Relatório aponta crescimento significativo de prisões no Maranhão

Desembargador Froz Sobrinho

O desembargador Froz Sobrinho, coordenador geral da Unidade de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (UMF/TJMA), apresentou aos desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão o relatório bienal de atividades institucionais do biênio 2016/2017, com todos os dados dos 15 programas desenvolvidos pelo órgão no Estado.

Conforme o documento, em 18 reuniões institucionais com o Ministério Público do Maranhão, Defensoria Pública, juízes da capital e do interior, a UMF tratou de vários temas pertinentes ao sistema carcerário, incluindo a regulamentação de tornozeleiras eletrônicas, alvarás de soltura eletrônicos, identificação criminal, interoperalidade de sistemas, súmula vinculante nº 56, entre outros.

No programa de gestão integrada, que envolve também campanhas institucionais e audiências públicas, mereceu destaque a realização do 1º Fórum de Juízes Criminais e Execução Penal (Fojucep) e os workshops sobre saúde mental, monitoração eletrônica, Setembro Amarelo e Semana APAC.

No biênio 2016/2017, a Unidade de Monitoramento Carcerário contribuiu para a consolidação do Conselho da Comunidade de São Luís, ajudando também no fortalecimento de outros 37 instalados no Estado. Foram 1.268 atendimentos em 2016, e 1665 em 2017, totalizando 2.933.

Além das inspeções nas 13 unidades prisionais de São Luís, a Unidade de Monitoramento Carcerário teve participação ativa no Grupo de Análise de Presos Provisórios – GAPP e no Mutirão de Presos Provisórios+100 Dias.

Em 2016, foram analisados 2.772 processos, resultando em 473 decisões de soltura. Já em 2017, 6.221 processos passaram por análise, com 1.984 decisões de solturas. Nos procedimentos administrativos relativos a morte, fugas e torturas, 102 casos foram abertos, em 2017.

No que se refere à transferência e recambiamento, foram feitos 35 pedidos nesse sentido para fora do Estado e 54 entre unidades prisionais do Maranhão.

PRISÕES – Dados apresentados no relatório apontam um crescimento significativo de prisões no Estado do Maranhão. O ano de 2016 iniciou com 7.979 presos em unidades prisionais e delegacias. Em 2017, esse número saltou para 13.401, registrando-se um crescimento de 1.000 presos por ano, apesar dos mutirões, uso de tornozeleiras eletrônicas e audiências de custódia.

Weverton votará representando a população na Reforma da Previdência

Weverton Rocha esteve em cinco municípios neste fim de semana

“Nós, na bancada federal, estaremos sempre atentos para trabalhar em defesa de vocês. Estamos rodando o Maranhão e consultando a população sobre o seu posicionamento quanto à Reforma da Previdência, para alinharmos o nosso voto na Câmara Federal”, disse o deputado federal Weverton (PDT) no município de Lago dos Rodrigues, fazendo referência a si próprio e ao deputado Juscelino Filho (DEM), que também esteve presente.

O governo quer votar a Reforma da Previdência ainda este ano.

Weverton perguntou aos presentes se seriam contra ou a favor da Reforma.

Na última sexta, Weverton visitou cinco municípios do Maranhão – Lagoa Grande, Lago do Junco, Lago dos Rodrigues, Igarapé Grande e Pedreiras.

Em Lagoa Grande, ele acompanhou governador Flávio Dino (PCdoB), que fez uma série de entregas e investimentos, dentre os quais a inauguração da primeira escola de campo do estado, em Vila Kenio, dentro do programa Escola Digna. A escola vai atender alunos que moram no campo, com uma pedagogia que contempla a realidade dos estudantes, incluindo os saberes rurais e as tradições locais. “O Povoado Vila Kenio fica realmente distante da sede do município e da capital do estado. Aqui as crianças eram invisíveis e agora passaram a ser visíveis perante os olhos do Governo do Estado, podendo ter a oportunidade de no futuro serem alguém na vida”, destacou o deputado.

Em Lago do Junco, o deputado participou da entrega da reforma de uma escola e da quadra do colégio e, visitou uma fábrica de processamento de óleo de babaçu da Cooperativa dos Pequenos Produtores Agroextrativistas de Lago do Junco (COPPALJ), onde ouviu as demandas de seus trabalhadores. Assim como no município de Lago dos Rodrigues, a terceira cidade do roteiro, Lago do Junco foi contemplada com toneladas de sementes, ampliação do Sistema Simplificado de Abastecimento de Água e dezenas de itens esportivos.

