O presidente da Câmara afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) avisou a aliados que renunciaria ao cargo de chefe da mesa da casa se o Palácio do Planalto conseguir unificar a ala PSDB e DEM da base em torno de um nome defendido por ele e seus aliados para sucedê-lo. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o deputado teria externado a posição pessoalmente ao presidente interino, Michel Temer, na reunião que tiveram no último domingo (26).
Desde então, Temer se mobilizou para pedir a ministros esforços para não se oporem ao acordo com aliados de Cunha. Após conversas entre líderes do PSDB, DEM, PSB e PPS, emergiu uma trégua em torno do nome que será lançado para substituir o peemedebista afastado, desde que o PMDB apoie o candidato lançado por esse grupo de legendas para o cargo. De todo modo, alguns parlamentares já mostraram que gerar consenso dentro das bancadas será tarefa complexa.
Conta ainda a matéria que a avaliação de aliados de Cunha é que ele só conseguirá escapar da cassação do mandato com a renúncia e uma vitória na Comissão de Constituição e Justiça. Manobra arriscada, mas uma das últimas cartadas que restam ao peemedebista em um momento de perda de forças e cerco das investigações.
Da Infomoney