Entenda o esquema de corrupção no TJMA que desviou milhões em 18 minutos

Foto Reprodução

Nesta quarta-feira (14), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação 18 Minutos, visando desarticular um esquema de venda de sentenças judiciais no Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA). A operação recebeu esse nome devido à rapidez com que o grupo criminoso conseguia emitir decisões judiciais, expedir alvarás e sacar recursos desviados — tudo isso em apenas 18 minutos.

A investigação aponta que quatro desembargadores e dois juízes do TJMA estariam envolvidos em um esquema que desviava recursos de instituições como o Banco do Nordeste. Entre os investigados estão a desembargadora Nelma  Sarney, cunhada do ex-presidente José Sarney, e os desembargadores Marcelino Chaves, Luiz Gonzaga e Guerreiro Júnior. A juíza Alice de Sousa Rocha e o juiz Cristiano Simas de Sousa também são alvos da operação, junto com o ex-juiz Sidney Cardoso Ramos.

Segundo a PF, o esquema era altamente organizado e dividido em três núcleos de atuação, nos quais participavam ex-servidores do banco, advogados e magistrados. Um dos casos sob investigação envolve o desvio de R$ 14 milhões, exemplificando como o grupo atuava para obter vantagens ilícitas dentro do sistema de justiça do estado.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou a operação, que resultou no bloqueio de bens e no afastamento dos envolvidos de suas funções públicas. A investigação ainda se estende a advogados e ex-juízes, que supostamente colaboravam com o esquema. (Veja a lista completa aqui)

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