Dono da Frisama tem prisão decretada por sonegar mais de R$ 173 milhões

Ministério Público Federal
Ministério Público Federal

A pedido do Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA), a Justiça Federal decretou a prisão preventiva do empresário Roberto Luiz da Silva Logrado, acusado de manter esquema milionário de sonegação fiscal, além do sequestro de seu patrimônio e de familiares, até o valor de R$ 173.152.706,56. Como fruto da decisão judicial, já foram bloqueados R$ 8,6 milhões em saldos financeiros e realizada a indisponibilidade de nove veículos registrados no nome família Logrado. O empresário está foragido desde o dia 9 de setembro de 2016, quando foi expedido mandado de prisão preventiva.

O pedido de prisão foi feito pela Procuradoria da República no município de Imperatriz (PRM/Imperatriz), a partir de investigação realizada pelo MPF como desdobramento da Operação “Abatedouro”, ocorrida no ano de 2006. Na operação, a Receita Federal apurou a existência de um grupo econômico formado por sociedades empresariais – Grupo Frisama – que atua no ramo do abate e frigorificação de carne e por meio do qual foi montado esquema de sonegação fiscal nas dependências do Frigorífico do Sudoeste do Maranhão – Frisama, localizado na cidade de Açailândia (MA) e administrado por Roberto Logrado.

As empresas que compõem o grupo Frisama e atuam no Maranhão, são: Frigorífico Açailândia Ltda (Feisama), Frigorífico Industrial Açailândia e Industrial e Comercial de Alimentos Ltda. Já no estado do Pará, foram identificadas as empresas Frigorífico Eldorado Ltda (Friel), Matadouro Eldorado Ltda e Frigorífico Industrial Altamira Ltda, constituídas em nome de “laranjas”.

De acordo com as investigações, o Frisama celebrava contratos fictícios de prestação de serviço com terceiras empresas contratantes. O recolhimento dos tributos deveria ser realizado por essas empresas que, na verdade, eram constituídas no nome de “laranjas”, com exclusivo propósito de sonegar os tributos devidos à Receita Federal. Os dados da Receita mostraram que Logrado chegou a utilizar como administradores pessoas analfabetas, sem bens e com suspeita de que nem sequer existem.

Por meio de fiscalização da Receita Federal foram constatadas diversas irregularidades na atuação do grupo Frisama, tais como: omissão de dados geradores de contribuição previdenciária (a exemplo da remuneração de empregados), movimentação financeira incompatível com a receita bruta declarada pela empresa e movimentação financeira de empresa declarada à Receita como inativa.

No decorrer das investigações, o MPF promoveu pesquisa patrimonial do acusado identificando os terceiros usados para ocultação dos bens pertencentes a Roberto Logrado, sendo eles a ex-esposa do empresário e os três filhos, Jacqueline Santos Logrado, Vitor Santos Logrado e Diego Santos Logrado. Dentre os bens registrados no nome do acusado e família, estão carros de luxo, quinze fazendas localizadas no Maranhão e Pará, além da Faculdade Vale do Aço Ltda, localizada no município de Açailândia (MA).

Atendendo aos pedidos do MPF, a Justiça decretou: a prisão preventiva de Logrado; o sequestro (já cumprido) de nove veículos; apreensão de cotas sociais de 11 empresas localizadas no Maranhão e Pará (dentre elas frigoríficos, empresa de turismo, informática, distribuidora de alimentos e a Faculdade Vale do Aço); apreensão de R$ 173.152.706,56 mantidos por Roberto Logrado e seus três filhos (Jacqueline, Vitor e Diego Logrado), dos quais R$ 8.684.407,43 já foram bloqueados; indisponibilidade de 15 imóveis registrados no nome da família, bem como quebra de sigilo bancário de Logrado, ex-esposa e filhos, e de mais seis empresas integrantes do grupo Frisama.

Quadrilha explode banco Bradesco e metralha quartel da PM em Matinha

Bandidos explodem banco e metralham o destacamento da Polícia Militar de Matinha
Bandidos explodem banco e metralham o destacamento da Polícia Militar de Matinha

Cerca de dez homens fortemente armados com fuzis e pistolas promoveram uma noite de terror na cidade de Matinha, localizada há 248 Km de São Luís, nas primeiras horas desta quinta-feira (1º).

A quadrilha explodiu a agência do banco Bradesco e levou todo o dinheiro do local que havia sido abastecido nesta quarta-feira (30).

Na fuga, os bandidos dispararam várias vezes contra a parede do alojamento da Polícia Militar para impedir que os dois PM’s que estavam de serviço saíssem em reação. Uma mulher feita refém teria sido baleada.

Após roubarem banco, os criminosos fugiram em duas caminhonetes hilux, um corsa e algumas motos. Há informações e q os mesmos estariam encurralados em um povoado chamado Rafael próximo a outro povoado de nome Xulanga.

Foram enviados reforços para a Polícia Militar afim de tentar prender os bandidos. Até o momento não há registro de prisão.

VÍDEO: falso manifestante tenta agredir deputado Weverton Rocha

O deputado federal Weverton Rocha (PDT) por pouco não foi agredido por um homem disfarçado de manifestante nesta quarta-feira (30) no aeroporto de Brasília.

O episódio lamentável ocorreu em consequência da aprovação da emenda de autoria do parlamentar que prevê que magistrados e integrantes do Ministério Público respondam por crime de abuso de autoridade quando apresentarem com conduta incompatível ao cargo.

A emenda também deve modificar a Lei de Improbidade Administrativa para prever que a pessoa que apresentar representação ou ação de improbidade contra agente público poderá ser punida com prisão de seis a dois anos e multa, além de ressarcimento por danos materiais e morais, se o ato da denúncia ocorrer “de maneira temerária”. Hoje a lei só prevê que será punido quem fizer a denúncia sabendo que o acusado é inocente.

Diante da aprovação da emenda, integrantes do MP alegaram que a Operação Lava Jato iria paralisar uma vez que os procuradores do MPF já preparam uma força-tarefa para abandonar os trabalhos se a “proposta de intimidação de juízes e procuradores” for sancionada pela presidência da República.

A atitude do falso manifestante ontem contra o deputado Weverton é inaceitável e mostra o desrespeito pela própria Constituição Federal. Ele foi contido por seguranças depois de partir ‘pra cima’ do deputado.

Mesmo sendo constrangido, o pedetista não se intimidou e ao ser atacado reagiu informando que a Policia Federal já se manifestou sobre o caso informando através de nota que quem cuida da operação Lava Jato é a própria PF, não o Ministério Público.