Durante a reabertura dos trabalhos parlamentares da Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema) nesta terça-feira (6), o deputado Yglésio Moysés (PSB) parabenizou o trabalho da polícia civil nas investigações sobre o caso do veículo encontrado com mais de R$ 1 milhão no porta-malas no bairro do Jardim Renascença, em São Luís. O episódio ganhou repercussão nacional e vem sendo exibido repetidamente nas principais emissoras de TV e portais de notícia do país.
De acordo com as investigações da polícia, o veículo modelo Renault Clio de cor vermelha e placa NXH5E16 foi encontrado abandonado no último dia 30 de julho na Rua das Andirobas no bairro do Jardim Renascença. No porta-malas havia mais de R$ 1 milhão divididos em cédulas de R$ 50,00, R$ 100,00 e R$ 200,00. Parte desse dinheiro estava dentro de caixas, enquanto que havia uma quantia espalhada pelo interior do automóvel.
“As autoridades policiais estão conduzindo o caso da maneira mais técnica possível. Existem pessoas que, mesmo diante dos fatos, tendem a se omitir e não aceitá-los. Que a polícia traga a investigação de maneira robusta e o trabalho seja reconhecido ao final”, disse Yglésio Moysés.
Investigações
O trabalho da polícia mostrou que o veículo onde foi encontrado o dinheiro estava sendo dirigido por Guilherme Ferreira Teixeira, ex-assessor do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), e que também foi o seu funcionário durante a sua passagem pela Câmara dos Deputados, em 2019. Na prefeitura de São Luís, Guilherme Teixeira também ocupou cargo de assessor até fevereiro de 2020.
Nesta terça-feira, policiais do Departamento de Combate ao Crime Organizado da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (DCCO/SEIC) cumpriram mandados de busca e apreensão em desfavor de Guilherme Ferreira e também de Carlos Augusto Diniz da Costa. Conforme as investigações, Carlos Augusto, no momento da descoberta do dinheiro, apresentou-se aos policiais militares na Rua das Andirobas como sendo o proprietário do Clio.
Até o momento, ninguém foi preso. A polícia trabalha para descobrir a origem do dinheiro, que foi apreendido e hoje encontra-se em uma conta judicial, e para onde o montante seria destinado.