Artigo: A educação na pandemia

Secretário Felipe Camarão

O ano letivo de 2020 é atípico, para todos nós, sobretudo para a educação, cujas atividades presenciais permanecem suspensas em virtude da pandemia da COVID-19. Embora estejamos passando por um dos maiores desafios, que é manter o vínculo do estudante com a escola, o que temos visto, desde o mês de março, é uma comunidade escolar combativa, que acredita na educação, no projeto de transformação das pessoas com a Escola Digna.

Notadamente, em nove meses, a educação maranhense persevera no caminho do crescimento, graças ao empenho conjunto dos pais, professores, alunos e equipe Escola Digna, que apostam na educação e a quem rendo minha homenagem neste artigo. Professores de centenas de escolas, por exemplo, buscaram se reinventar, pensar projetos e alternativas para manter o aluno aprendendo, de forma que não abrisse mão de seus sonhos.

Nesse contexto, há muitas experiências nas diferentes regiões do Estado, como é o caso do Centro de Ensino Joviana Silva Farias, no município de Açailândia, escola referência do estado do Maranhão, que irá representar o Estado na etapa regional do Prêmio Gestão Escolar. Apesar das dificuldades impostas pela pandemia, a escola idealizou o projeto “Ninguém fica para trás”, com o ensino remoto e realização de atividades impressas para estudantes sem conectividade, além de contínua avaliação das ações, busca ativa de estudantes, alicerçadas na união da equipe escolar com os alunos e suas famílias para o enfrentamento aos desafios impostos pela pandemia.

Há algumas semanas, estive em Timon e conheci, de perto, o projeto de inteligência artificial inclusivo, desenvolvido por um grupo de estudantes do Centro Educa Mais Jacira de Oliveira e Silva, escola da Rede Pública Estadual. A “Sexta-feira”, como é denominado, é capaz de executar uma série de atividades, obedecendo a comandos de voz. Ressalte-se que esse projeto foi concebido no ano passado, mas foi neste ano que foi aperfeiçoado e conquistou o título de campeão da 17ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2020, competindo com instituições de ensino superior. Vejam, em um período adverso e pandêmico.

Apenas duas, entre as diversas iniciativas protagonizadas por nossos professores e estudantes, neste momento vivido pelas escolas estaduais maranhenses, fruto de uma nova cultura da nossa rede escolar, que está cada vez mais viva e forte para superar as barreiras que vão contra a educação pública libertadora e de qualidade, como bem reitera o gestor geral do Jacira, Gideão Santes Machado: “Essa gestão na educação está implantando uma outra cultura no estado […]. O que a gente pede é apenas que o governador Flávio Dino insista em investir na educação integral do Maranhão”.

É importante discernirmos os tempos e estações, com sobriedade e aproveitar as oportunidades que cada um nos gera. Há que se ter paciência, pois tudo isso irá passar, mas não podemos abrir mão de nossa missão, que é educar acreditando que existem saídas para todos os desafios que a vida nos impõe, e isso somente nós, seres humanos, dotados de inteligência e criatividade divina, podemos protagonizar.

Permaneçamos firmes e nunca percamos a esperança de que a educação muda as pessoas e promove, por consequência, dias melhores para todos.

“Porque há esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos.” Jó 14:7

Felipe Costa Camarão
Professor
Secretário de Estado da Educação e Reitor IEMA
Membro Titular do Fórum Nacional de Educação – FNE
Membro da Academia Ludovicense de Letras e Sócio do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

Felipe Camarão segue Flávio Dino e vai de Duarte Jr

Foto Reprodução: Twitter

O Secretário Estadual de Educação, Felipe Camarão, também se manifestou nas redes sociais e declarou apoio ao candidato a prefeito de São Luís, Duarte Jr (Republicanos) no segundo turno das eleições. Ele segue o grupo dele e do governador Flávio Dino.

Felipe Camarão é indicado para compor Fórum Nacional de Educação (FNE)

Felipe Camarão

O Secretário de Estado da Educação do Maranhão, Felipe Camarão, foi indicado pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), para compor o Fórum Nacional de Educação (FNE) como membro titular. Criado desde 2010, o Fórum é um importante espaço de diálogo e articulação entre sociedade civil, entidades diversas e poder público, acerca da política nacional de educação.

