Prefeito de SPC manda abrir posto contratado pelo município para abastecer ônibus de campanha; jornalista filma e é agredido

Prefeito Rômulo Arruda e o secretário municipal Valdineis Arruda

No último sábado, 24 de agosto, um grave episódio de abuso de poder foi registrado em São Pedro dos Crentes, envolvendo o atual prefeito, Rômulo Arruda, que concorre nas eleições de 2024. A situação revela um desrespeito flagrante às normas eleitorais e uma manipulação indecorosa de recursos públicos.

Por volta das 22h, o jornalista Jairo Maranhão recebeu uma denúncia sobre a utilização irregular de um posto de combustíveis (Posto Mix), licitado pela prefeitura para abastecer um ônibus que transportava apoiadores de Feira Nova do Maranhão. O veículo, claramente destinado a promover a campanha de reeleição do Rômulo Arruda, foi abastecido com recursos públicos em um estabelecimento cujo contrato com a administração  pública deveria ser estritamente para serviços municipais e não para fins eleitorais.

Ao chegar ao local, Jairo Maranhão encontrou o secretário municipal Valdineis Arruda da Silva supervisionando o abastecimento do ônibus. Enquanto tentava documentar a irregularidade, o jornalista foi abruptamente confrontado pelo secretário. Valdineis Arruda não apenas tentou chutar o celular de Maranhão, mas também tentou agredi-lo com uma mangueira de jardim, ao mesmo tempo, em que proferia xingamentos contra o profissional.

A situação é gravemente comprometida pelo fato de que o secretário estava utilizando um veículo oficial do município fora do horário de expediente para fins de campanha eleitoral, uma prática expressamente proibida pela legislação eleitoral vigente. O veículo, um Fiat Strada de cor branca, placa GFR8H97, pode ser claramente identificado no vídeo registrado pelo jornalista.

O ato de abuso de poder não apenas viola os princípios da administração pública, como também representa uma tentativa desrespeitosa de manipular recursos públicos para beneficiar interesses eleitorais. O uso do posto de combustíveis, que deveria servir exclusivamente ao município, e o ataque ao jornalista que tentava expor a ilegalidade demonstram a falta de ética e o desprezo pelas leis.

O episódio é um alerta para a necessidade urgente de uma investigação rigorosa pelo Ministério Público Eleitoral, para responsabilizar e corrigir esses abusos, assegurando justiça e equidade no processo eleitoral.

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