Ex-prefeito e candidato em Barão de Grajaú esclarece sobre operação da PF

Ex-prefeito Gleydson Resende

O ex-prefeito do município de Barão de Grajaú, Gleydson Resende, que vai disputar novamente a prefeitura nas eleições deste ano, esclareceu ao titular do Blog do Minard, durante entrevista ao programa ‘Leriado’, nesta quarta-feira, 28, (acesse aqui) sobre a operação VIS HABITUS, deflagrada hoje pela Polícia Federal.

A ação tem o objetivo de combater possíveis desvios de recursos públicos, fraudes licitatórias e lavagem de dinheiro cometidos no município de Barão do Grajaú entre os anos de 2015 e 2017, ocasião em que Gleydson era prefeito.

Segundo investigações, servidores públicos do município receberam transferências de valores de empresas contratadas pela prefeitura local e movimentaram mais de R$ 1,3 milhão em suas contas pessoais.

O ex-prefeito, hoje candidato afirmou que não teve o nome citado em nenhum inquérito, muito menos na operação da PF onde ninguém foi preso e nenhum mandado cumprido na residência do ex-gestor. Ele disse ainda que contra ele não há nenhuma condenação e sua candidatura a prefeito foi deferida pela Justiça Eleitoral.

Sobre os servidores investigados por corrupção, Gelydson informou que trata-se de dois comerciantes que trabalham com fornecimento de bebidas e que movimentam diariamente uma boa quantidade em dinheiro.

Sobre a operação – Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, no município de Barão do Grajaú, expedidos pela Vara Federal de Balsas/MA. Além disso, foi determinada pelo Juízo Federal a quebra do sigilo telemático dos equipamentos encontrados. Os investigados poderão responder por corrupção passiva, apropriação de verbas públicas, fraude licitatória, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Esses crimes possuem penas máximas que, se somadas, podem chegar a 29 anos de prisão.

Durante as buscas, grande quantidade de dinheiro em espécie foi encontrada. Os valores ainda estão sendo contabilizados. Foram apreendidos veículos de luxo e bens incompatíveis com a renda dos investigados.

Os materiais apreendidos serão encaminhados para a realização dos exames periciais visando a coleta de novos elementos, visando identificar outros servidores envolvidos, empresários, bem como identificar outros crimes relacionados.

As investigações foram conduzidas e operacionalizadas pela Delegacia de Polícia Federal em Caxias/MA e seguem em andamento.

O nome da operação remete ao termo em latim “vis habitus”, que significa a “força do hábito”. No contexto jurídico, ela se refere à presunção de que uma determinada situação ou condição continuará existindo, a menos que haja algo ou alguém que impeça sua reiteração.

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