O secretário Felipe Camarão destaca que recebeu a indicação com muita alegria, para compor a entidade. “Foi com imensa responsabilidade que recebi minha indicação, como membro titular, representando Conselho Nacional de Secretários de Educação, para composição do Fórum Nacional de Educação. Um espaço muito importante para debater a educação brasileira, que deve ser discutida constantemente, principalmente em tempos tão difíceis como o que atravessamos”, declarou.

A presidente do Consed, Cecilia Motta, ressalta a escolha do conselho. “O secretário Felipe sempre participou ativamente das principais discussões do Consed. Ele tem posições muito claras em defesa de uma educação com equidade, que valoriza o professor e se preocupa com o que realmente é importante no processo de ensino e aprendizagem. Portanto, é um nome que representa bem aquilo que o coletivo de secretários acredita e vai agregar muito às discussões no Fórum Nacional”, reforçou.

São finalidades do FNE participar do processo de concepção, implementação e avaliação da Política Nacional de Educação; monitorar e avaliar a implementação do Plano Nacional de Educação; incentivar os Estados, o Distrito Federal e os Municípios a constituírem seus Fóruns Permanentes de Educação e oferecer suporte técnico para que estes coordenem as Conferências Municipais, Distrital e Estaduais de Educação, efetivem o acompanhamento da execução do PNE e dos seus planos decenais de educação; além de acompanhar, junto ao Congresso Nacional, a tramitação de projetos legislativos referentes à Política Nacional de Educação.

‘NÃO HAVERÁ MAIS AULA PRESENCIAL ESTE ANO’, diz secretário

Secretário Felipe Camarão

O Secretário de Estado de Educação do Maranhão, Felipe Camarão, acaba de anunciar que não haverá retorno das aulas presenciais na rede pública estadual este ano. A previsão é apenas para 2021.

Daqui a pouco mais detalhes.

Artigo: Um diagnóstico da educação maranhense

Felipe Camarão

Uma das preocupações do governo do Maranhão, durante a pandemia, é o déficit de aprendizagem dos alunos causado pela suspensão das aulas, não somente na rede pública estadual, mas em todas as outras redes, sobretudo dos estudantes que estão em idade de alfabetização. Diante disso, o governador Flávio Dino estabeleceu, em Decreto Estadual, a obrigatoriedade da realização de uma avaliação diagnóstica, no retorno às aulas presenciais, inclusive, com a participação das redes municipais, em Regime de Colaboração com as 217 prefeituras. Mas por que se faz necessária uma avaliação?

Estudos e pesquisas sobre a aprendizagem, notadamente as realizadas nesse tempo de pandemia, apontam que, mesmo com o ensino remoto adequado, incluindo as múltiplas ferramentas e estratégias pedagógicas não presenciais, a suspensão das aulas deverá gerar certa deficiência na aprendizagem dos alunos. Entre esses estudos, cabe citar a Nota Técnica elaborada pela organização Todos Pela Educação, intitulada “O retorno às aulas presenciais no contexto da pandemia da Covid-19” que, inclusive, cita o Estado do Maranhão como exemplo, pela parceria firmada com o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAed/UFJF), para aplicação de uma avaliação diagnóstica a todos os estudantes da rede pública – estadual e municipais – no retorno às aulas presenciais.

O documento do Todos Pela Educação justifica a necessidade da avaliação diagnóstica, em virtude das implicações decorrentes desse momento de crise, enfrentado pela educação escolar. “[…]. Somam-se a isso os efeitos adversos da crise em outras dimensões da vida dos alunos, tais como a social, emocional e econômica, que, também, afetam os níveis de aprendizagem dos estudantes. Análises mostram, por exemplo, que alunos que passam por situações traumáticas têm, posteriormente, maior dificuldade em desenvolver competências numéricas e de leitura, além de demonstrarem menor desempenho em disciplinas que exigem maior concentração”.

O Conselho Nacional da Educação (CNE), também, emitiu parecer no mês de julho com orientações acerca da avaliação diagnóstica e formativa dos alunos, no retorno às aulas presenciais “para avaliar o que o aluno aprendeu e quais as lacunas de aprendizagem” e, em relação à “avaliação formativa para identificar quais competências e habilidades foram desenvolvidas pelos alunos durante o período de isolamento; como os alunos lidaram com as atividades não presenciais; quais as dificuldades encontradas”, realça o parecer.

