O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), está no centro de uma operação de busca e apreensão conduzida pela Polícia Federal nesta quarta-feira (21). O mandado, autorizado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), visa endereços vinculados ao governador, incluindo sua residência e escritório. A ação também abrange a primeira-dama Karynne Sotero e os filhos do governador, o deputado Léo Barbosa (Republicanos) e Rérison Castro.
A investigação foca em possíveis irregularidades na distribuição de cestas básicas durante a pandemia de COVID-19, um período em que o governador era vice-governador. Segundo a Polícia Federal, há suspeitas de que recursos públicos foram desviados sob a forma de contratos para fornecimento de cestas básicas, levantando questões sobre a legalidade e transparência desses processos.
A operação, que inclui o cumprimento de 42 mandados de busca e apreensão e medidas cautelares patrimoniais, está em andamento sob sigilo. Além de Barbosa e sua família, políticos e empresários também são alvos das investigações. O governo do Tocantins declarou que está colaborando com as autoridades, enquanto Wanderlei Barbosa negou envolvimento direto na administração de despesas relacionadas ao programa de cestas básicas, afirmando que não era responsável por tais ordens de pagamento.
A Polícia Federal busca esclarecer se houve desvio de recursos durante o período emergencial e se os contratos com empresas fornecedoras foram realizados de acordo com a legislação vigente. O caso está sendo acompanhado de perto, e novas informações devem ser divulgadas conforme as investigações avançam.