Nos dois municípios o governador anunciou, ainda, o início das obras do Mais Asfalto.

À noite Weverton seguiu para o município de Igarapé Grande, onde, acompanhado do prefeito Erlânio Xavier (PDT) e de políticos e lideranças da região, participou da abertura do festejo da padroeira da cidade, N. Senhora da Conceição. Ele encerrou o dia em Pedreiras, onde se reuniu com lideranças locais.

O Quilombo resiste

Carlos Lula, Secretário de Saúde do Estado

Por Carlos Lula

Em porões de navios e condições subumanas. Assim chegaram os primeiros negros no Brasil, seres humanos forçados a deixarem suas terras, escravizados e tratados com crueldade por aqueles que sequer os consideravam humanos: eram contabilizados como mercadorias nos registros dos comércios, ao lado dos quilos de farinha e dos animais. Mas para além dos livros de história, dos quadros e dos registros fotográficos, é preciso lembrar que três séculos de escravidão deixaram marcas profundas na sociedade brasileira, especialmente no que se diz respeito à deficiência de políticas públicas voltadas para a população negra.

É que apesar da abolição oficial da escravatura, persiste no Brasil um racismo silencioso e não declarado, que, sob o discurso do convívio harmônico entre etnias no país, tem como legado, segundo dados do Ministério da Saúde, a maior precocidade dos óbitos da população negra, as altas taxas de mortalidade materna e infantil, a maior prevalência de doenças crônicas e infecciosas, bem como os altos índices de violência urbana que incidem em maior intensidade sobre essa parcela da população.

Na língua Banto, “kilombo” significa povoação ou fortaleza. Em Angola, era o local no qual os guerreiros passavam por rituais de iniciação para o combate e a magia. Assim, os quilombos, a princípio identificados como comunidades autônomas de escravos fugitivos no Brasil, converteram-se em importante opção de organização social da população negra e espaço de resgate de sua humanidade. Converteram-se de um espaço de fuga da opressão para um espaço de construção de outra história.

É nesse sentido que os quilombos resistem. Os últimos dados do Programa Brasil Quilombola indicam que quase 75% das famílias quilombolas brasileiras ainda vivem em situação de extrema pobreza. A causa desse alto índice seria a falta de acesso aos serviços básicos, como saneamento e energia elétrica. Em outro contexto, portanto, e décadas após o fim da escravidão, é preciso continuar resistindo para se tentar dissipar esse legado.

No Maranhão – onde 80% da população é considerada negra, segundo o IBGE – estamos dando largos passos para garantir o acesso da população negra aos serviços públicos, e aqui queremos dar destaque à área da saúde. No último dia 27 de novembro, o governador Flávio Dino assinou o decreto nº. 33.361, que implementa a Política Estadual de Saúde Integral da População Negra e das Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e Quilombola do Maranhão, um avanço legal na promoção da equidade.

Nas diretrizes e objetivos da política, estão incluídas ações de prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde da população negra, observando as suas peculiaridades, bem como gestão participativa e controle social. Desde a sua construção, através da realização de escutas territoriais sobre saúde da população negra nas 19 Unidades Regionais de Saúde – com a participação de lideranças do movimento negro, quilombolas, gestores e técnicos da saúde – a política lançou um olhar sobre a saúde.

Mais do que isso, a política reconhece que existem peculiaridades que precisam ser observadas. Afinal, além dos costumes, culturas e ambientes, existem fatores genéticos que interferem nas condições de saúde do público negro. Entre as doenças mais comuns na população afrodescendente estão anemia falciforme, doenças cardiovasculares e hipertensão arterial, aneurisma da aorta, câncer de próstata, diabetes e glaucoma. As estratégias de saúde precisam levar isso em consideração, sob o risco de, não só ignorar as principais necessidades, como de desperdiçar recursos com ações desnecessárias e pouco eficazes.

O combate às desigualdades sociais de qualquer cunho não aceita meias palavras. Por isso, nossos esforços para a implementação da Política Estadual de Saúde Integral da População Negra e das Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e Quilombola do Maranhão. É preciso ser efetivo e urgente nas estratégias de recuperação da dignidade humana. A promoção do acesso da população aos serviços e ações de saúde com equidade e, principalmente, qualidade, é uma prioridade da Secretaria de Estado da Saúde.

Substituímos a escravidão de homens por uma mensagem falsa aperfeiçoada ao longo dos anos, que garante direitos iguais a todos os cidadãos – sobretudo em relação a saúde. Se por um tempo a nossa arrogante humildade levou-nos a acreditar neste discurso, por outro lado potencializou a ocorrência de problemas de saúde na população negra. Isto é, as desvantagens materiais e simbólicas historicamente sofridas pelos negros e a escassez de ações efetivas para o seu enfrentamento podem prorrogar as disparidades nas condições de vida e saúde indefinidamente. Não basta, portanto, reconhecer o grito do quilombo, o que faz o Decreto, mas adotar uma postura de encarar nossos problemas históricos e entender que ainda há um longo caminho para superar as condições de vulnerabilidades e iniquidades a que está submetida a população negra. É esse o nosso objetivo.

Edital do concurso da Saúde será publicado nesta segunda-feira (11)

Foto Divulgação

O edital para o concurso da saúde criado pelo Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, será publicado nesta segunda-feira (11). Estão sendo oferecidas mil vagas no quadro efetivo da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh), responsável pela gestão de 45 unidades de saúde na capital e no interior do estado.

As inscrições serão realizadas a partir do dia 18 de dezembro, por meio do site do Instituto AOCP, organizadora do concurso, com o pagamento do valor de R$ 80 para nível médio e técnico e R$ 120 para nível superior. Os aprovados no certame terão direito a remunerações que variam de R$ 1.000 (nível médio) a R$ 7.425,31 (nível superior).

Das vagas autorizadas, serão ofertadas 60 oportunidades na área médica em diferentes especialidades, 630 vagas para as funções de enfermeiro e de técnico de enfermagem, além de 310 vagas distribuídas para os cargos de biomédico, bioquímico, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, odontólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional, técnico em saúde bucal, advogado, analista administrativo, jornalista e assistente administrativo.

O candidato deve escolher a Regional de Saúde para a disputa da vaga no ato da inscrição. A distribuição dos candidatos aprovados no concurso será de acordo com a necessidade/conveniência das unidades de saúde nas regionais as quais os candidatos se inscreveram. As vagas foram distribuídas de acordo com as necessidades das respectivas unidades, apontadas num levantamento feito pela própria rede de saúde.

A presidente da Emserh, Ianik Leal, reforçou o compromisso do Governo do Maranhão com a gestão da saúde, com o constante acompanhamento do trabalho desenvolvido na saúde pública estadual e, sobretudo, compromisso com o usuário, demonstrando que é possível executar um atendimento público satisfatório para o setor. “A realização do concurso é uma demonstração do compromisso do Governo do Estado e da Secretaria de Saúde com a garantia de acesso, por mérito, ao setor público, por meio de concurso, de maneira transparente. Desta forma, busca-se oferecer uma assistência cada vez mais qualificada na rede de saúde do estado”, destacou.

A presidente da Emserh disse, ainda, que a autorização dada para o concurso não interfere na situação dos candidatos aprovados nos seletivos realizados em 2015. “O concurso não interfere no seletivo. As pessoas continuam sendo chamadas, conforme manda a lei, até o final do prazo regulamentar. Todo o procedimento para o lançamento do edital do concurso, provavelmente, só será concluído em janeiro de 2018”, explicou.

Este é o primeiro concurso da saúde depois de 25 anos, sendo que o último foi realizado ainda em 1992. Os candidatos serão submetidos à aplicação de provas objetivas e prova de títulos para os classificados dentro do número de vagas previsto no edital. A carga horária e os vencimentos dos profissionais aprovados obedecerão à Consolidação das Leis do Trabalho.

Confira as vagas aqui.

Morre aos 98 anos a atriz Eva Todor

Eva Todor
Eva Todor

Morreu na manhã deste domingo (10) a atriz Eva Todor, aos 98 anos. A causa da morte foi pneumonia. A atriz será cremada, e o velório será realizado na segunda-feira (11), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, segundo familiares.

Com mais de 80 anos de carreira no teatro e na TV, Eva recebeu diagnóstico de Mal de Parkinson há alguns anos e vivia reclusa em sua casa, na Zona Sul do Rio. Seu último trabalho na TV foi na novela “Salve Jorge”, de 2012.

Eva estava em internação domiciliar (home care) desde o dia 9 de setembro deste ano. Antes, a atriz havia sido internada na Casa de Saúde São José, na Zona Sul do Rio. Ela era viúva e não tinha filhos.

Carreira

Antes de ganhar as TVs do país, Eva Fódor Nolding brilhou no teatro nos anos 1930, quando começou a fazer sucesso no teatro. Nessa época adotou Todor, uma versão aportuguesada de seu sobrenome.

A atriz estreou no cinema na década de 60, em “Os Dois Ladrões”, de Carlos Manga, quando atuou ao lado de Oscarito. No ano seguinte, foi contratada pela TV Tupi.

Ao longo da carreira, Eva Todor chegou a fazer papéis dramáticos, mas brilhou mesmo nas comédias, gênero no qual se consagrou. Ela estreou na TV Globo em 1977, na novela Locomotivas, de Cassiano Gabus Mendes.

A partir daí, o nome de Eva Todor passou a ser uma constante na teledramaturgia. Ela fez Coração Alado (1980), Sétimo Sentido (1982), O Outro (1987), Top Model (1989), Brava Gente, Malhação (1995), Hilda Furacão (1998), O Cravo e a Rosa (2000), Sob Nova Direção, A Diarista (2004), América (2005), Casos e Acasos (2008), Caminho das Índias (2009) e Salve Jorge (2012).

Em depoimento ao site Memória Globo, a atriz fez um balanço extremamente positivo da própria carreira:

Posso ser vaidosa? Pretensiosa? Avalio minha carreira brilhante: longa, sem tropeços, sem desastre, contínua, respeitada, com prestígio aqui e além-mar“, disse.

Estive três vezes com a minha companhia, por conta própria, na Europa. Uma vez eu fiz uma temporada em Lisboa de 11 meses. Levei minha companhia para a África. Tudo o que eu tenho, conquistei com teatro e ajudada pela televisão. Viajei há pouco tempo para a Argentina, e fui numa casa de tango. Quando entrei, recebi uma salva de palmas – só tinha brasileiro”, continuou.

Minha vida foi tranquila, limpa, muito transparente em todos os sentidos. Peço licença para ser pretensiosa, mas podem verificar, podem pesquisar, e vão saber que estou falando a verdade”, destacou Eva.

Da Hungria para o Brasil

Eva era húngara e nasceu em 9 de novembro de 1919. Sua mãe era designer de moda e seu pai era comerciante de tecidos finos. Todos eram muito ligados em arte e, por isso, matricularam a menina, ainda com 4 anos, na Ópera Real da Hungria, onde ela aprendeu a dançar balé clássico.

A família imigrou para o Brasil, fugindo das dificuldades pelas quais passava a Europa pós-guerra. Aqui, Eva continuou as aulas de balé e aos 9 anos já havia se apresentado em espetáculo de dança solo, acompanhada de um pianista, no Teatro Municipal de São Paulo.

Fonte: G1

Caema emite nota sobre restabelecimento de emergência do Sistema Italuís

A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA) vem a público informar que:

1. Contratou as empresas privadas Edeconsil Construções e Locações, PB Construções, EIT Construções e para realizar a obra da nova adutora do Sistema Italuís.

2. Na tarde da última sexta-feira (8), foi finalizado o serviço de interligação da nova adutora, antes do prazo estabelecido.

3. Infelizmente, na noite de sábado (9), ocorreu vazamento de grande porte no começo do Campo de Perizes, na junta Y. A peça, fabricada pela empresa Memps Engenharia, não suportou a pressurização na linha de distribuição.

4. Desde o momento do rompimento, equipes da CAEMA e das empresas privadas trabalham no local ininterruptamente, para a resolução do problema.

5. Nesse momento, está sendo feito restabelecimento emergencial, para permitir que as empresas privadas contratadas (Memps Engenharia, PB Construções, Edeconsil Construções e Locações e EIT Construções) encontrem a solução definitiva para o problema, de responsabilidade deles.

6. Novas informações serão repassadas à população nas próximas horas, à medida que os trabalhos de reparo avancem.

Vídeo: Caema deve se manifestar sobre novo rompimento no Sistema Italuís

Um grande vazamento impediu a normalização do abastecimento de água em diversos bairros de São Luís neste fim de semana. Houve um rompimento em Periz de Baixo que impediu que a religação do Sistema Italuís, prevista para ontem, fosse realizada com sucesso.

A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) foi acionada já está tentando solucionar o problema mas até o momento ainda não se manifestou.

Vários bairros da capital maranhense continuam sem água.

Atenção servidor estadual: Governo pagará 2ª parcela do 13º no dia 15

Foto Reprodução

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), anunciou pelas redes sociais que pagará a segunda parcela do 13º salário no próximo dia 15 de dezembro.

Mais uma vez o governo vai antecipar o pagamento dos servidores públicos. “Sempre que houver viabilidade financeira a antecipação será feita”, garantiu o governador. A efetivação do pagamento beneficia mais de 110 mil servidores do Estado.

Os contracheques são disponibilizados para os servidores na versão digital, pelo site da Secretaria de Estado da Gestão e Previdência (Segep). Para acessar, é necessário apenas a senha, que pode ser cadastrada presencialmente, na sala do Portal do Servidor (situada no Edifício Clodomir Milet, s/nº, térreo), ou pelos telefones (98) 3131-4191 ou 3131-4192.

Artigo: Escola Digna para mudar nossa história

Foto Reprodução

Por Flávio Dino

Paulo Freire é reconhecido no mundo todo por uma ideia transformadora: a de que a Educação é capaz de fazer as pessoas entenderem melhor o mundo à sua volta, e assim mudá-lo. Os ensinamentos deste mestre me inspiraram na decisão de ter lançado o Escola Digna, maior programa de investimento em educação da história de nosso estado. Porque tenho convicção de que é a educação o melhor instrumento de superar perversas desigualdades e obter desenvolvimento verdadeiro.

Também me inspiro na história do saudoso Leonel Brizola, que quando governou o Rio Grande do Sul, priorizou a educação, criando uma verdadeira rede de educação pública. Esse investimento criou as condições para que seu estado se transformasse em referência na qualidade do ensino ao longo das décadas seguintes. Aqui ao lado, desde que rompeu o ciclo oligárquico nos anos 90, o Ceará passou a investir em educação, construindo um caminho de melhorias em seus índices de qualidade de vida.

No Maranhão, só recentemente pudemos vencer os 50 anos de domínio oligárquico que se abateram sobre nosso estado, nos ceifando as oportunidades de desenvolvimento. Ao longo dessas cinco décadas, tentaram ludibriar a população com recorrentes promessas mirabolantes de investimentos em “grandes projetos” que nunca saíram do papel.

Não tenho dúvidas de que o processo mais seguro, para alcançar uma etapa de desenvolvimento para nosso estado, é a educação. Por isso, estamos reformando ou reconstruindo mais de 600 escolas, que representam mais da metade da rede estadual de ensino. Também assumimos a responsabilidade de colaborar com os municípios, construindo 300 Escolas Dignas onde antes as crianças aprendiam em prédios precários.

Dignidade também significa colocar lápis e caderno nas mãos das crianças. O Bolsa Escola, do Governo do Estado, já investiu R$ 100 milhões no maior programa estadual de apoio à compra de material escolar do País, que também gera negócios em milhares de pequenas empresas em todos os municípios.

Criamos 18 escolas de tempo integral, sendo 7 IEMAs (Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão), número este que será dobrado no próximo ano. Democratizamos a gestão das escolas, com a eleição direta de gestores e com as escutas pedagógicas. E valorizamos os professores, pagando um dos maiores salários do país para docentes com carga horária de 40 horas semanais.

Nossas ações, ainda em etapa inicial, já começam a dar resultados. É o que pode ser visto pelo IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Revertemos uma tendência de queda no índice e já avançamos em 2016. Em 2018, tenho a convicção de que vamos colher o mais alto índice da nossa história.

Não vamos parar até que a educação do nosso Estado saia dos últimos lugares. Ontem mesmo estava em Santo Antônio dos Lopes, inaugurando mais uma Escola Digna, de um total de cinco inauguradas em uma semana. Lá vi professores chorando, alunos cantando e declamando poemas, funcionários orgulhosos. Garanto a vocês: não há presente maior para mim, pois em cada jovem estudante vejo os jardineiros que estão a semear uma sociedade mais justa e fraterna.