No Maranhão, mesmo sem data prevista para o retorno das aulas, nas escolas da rede estadual, por orientação do governador Flávio Dino, decidimos pela realização da avaliação diagnóstica, porque entendemos ser esse o momento oportuno e necessário, uma vez que essa ação, em rede, subsidiará nosso planejamento e as intervenções pedagógicas e necessárias para garantir a aprendizagem mínima a todos os estudantes da rede.

A avaliação ocorrerá de 14 a 20 de setembro, em parceria com o CAed, calibrada na escala do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), do INEP/MEC. Os testes serão aplicados de forma online para os estudantes do Ensino Médio que integram a rede estadual de ensino do Maranhão. Nossa estimativa é que cerca de 250 mil estudantes participem. Vale lembrar que o estudante poderá realizar a avaliação, em qualquer horário, conforme as suas possibilidades. Além disso, nesse período, poderá acessar quantas vezes quiser a avaliação. Posteriormente, será definida uma data específica para o Ensino Fundamental. No retorno das aulas presenciais, ainda sem data definida para ocorrer, será realizada novamente uma avaliação diagnóstica.

Cabe ressaltar que, concomitante ao processo de avaliação na rede estadual, estamos em diálogo avançado com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME-MA) para aplicar a avaliação diagnóstica, também, a todos os estudantes das redes municipais, sem custos às prefeituras.

Mesmo diante desse cenário de pandemia, este governo colocou em curso várias medidas importantes, a exemplo da avaliação diagnóstica, para tentar minimizar os impactos negativos na vida escolar dos nossos meninos e meninas. Com esse instrumento, poderemos identificar as dificuldades de cada estudante, atenuadas nesse período de suspensão de aulas presenciais, e agir para mitigá-las. Vamos em frente!

Felipe Camarão
Professor
Secretário de Estado da Educação e Reitor do IEMA
Membro da Academia Ludovicense de Letras e Sócio do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

Em Itapecuru, Neném Barradas recebe apoio de Felipe Camarão

Felipe Camarão declara apoio a Neném Barradas
Felipe Camarão declara apoio a Neném Barradas

O pré-candidato à Vereador de Itapecuru, o jovem empresário Neném Barradas, recebeu apoio de peso na última sexta-feira.

Trata-se do Secretário de Educação do Estado, Felipe Camarão, o mais bem avaliado auxiliar do governo.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, Camarão ressaltou as qualidades de Neném Barradas, e afirmou seu apoio ao pré-candidato de Barradas em Itapecuru.

Com um apoio dessa magnitude o pré candidato certamente se coloca entre os favoritos na disputa.

Confira o vídeo a seguir.

Do Blog do Gilberto Léda

Vídeo: um apoio de peso para Fred Campos em Paço do Lumiar

O secretário de Estado de Educação, Felipe Camarão, gravou um vídeo (assista acima) onde declara apoio incondicional ao pré-candidato a prefeito de Paço do Lumiar, Fred Campos.

A educação que repudia o racismo

Secretário Felipe Camarão

Nos últimos meses, o mundo assistiu a cenas tristes de racismo, como as que aconteceram com George Floyd, nos Estados Unidos, que teve sua vida ceifada, produzindo uma onda mundial de protestos, e o caso Miguel, um filho negro de uma empregada doméstica, que morreu ao cair de um prédio de luxo, em Recife, enquanto estava sob os cuidados da patroa, branca, o que gerou comoção nacional. Mas, infelizmente, atitudes racistas não são inéditas. São anos a fio nas mais diferentes esferas sociais de xingamentos, percepções equivocadas e atos discriminatórios, repetidas vezes. Alguns ganham repercussão nos veículos de comunicação e outros não.

Refletir sobre esse comportamento social remete-nos a pensar sobre qual a melhor forma de combatê-lo, e a principal delas está no campo educacional, onde se formam cidadãos e abrem-se janelas de oportunidade. Entretanto, o que é necessário ao sistema educacional para que se combata, efetivamente, esse mal tão perverso à dignidade da pessoa, que chega a limitar as chances de negras e negros a questões fundamentais como: emprego, moradia e educação?

