decisões simplistas.Não significa que não queiramos melhoras e que não queiramos que o Uruguai olhe com seriedade o que o preocupa, como, por exemplo, o tema da segurança”.
No Uruguai, a eleição presidencial será decidida também no 2º turno, no dia 30 de novembro. O Uruguai só tem 2,6 milhões de eleitores, mas a apuração é demorada. Discursos e festas, no domingo (26) à noite, foram com base na boca de urna.
O terceiro colocado (13%), Pedro Bordaberry, do Partido Colorado, logo anunciou apoio ao segundo (30,7%), Lacalle Pou, do Partido Nacional, de centro-direita.
Grupo Frente Ampla, de esquerda, está no poder há dez anos
Filho do ex-presidente Alberto Lacalle, o jovem candidato sabe que não vai ser fácil superar o adversário: Tabaré Vázquez, da Frente Ampla, (46,9%) de esquerda, grupo no poder há dez anos. O favorito foi também antecessor do atual presidente, José Mujica.
No segundo turno, dia 30 de novembro, vão pesar os temas da educação e da criminalidade. No domingo (26), houve plebiscito também. Os eleitores rejeitaram a proposta de redução da maioridade penal de 18 para 16 anos.