Com apoio do MPF, TCE inicia auditoria em 20 cidades do MA sob suspeita de fraude no EJA

Unidade de ensino em Carolina

Tribunal de Contas do Estado (TCE) iniciou nesta segunda-feira, 19, auditoria em escolas municipais que oferecem Educação de Jovens e Adultos (EJA), modalidade de ensino voltada para as pessoas que não tiveram oportunidade de concluir seus estudos na idade regular.

A vaga é ofertada tanto na rede pública de ensino, por meio das escolas municipais, estaduais e federais, quanto em instituições privadas, sendo financiada por recursos oriundos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Para a distribuição desses recursos são utilizadas as informações prestadas por estados e municípios no Censo Escolar, que é a principal pesquisa estatística da educação básica, coordenada pelo Instituto Nacional de Educação e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC).

Com base nas informações relativas aos anos de 2022, 2023 e 2024, os auditores do TCE-MA verificarão se o número de matrículas no Censo Escolar na modalidade EJA, informados pelos municípios selecionados é real, se existem inconsistências nas informações e qual a razão para o crescimento vertiginoso de matrículas nos últimos três anos. Em termos metodológicos, as auditorias utilizarão os procedimentos de contagens físicas, observação direta, entrevistas e análise documental.

Estão sendo auditados vinte municípios, constantes de solicitação de realização de auditoria originária do Ministério Pública Federal (MPF) enviada o TCE, sendo eles: Afonso Cunha, Água Doce do Maranhão, Aldeias Altas, Amapá do Maranhão, Araguanã, Brejo, Cândido Mendes, Carolina, Centro do Guilherme, Coelho Neto, Lajeado Novo, Magalhães de Almeida, Matões do Norte, Milagres do Maranhão, Pastos Bons, Paulo Ramos, Pedro do Rosário, Santana do Maranhão, São Francisco do Maranhão e Turilândia. Trata-se da primeira auditoria do TCE realizada em parceria com o MPF.

Vale ressaltar que alguns municípios maranhenses já foram acionados na Justiça após serem identificadas discrepâncias significativas entre o número de alunos matriculados e os efetivamente cursando o EJA. Um deles foi São Bernardo do Maranhão que sofreu um bloqueio de R$ 2,5 milhões (Reveja)

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