O “Learning Policy Institute” publicou um artigo intitulado “How Will Each of Us Contribute to Racial Justice and Educational Equity Now?” (Como cada um de nós contribuirá para a justiça racial e a equidade educacional agora?), apontando que atitudes discriminatórias ficaram evidentes em toda a pandemia de COVID-19, ao justificar: “ […] à medida que crianças e famílias de cor experimentaram os resultados de maiores taxas de infecção e mortalidade, desemprego, habitação e instabilidade alimentar e a exclusão digital, que impede as crianças de se envolverem na educação e que seus pais tenham acesso a serviços de telessaúde, procura de emprego, acesso a benefícios ou entrega de mantimentos e medicamentos”, ressalta.

As autoras Linda Darling-Hammond Janel George, ambas “Learning Policy Institute”, levantaram uma questão que considero central, em nosso papel como educador. É necessário reconhecer que nossos sistemas escolares não podem mais ser cúmplices no processo de perpetuação do racismo sistêmico, envolvendo políticas, práticas injustas e discriminatórias, financiamento, currículo, entre outros. Está mais do que na hora de repensar práticas pedagógicas e adotar abordagens de honra e respeito à dignidade da pessoa humana, independente de cor.

O estado, também, aponta que a realidade social das escolas públicas tem revelado, ao logo dos anos, que práticas equivocadas de disciplina e punições só aumentam as chances de abandono e fracasso escolar. Por outro lado, investimentos em aprendizagem social e emocional, práticas restaurativas, projetos de vida e o foco no protagonismo do estudante, enquanto alvo principal do projeto político pedagógico, bem como o fortalecimento do vínculo gestão, professores e famílias, podem mitigar e até extirpar as práticas racistas, formando agentes de combate nas diferentes localidades onde esses estudantes estão inseridos ou transitam.

Merece destaque, ainda, outro artigo publicado pelo Banco Mundial, cujo foco são os efeitos da tempestade causada pelo fechamento das unidades de ensino no aprendizado das crianças, considerando diferentes períodos de fechamento de escolas (3, 5 e 7 meses). Uma das premissas é que “A combinação de estar fora da escola e a perda do sustento familiar causada pela pandemia pode deixar as meninas especialmente vulneráveis e exacerbar a exclusão e a desigualdade – especialmente para pessoas com deficiência e outros grupos marginalizados”, entre eles os negros.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), também, ratificou que a pandemia trouxe para o mundo uma profunda reflexão para onde estamos caminhando e o que faremos a partir da daqui. Sobretudo na educação, é tempo de evocar a proposta de educação de Paulo Freire, que dá ênfase à relação indissociável entre educação, conscientização e inclusão.

Portanto, todos nós, que fazemos educação, do chão da sala de aula à gestão, estamos diante de um desafio profundo de reinvenção do que é ser escola, sob a ótica de dois conceitos – equidade e resiliência – que permitam às crianças uma trajetória de aprendizagem inclusiva, antirracista, cheia de compaixão e solidariedade.

Felipe Costa Camarão
Professor
Secretário de Estado da Educação
Membro da Academia Ludovicense de Letras e Sócio do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

Não há previsão para retorno das aulas presenciais na rede pública estadual

Secretário Felipe Camarão

O Secretário de Estado de Educação do Maranhão, Felipe Camarão, declarou nas redes sociais que não há previsão da retomada das aulas presenciais na rede de ensino pública estadual. Confira abaixo.

Declaração do Secretário Felipe Camarão
Declaração do Secretário de Estado de Educação

Artigo: Todos na escola aprendendo

Secretário de Educação, Felipe Camarão

Um dos maiores desafios de qualquer Secretário de Educação, hoje, é oportunizar educação escolar, como um direito social para todas as nossas crianças, adolescentes e jovens, sobretudo, com qualidade. Todos têm que, não só, estar em uma escola digna fisicamente, mas têm que aprender e se desenvolver como cidadãos atuantes, uma dignidade que nem sempre foi garantida a todos, especialmente no Maranhão. Por essa razão, estamos sempre atentos aos indicadores educacionais de qualidade, do nosso Estado e da nossa rede pública de ensino.

Recentemente, o UNICEF lançou o projeto Trajetórias de Sucesso Escolar, uma iniciativa junto ao Instituto Claro e outros parceiros para o enfrentamento da cultura de fracasso escolar no Brasil. Foi organizada uma plataforma* que disponibiliza indicadores de fluxo retirados do Censo Escolar, com o intuito de facilitar um diagnóstico amplo sobre a qualidade ofertada pelas redes públicas no país, por região, estado, município e escola, para subsidiar estratégias de enfrentamento dos problemas educacionais de cada realidade brasileira.

