A mulher, com nome não identificado, anunciava, pela internet, a venda de certificados falsificados de ensino médio de uma escola pública da rede estadual, localizada em Paço do Lumiar, Região Metropolitana de São Luís. A denúncia foi divulgada com exclusividade no portal MA10, um dia depois de o Ministério Público Federal (MPF) divulgar que cinco alunas perderam a matrícula do curso de medicina na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) por terem feito uso de certificado de ensino médio em escola pública falsificado.
No anúncio, a negociante afirma fornecer ainda um histórico escolar completo para o estudante, com notas e assinatura do diretor da unidade, e garante que o serviço é rápido e sem burocracia. O preço do documento não é alto: R$ 300,00. Por esse valor, o interessado na falsificação pode ter acesso a vagas concorridas em universidades, por meio das cotas para alunos de escola pública, destinadas também a candidatos de concurso público.
CRIME CORRE SOLTO NA INTERNET
Apesar de ser crime previsto em lei, a compra e venda de certificados falsificados – de ensino fundamental até graduação – é realizada livre de punições e fiscalizações, ao alcance de um clique. Na rede social com maior número de usuários no mundo – o Facebook – os grupos de comercialização do documento são muitos. Entra quem quiser.
O delegado da Defraudações, Day Robson, explica que a prática do crime vem sendo investigada em São Luís, e que a anunciante investigada nesta reportagem pode integrar um esquema que atua em vários pontos da capital. “Temos informações de um esquema nesse sentido, uma organização criminosa de venda de diplomas e certificados falsos”, destaca.
Veja mais na reportagem exclusiva de Ciro Mineiro, da TV Difusora.