O ataque à Força Nacional ocorrido na última quarta-feira (10), quando três militares da corporação entraram por engano no complexo de favelas da Maré, no Rio de Janeiro provocando a morte do agente Hélio Andrade, que atuava na segurança da Olimpíada, está causando revolta nos demais policiais e agentes que estão à serviço na capital carioca.
Hélio era natural do Estado de Roraima. Ele foi atingido com um tiro na cabeça, sendo socorrido em estado grave no Hospital Salgado Filho, em seguida operado, mas não resistiu ao ferimento e morreu na noite desta quinta (11).
O que muitos não sabem, é que o comandante da operação que terminou em tragédia, trata-se de um capitão da PM do Acre que, segundo relatos repassados com exclusividade ao Blog, abandonou o militar baleado deixando o local onde ocorreu o ataque evitando um confronto com bandidos.
Um dos relatos incríveis foi feito corajosamente por um Sargento da Polícia Militar do Maranhão que encontra-se na capital Olímpica e revoltou-se com a postura assumida pelo oficial em deixar um companheiro para trás.
No áudio abaixo, o 1º Sargento da PMMA, Wilson Dias, chama o capitão de “BOSTA, BUNDÃO”. Ouça:
https://api.soundcloud.com/tracks/278009065
Vale ressaltar que o Sargento maranhense recebeu apoio de militares de vários Estados que estão no Rio e que também se revoltaram com a atitude do capitão que comandava a operação.
Em outro relato, um policial maranhense desabafa com exclusividade ao Blog: “Polícia não pode mas a bandidagem anda de fuzil 556 na pista, de metralhadora barata, fuzil ak 47 e tudo mas nós não podemos. Mal espero a hora e ir pra meu Estado do Maranhão por que mesmo com todos os riscos de levar um tiro e ser abatido, mas eu não ando me escondendo de vagabundo”.
De acordo com informações repassadas ao Blog a situação dos militares oriundos de diversos Estados da Federação e que fazem a segurança nos Jogos Olímpicos não é das melhores, inclusive maquiada pelo Governo Federal. Hoje, o presidente da República em exercício classificou o episódio que culminou na morte do militar da FN como um ‘ACIDENTE’. “Foi um lamentável acidente, mas que foi imediatamente combatido. […] Houve, de qualquer maneira, presença das forças federais e estaduais que lá estão”, declarou Temer.