Os dados nos levam a refletir sobre a seguinte questão: o que significa o “fracasso ou sucesso escolar”? Não é muito simples a resposta. Estudiosos afirmam que há indicadores culturais, sociais e econômicos, integrando fatores extraescolares que interferem diretamente na aprendizagem dos alunos. Por exemplo, algo como essa pandemia que estamos vivendo, inusitada, com certeza tem impactos sobre a aprendizagem. Por outro lado, os estudos também afirmam que há fatores intraescolares que interferem na aprendizagem dos estudantes, relacionados à política de ensino, estratégias escolares, definição curricular, gestão da sala de aula e outros. Esses fatores se refletem nas ações que nós, gestores e educadores, podemos fazer para minimizar o que chamamos de “fracasso escolar”.

O caso mais grave de fracasso escolar é quando o estudante desiste dos estudos, da escola e da educação formal. Isso é o que chamamos de “abandono escolar”. Acontece por vários motivos, sendo os principais ligados a fatores intraescolares e factíveis de intervenções pedagógicas, que podem mudar o rumo do estudante em direção à desistência. Um dos pressupostos da Escola Digna é ser uma escola das oportunidades, dos sonhos, das possibilidades e não do abandono. Especialmente nos dados divulgados pelo UNICEF, podemos vislumbrar que no Maranhão estamos trabalhando para diminuir o abandono escolar.

No levantamento, observa-se que, nas séries iniciais do Ensino Fundamental, 1,69% dos estudantes abandonam a escola. Na Região Nordeste e no Maranhão, especificamente na rede Municipal, onde temos a matrícula massiva de alunos, o quantitativo cai para 1,61%, sendo uma das primeiras vezes que o Maranhão eleva a média da Região Nordeste, destacando-se com um número menor de alunos que abandonam a escola, nessa etapa da educação básica.

O mesmo acontece com as séries finais do Ensino Fundamental. A Região Nordeste tem a média de 4,71% de abandono escolar e o Maranhão, na rede Estadual, 3,24% e, na rede municipal, 4,65%. Esses dados indicam a tendência que as políticas de enfrentamento ao fracasso escolar, com a Escola Digna, têm dado resultados muito positivos no que se refere à minimização do abandono da escola.

No Ensino Médio, também, os dados são interessantes e animadores. Na Região Nordeste, a taxa é de 7,77% de abandono escolar, quando, no Maranhão, a taxa cai para 7,27% na rede estadual, onde se encontra a massiva matrícula da rede pública do ensino no Estado. Estamos avançando, na rede estadual de ensino, para erradicação do abandono escolar, pois essa é a nossa meta. Com a implantação, nos últimos anos, da Educação Integral, dos IEMAs, de um currículo vivo e dinâmico, a voz dos grêmios estudantis se faz sentir e os estudantes estão se encontrando nos seus territórios, construindo trajetórias de sucesso, pois estão em uma escola que faz parte do seu “sonho de vida”.

Quanto menor o abandono escolar, maior o sucesso dos nossos estudantes, na educação e na vida. Nada disso teria acontecido se não fosse a determinação do Governador Flávio Dino em eleger a educação como uma de suas prioridades. Isso significa que investir em nossas crianças e juventude pode, sim, mudar a realidade educacional e econômica do nosso Maranhão.

Finalizo com uma frase da Chefe do escritório do UNICEF, no Maranhão, Ofélia Silva, ao destacar a melhoria no desempenho das políticas e resultados educacionais de nosso Estado. “Isso é fundamental para aquilo que sonhamos todos juntos, que cada criança tem o direito de estar na escola, de permanecer na escola e que a escola tenha qualidade para oferecer um futuro e um projeto de desenvolvimento para cada criança, para cada família e para o estado inteiro. Parabéns a todos os maranhenses que fazem parte dessa iniciativa.”

*Plataforma: https://trajetoriaescolar.org.br/painel/estado/21/2018/

Felipe Camarão
Professor
Secretário de Estado da Educação
Membro da Academia Ludovicense de Letras e Sócio do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão