Brigas internas entre Delegados e Agentes Federais podem estar dificultando prisão de Lidiane Leite

Delegados da PF travam brigas internas com agentes e prefeita continua foragida
Delegados da PF travam brigas internas com agentes e prefeita continua foragida

Não dá mais para esconder a briga que acontece internamente entre os delegados da Polícia Federal e os agentes daquele órgão.

Há anos agentes federais vem brigando na Justiça para terem o direito de assumirem cargos de confiança dentro da hierarquia da PF, uma vez que hoje, somente delegados podem assumir esses cargos.

Em contrapartida, existe um grande lobby na Câmara Federal entre deputados ligados a ala dos delegados que trabalham para que isso NÃO aconteça. Ou seja, na atual legislação o agente federal, mesmo sendo um verdadeiro 007 da corporação, jamais conseguirá chegar a um posto de destaque, tanto hierárquico quanto financeiro.

Fora que quando é para posar para os holofotes das câmeras de televisão e os flashes das fotos, a população só vê a imagem dos senhores delegados.

Esses problemas vieram à tona – mesmo passando despercebidos pela sociedade – com a caçada da prefeita foragida de Bom Jardim, Lidiane Leite.

É nítido que os agentes estão fazendo uma espécie de “corpo mole” para conseguirem encontrar uma menina de apenas 25 anos que está assustada, com fome e totalmente vulnerável. Até porque quando a encontrarem, ‘se encontrarem’, a novela deverá se repetir mais uma vez. Flashes, câmeras, clicks de blogueiros para os nobres delegados.

Enquanto isso, os novos advogados da prefeita travam verdadeiras batalhas dentro dos tribunais na tentativa de conseguirem um Habeas Corpus e deixarem no vácuo a operação “PREFEITA OSTENTAÇÃO”.

E parece que a possível tática velada de “corpo mole” está fazendo efeito, pois às vésperas de completar trinta dias da operação, o Blog obteve informações de que a frágil Lidiane Leite consegue conversar tranquilamente todos os dias com seus novos advogados e até com alguns familiares próximos.

O certo é que a cada dia que passa, um caso de repercussão internacional, vai aos poucos desmoralizando a tão conhecida força e credibilidade da nossa respeitada POLÍCIA FEDERAL.

SIMPLES ASSIM.

10 comentários em “Brigas internas entre Delegados e Agentes Federais podem estar dificultando prisão de Lidiane Leite”

  1. Rogerio

    9 anos atrás  

    Perfeita a análise e verdadeiras as palavras. Parabéns por expor com tanta clareza este inferno que são os delegados na vida da Polícia Federal!!!!

  2. George Maranhão

    9 anos atrás  

    Olha acho que os agentes devem cumprir suas atribuições que é prender a demandada. E os delegados não devem fazer da prisão uma promoção de classe, pois quem prende é o órgão e não uma classe. O contribuinte tem que saber que quem prendeu foi a Polícia Federal e não o agente tal ou delegado tal.

  3. Dortmond

    9 anos atrás  

    Acho q mais cedo ou mais tarde os agentes federais serao justicados.
    Sao eles a verdafeira PF.

  4. Marcos Gomes

    9 anos atrás  

    “Roupa suja se lava em casa!”. No caso da PF, tem-se lavado nas Casas Legislativas! Os delegados, remando contra a história, buscam perpetuar-se no comando do órgão por força normativa, assim como tentam, via legislativo, tornarem-se legalmente, o que de fato não são, necessários ao processo de investigação através de leis que o tornem o único cargo com poder de investigar, conforme rezou a famigerada PEC 37. Por outro lado, Agentes Federais lutam pela implementação de um novo modelo de polícia investigativa, pautado em conhecimento e técnica multidisciplinares, meritocracia, carreira única ( uma entrada e ascensão pautada na competência e experiência policial )! Tais concepções tornam impossível a convivência, ou mesmo, a sobrevivência de qualquer instituição, pois são antíteses uma da outra! Não há meio termo! Aos poucos a sociedade se vê ansiosa por mudanças na Segurança Pública, ou melhor, no seu resultado, pois o que aí está é pífio e vergonhoso. São solucionados apenas 5% dos assassinatos, 2% dos roubos, 0,5 % dos furtos, e por aí vai. No entanto, esta mesma sociedade pouco sabe sobre como está desenhado o modelo de polícia que financia: com um chefe de polícia bacharel em direito que se auto-intitula o primeiro defensor das garantias; que não sai, com raras exceções e motivação sombria, de dentro dos gabinetes refrigerados para investigar; que ganha o dobro ou o triplo dos demais policiais; que é chefe pelo simples fato de ser delegado, ainda que não tenha sequer um mês de experiência e competência policiais para sê-lo; que sente vergonha ou tem como pequeno ir a campo colher provas sobre materialidade e autoria delitivas, limitando-se à arte de perguntar aos seus “auxiliares”. Em contrapartida, os seus “auxiliares”, Agentes Federais formados em diversas áreas acadêmicas, muitos pós-graduados e mesmo com duas ou mais formações científicas, como economia, contabilidade, engenharia civil, computação, psicologia, administração, aeronáutica, marítima, entre outras, são os responsáveis pela realização das investigações. São esses profissionais que desenvolvem as técnicas necessárias ao deslinde exitoso da persecução criminal! Ao final, por força normativa do órgão, devem os policiais entregar o seu trabalho para que o seu “chefe” delegado, muitas vezes um pobre imberbe que nada fez senão esperar pelo resultado das investigações em sua sala apinhada de inquéritos, possa finalmente proceder o “cola/copia” para edificar o seu Relatório e partir para as entrevistas e fotos, como bem insinuou a matéria. Resta, portanto, que nossa sociedade se disponha a compreender sua Segurança Pública e escolha o caminho da mudança ou da permanência desse quadro atual!

  5. Ruy

    9 anos atrás  

    Quer mandar no orgao?

    Faça prova para Delegado Federal. Mas estude bastante. Eles sao muito inteligentes, herois nacionais e melhores que muitos juizes e promotores. Mas no concurso so passam os melhores. E é carreira juridica, como juiz e promotor.

    Agora essa. So falta Oficial de Justica querer virar juiz sem concurso.

    Agente é auxiliar com funcoes de 2o grau.

  6. Marcos Gomes

    9 anos atrás  

    Caros, fosse apenas esta operação… Seria muito importante que a imprensa buscasse e demonstrasse em gráfico o número de operações deflagradas pela PF nos últimos seis anos, assim teríamos um ilustrativo dos panoramas anterior e posterior à greve de 2012. Engana-se quem crer que o DPF está em sua plenitude operacional tomando como base duas ou três operações com forte repercussão política, caso da Lava Jato. Tal situação guarda defeitos corporativos ainda piores, como farra de diárias e festa de remoções. Muitos policiais “tocam” operações motivados por diária ou remoção, conseguindo escapar, ainda que transitoriamente, da perda do poder aquisitivo dada a omissão do governo federal em revisar as perdas impostas pela inflação, conforme preceitua a Constituição, e, por outro lado, podem ficar próximos ou na sua cidade natal com suas famílias. Como esses profissionais, motivados por demandas pessoas, não são a maioria, o DPF afunda no seu papel de investigar crimes de sua competência. Imperativo afirmar que não há “corpo mole” dos Agentes Federais, o que há de fato é um completo estado de anomia dentro do DPF. E onde não impera a lei e a transparência, o desmando toma conta. A PF tem sido regida por analogia ao que o Código Penal preceitua à Polícia Civil, mesmo sendo, ao contrário dessa, constitucionalmente criada em carreira única. Em razão dessa “gambiarra” legal, é que o cargo de delegado hoje detém o poder de gerir o órgão! Similarmente é o que entendem os delegados quanto a serem os “donos” da investigação, ainda que não a façam de fato. São autoridades policiais “paraplégicas”, uma vez que não saem de suas cadeiras para darem solução aos crimes, identificando os autores e materializando o delito. Fazem através de ofícios, em que exigem dos Agentes e outros profissionais policiais, como papiloscopistas e peritos, a realização do trabalho que alegam pertencer privativamente a eles, os delegados. Queria que fosse, mas não se trata de uma coordenação! Trata-se de imposição normativa, pois os Agentes e demais profissionais são obrigados a se reportar e solicitar aos delegados, para que estes autorizem ou encaminhem a solicitação ao destino, explico: os demais policiais não podem, por força de instrução normativa, solicitar qualquer informação fundamental à investigação a outras instituições. Tudo, exatamente tudo, por regulamentação interna, e não na lei, deve passar pelo delegado! Esse é o princípio de sua existência e necessidade institucional! Para os policiais terem acesso aos sistemas de dados a fim de desempenharem o seu trabalho, devem preencher formulário que deverá ser assinado também pelo delegado, que não sabe ou quer saber investigar através desses sistemas! Há situações vexatórias nesse caminho, como a existência de relatórios policiais especificando o que a delegado deve solicitar a outros órgãos, pelo simples fato do Agente Federal ter limitado o seu poder sobre sua própria investigação. Trata-se de uma expropriação intelectual. Basta analisar a ausência de formação adequada do delegado para chefiar uma investigação sobre crimes na Internet, por exemplo. Ou será que ensinam programação de softwares e sistema de redes no curso de direito!? Portanto, sem Lei Orgânica, que regule a atribuição dos Agentes Federais; reestruturação da carreira, adequando sua remuneração e chefias ao nível superior hoje exigido, utilizado mas não pago pelo governo federal; ascensão pautada na meritocracia; e carreira única, conforme preceitua a Constituição. Sem isso, o DPF está fadado ao fracasso, o que já se avizinha…

  7. Carlos

    9 anos atrás  

    O caminho para chegar à direção do órgão é o democrático concurso público. Quanto às entrevistas, o técnico do ministério público não fala em nome da instituição e o analista também não fala em nome do Judiciário. Por que na Polícia o escrivão falaria em nome da corporação?

  8. Macedo

    9 anos atrás  

    Não se pode confundir um agente político ( juiz, promotor) com agente público nada tem a ver. A técnico adm e analista da justiça trabalham na carreira de apoio bem diferente da Carreira policial Federal posta na constituição. Esta formada pelos cargos de Agentes, Escrivaes, pupilos copista, peritos e delegados. Simples assim. A anos os delegados tentam fazer algo que o legislador nunca quis. Desvincular a carreira. Se não fosse um governo omisso não se teria essa briga a anos. Qualquer cidadão com compreensão entendi isso. Não existe cargo pra chefia em canto nenhum do mundo.

  9. 9 anos atrás  

    […] A Diretoria Regional da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal – ADPF no Maranhão e o Sindicato dos Servidores da Polícia Federal no Estado do Maranhão – SISPFEM, veem em conjunto tornar público o repúdio às insinuações publicadas no último dia 03/09/2015, no Blog do Radialista Minard, sob o título de “Brigas internas entre Delegados e Agentes Federais podem estar dificultando a prisão de Lidiane … […]

  10. Leandro

    9 anos atrás  

    Não entendo a celeuma, pois servidor que não serve, não serve; ajudante que não ajuda, atrapalha; até entendo que para os cargos de direção e que tomam decisões, como os delegados, exista a estabilidade, mas que deveria ser confrontadas ante dados de produtividade; agora, estender a estabilidade para cargos auxiliares é ridículo, os caras não trabalham, não querem cumprir ordens, ganham 14 mil para orgulhosamente e malandramente se dizer que se acham “os caras” e não precisam obedecer ordens!? Estão loucos!? Todos obedecemos ordens, muito mais quem deveria estar na polícia! Rua nesses caras!

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