Após acusação de racha, Brandão afirma: “Lula é um forte aliado da nossa gestão”

Carlos Brandão e Lula

O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), respondeu publicamente às declarações do vice-governador Felipe Camarão (PT), que o acusou de provocar um racha na base política que apoia o presidente Lula no estado. Em entrevista à Folha de S.Paulo, Camarão sugeriu que Brandão teria rompido um acordo político ao apoiar a pré-candidatura de Orleans Brandão ao governo, o que estaria fragmentando o grupo.

Em reação, Brandão reafirmou seu compromisso com a unidade e descartou qualquer intenção de dividir a base aliada:

“Nos discursos que faço desde que assumi o governo reforço que trabalho por unidade e parceria. Prova disso é que temos a meta de receber os 217 prefeitos do Maranhão, independentemente de lado político.”

Brandão também rebateu diretamente a tentativa de associar sua condução ao enfraquecimento da aliança com o governo federal:

“O presidente Lula é um forte aliado de nossa gestão e temos o apoiado de forma pública diariamente. Afirmações diferentes disso tentam apenas descredibilizar a nossa parceria com o governo federal e os municípios.”

Felipe Camarão afirmou que havia um entendimento de que Brandão deixaria o cargo em 2026 para disputar o Senado, abrindo espaço para que ele concorresse ao governo. Segundo o vice-governador, a entrada de Orleans Brandão na disputa desestabiliza o grupo político:

“Sabe quem é o maior prejudicado com isso? É o Lula. Porque se o nosso time se divide aqui, como o Brandão está rachando o nosso time aqui, o maior prejudicado vai ser o Lula, porque a tendência é a votação dele cair aqui no Maranhão se a gente sair separado”, declarou Camarão à reportagem.

A troca de declarações escancara o clima de tensão dentro da base governista maranhense. Brandão aposta na imagem de gestor municipalista e conciliador, sem perder a liderança sobre prefeitos e aliados.

Republicanos ganha espaço no governo Brandão com a nomeação de Celso Dias para a SEDEL

Foto Reprodução

O governador Carlos Brandão oficializou a nomeação de Celso Dias para a Secretaria de Estado do Esporte e Lazer (SEDEL), em uma articulação que garantiu ao Republicanos um espaço estratégico no governo. A indicação partiu do deputado federal Aluisio Mendes, novo aliado da base palaciana.

A pasta do Esporte e Lazer tem grande capilaridade social e pode servir como importante vitrine institucional, sobretudo em ano pré-eleitoral.

Ao assumir a SEDEL, o novo secretário prometeu uma gestão voltada ao fortalecimento do municipalismo e à valorização do esporte como ferramenta de transformação social. “Minha trajetória tem raízes nos municípios. Quero ser um elo entre o governo do Estado e os projetos locais, trabalhando ao lado dos prefeitos, promovendo inclusão e cidadania através do esporte e do lazer”, afirmou.

A mudança também implica em substituição: sai Naldir Lopes, indicado por Fábio Macedo.

TRF-1 anula provas contra Tiago Bardal, mas ex-delegado segue condenado

Tiago Bardal

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) anulou as provas que sustentavam acusações por associação criminosa e contrabando de cigarros contra o ex-delegado da Polícia Civil do Maranhão, Tiago Bardal. A decisão foi proferida no último dia 11 de julho, em Habeas Corpus julgado pela Terceira Turma da Corte.

O caso envolvia uma operação na região do Quebra-Pote, em São Luís, conduzida pela SECCOR. Segundo o TRF-1, houve quebra ilegal de sigilos fiscais e financeiros de pessoas que sequer eram investigadas, com uso de relatórios de inteligência obtidos sem autorização judicial. Todas as provas derivadas desses dados foram declaradas nulas.

Apesar da decisão, Bardal continua condenado por outros crimes. Em 2020, foi sentenciado a 10 anos e 8 meses de prisão por liberar carga ilegal de cigarros mediante propina de R$ 180 mil, quando chefiava a SEIC. Ele também responde por apropriação indébita, prevaricação e suspeita de proteger quadrilhas de assalto a banco.

Expulso da Polícia Civil em 2019, Bardal segue preso e responde a diversos processos.

 

Documento obtido pelo blog junto ao Portal O Informante.
Documento obtido pelo blog junto ao Portal O Informante.

Brandão e Weverton lideram corrida ao Senado, aponta Econométrica

Foto Reprodução

A mais recente pesquisa do Instituto Econométrica, divulgada nesta segunda-feira (14), mostra que a disputa pelo Senado no Maranhão tem dois nomes à frente: o governador Carlos Brandão (PSB) e o senador Weverton Rocha (PDT). Ambos aparecem tecnicamente empatados

Carlos Brandão lidera com 18,6% das intenções de voto, seguido de perto por Weverton Rocha, que soma 16,1%.

Na sequência, o ex-senador Roberto Rocha (PRD) aparece com 11,8%, acompanhado de perto pelo ministro dos Esportes, André Fufuca (PP), com 11,2%. A senadora Eliziane Gama (PSD) registra 9,9%, enquanto o deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União Brasil) pontua com 6,1%.

O levantamento ainda mostra um índice de indecisos e insatisfeitos: 9,8% disseram que pretendem anular o voto ou votar em branco, enquanto 16,5% não souberam ou preferiram não responder.

Econométrica: Braide lidera, Orleans avança e Lahesio mantém terceiro lugar

Foto Reprodução

O Instituto Econométrica divulgou nesta segunda-feira (14) mais uma rodada de pesquisa de intenção de voto para o Governo do Maranhão, revelando um cenário cada vez mais competitivo. O destaque do levantamento vai para o secretário estadual de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão (MDB), que surge com 22,4% das intenções de voto e consolida sua pré-candidatura como o nome em ascensão na disputa pelo Palácio dos Leões.

Realizada entre os dias 2 e 7 de julho, a pesquisa ouviu 1.302 eleitores em todo o estado. A margem de erro é de 2,7 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.

Na liderança, aparece o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), com 30,6%, mantendo-se como o principal adversário a ser batido. O ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (Novo), figura na terceira colocação com 20,7%. Já o vice-governador Felipe Camarão (PT) registra 12,5%, em um momento de definição interna na base governista. Brancos e nulos somam 4,9%, enquanto 8,8% dos entrevistados não souberam ou preferiram não responder.

O desempenho de Orleans Brandão reforça seu crescimento sustentado e mostra que seu nome tem conquistado espaço fora dos círculos do governo.

Atuação política de Flávio Dino

A pesquisa também testou a percepção popular sobre a atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, no cenário político local. A maioria dos entrevistados, 54,5%, acredita que Dino continua fazendo política partidária no Maranhão. Outros 35,1% discordam dessa avaliação, enquanto 10,4% não souberam opinar.

O levantamento reforça a movimentação das peças no tabuleiro eleitoral de 2026 e antecipa um cenário de forte disputa interna, principalmente dentro do grupo governista, que ainda precisará resolver questões como palanque e composição de chapas majoritárias.

 

A PATA DO LEÃO: PV muda de lado e, com mais 25 vereadores, fecha com Orleans Brandão

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Paulo Victor (PSB) voltou a fazer o que sabe melhor: jogar conforme o vento. Nesta sexta-feira (11), o presidente da Câmara de São Luís abandonou qualquer resquício de fidelidade ao projeto de Felipe Camarão (PT) e aderiu à pré-candidatura de Orleans Brandão (MDB) ao governo do Estado.

A conversão foi selada durante um almoço com o próprio Orleans, atual secretário de Assuntos Municipalistas, acompanhado por nada menos que 25 vereadores da base governista da capital. Entre garfadas e promessas de investimentos para São Luís, o grupo celebrou o novo alinhamento político.

Paulo Victor, que em 2023 era um dos principais entusiastas de Camarão, agora caminha ao lado da mesma família que chamava de “passado”. De olho em 2026, busca viabilidade para sua candidatura à Assembleia e sabe que longe dos Brandão o jogo fica sem torcida — e sem juiz.

No Legislativo Estadual, Orleans Brandão já conta com maioria

Nada menos que 26 deputados estaduais — a maioria absoluta da Casa — já declararam apoio ao nome de Orleans Brandão (MDB) como pré-candidato ao governo.

A força demonstrada no Parlamento estadual reforça o favoritismo do atual secretário de Assuntos Municipalistas, que articula com habilidade, acumula apoios estratégicos e passa a ser tratado como nome natural dentro do grupo governista.

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Justiça bloqueia bens de prefeito do MA por superfaturamento em obra de ponte

Prefeito Rômulo Arruda

A Justiça determinou o bloqueio de bens do prefeito de São Pedro dos Crentes, Rômulo Costa Arruda, da servidora Delinan Sousa Nascimento, do empresário Emiliano Brito de Moraes, do engenheiro José Carlos de Carvalho e da construtora Brito Eireli. A decisão liminar, atendendo pedido do Ministério Público do Maranhão, foi proferida no último dia 7 de julho e fixa o valor de R$ 23.145,95, referente ao superfaturamento na reforma de uma ponte sobre o rio Farinha — obra que, segundo o MP, não foi totalmente executada.

Além do bloqueio de bens, a Justiça proibiu a Construtora Brito Eireli de participar de licitações e assinar novos contratos públicos em qualquer esfera administrativa até nova decisão judicial.

A medida foi resultado de ação de improbidade administrativa proposta pela promotora Dailma Maria de Melo Brito Fernandez, da 1ª Promotoria de Justiça de Balsas. A investigação começou após denúncia de que a empresa havia recebido pagamento por uma obra não concluída. A ordem de pagamento foi emitida em novembro de 2023 com base em atestado de medição falsificado.

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O empresário Emiliano Brito admitiu que a reforma só foi executada em julho de 2024 — após o caso ser alvo do MP — e que a obra foi terceirizada. A Promotoria aponta que houve apenas uma intervenção superficial na ponte, com reparos visíveis na parte superior, enquanto as estruturas inferiores ficaram intactas, comprometendo a segurança da população.

Parecer técnico da Procuradoria-Geral de Justiça confirmou o superfaturamento e a recuperação parcial da ponte. Itens essenciais como sinalização também foram ignorados. Além disso, vistoria realizada na sede da construtora revelou que a empresa não operava regularmente — sem funcionários, veículos ou estrutura mínima.

Outro ponto destacado pelo MP é que o contrato da obra foi prorrogado sem justificativa. Embora o aditivo tenha sido assinado em 29 de dezembro de 2023, sua publicação oficial só ocorreu oito meses depois, em agosto de 2024.

Para a promotora, não se trata de erro de gestão, mas de conduta deliberada para desviar recursos públicos. “Houve pagamento por serviço inexistente, o que indica intenção clara de prejudicar o patrimônio público e a população de São Pedro dos Crentes”, concluiu.

Weverton confirma alinhamento com Brandão e reforça palanque unificado de Lula no MA

Weverton confirma alinhamento com Brandão em 2026

O senador Weverton Rocha (PDT) declarou, em entrevista à TV Mirante nesta sexta-feira (11), que o governador Carlos Brandão (PSB) será o responsável por liderar o palanque do presidente Lula (PT) no Maranhão nas eleições de 2026. Weverton também confirmou que estará junto nesse processo, reforçando a unidade do grupo político em torno do projeto nacional liderado por Lula.

“Quem vai coordenar esse processo é o governador Carlos Brandão”, afirmou o parlamentar, que disputará a reeleição ao Senado. Segundo ele, a orientação do presidente Lula é clara: construir uma frente ampla no estado, com todas as forças políticas reunidas no mesmo palanque.

“O presidente Lula nos orientou a estarmos todos juntos no mesmo palanque aqui no Maranhão, no palanque que ele participou. E quem é o comandante desse palanque, o líder desse processo? É o governador do Estado, que, inclusive, está muito bem avaliado”, destacou Weverton.

Durante a entrevista, o senador reforçou a importância da coesão do grupo para o fortalecimento do projeto nacional e estadual. “Não dá para, por conta de um projeto A, B ou C, você perder o foco principal. O representante, o líder desse processo aqui no Maranhão, junto ao palanque majoritário, é o governador Carlos Brandão”, disse.

Veja a entrevista:

Quem paga a conta da nova tarifa de Trump?

Trump e Bolsonaro

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pode desencadear efeitos devastadores em setores-chave da economia do país e acender alertas sobre a estabilidade macroeconômica no curto e médio prazo.

A medida, anunciada nesta quarta-feira (9), atinge diretamente as exportações de petróleo, aço, carne bovina e café — todos entre os principais itens da pauta comercial entre Brasil e EUA. Também devem ser afetadas as vendas de suco de laranja e aeronaves, dois segmentos com forte presença no mercado norte-americano.

Além do baque direto sobre as empresas exportadoras, o impacto já se refletiu nos indicadores econômicos. O dólar disparou logo após o anúncio, evidenciando o nervosismo do mercado financeiro. Para o economista Robson Gonçalves, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o cenário é preocupante: “Se o dólar permanecer alto, a inflação no Brasil persiste e o Banco Central mantém os juros elevados — hoje em 15%, o maior nível em quase duas décadas. Isso desacelera o crescimento e pode empurrar a economia para uma recessão.”

Com o real desvalorizado, produtos importados ficam mais caros, o que pressiona ainda mais os índices inflacionários. A resposta clássica do Banco Central, o aumento da taxa de juros, desestimula o consumo e os investimentos, agravando o desaquecimento da atividade econômica.

Embora os reflexos mais diretos atinjam os produtores brasileiros, o efeito da nova tarifa também pode ser sentido nos Estados Unidos. O café, por exemplo, é um dos itens mais sensíveis. O Brasil é o maior fornecedor da bebida para os EUA — que, por sua vez, lideram o consumo mundial — com cerca de 8 milhões de sacas exportadas anualmente. O aumento do custo de importação pode pressionar os preços internos no mercado americano e gerar incômodo entre consumidores e setores da indústria alimentícia.

Com a imposição da tarifa, o governo brasileiro ainda não se pronunciou oficialmente sobre eventuais retaliações ou medidas diplomáticas. Nos bastidores, no entanto, há expectativa de que o Itamaraty e o Ministério da Fazenda atuem para conter o impacto e buscar uma via de negociação com Washington.

Prefeito de Capinzal do Norte é alvo do MP por suspeita de desvio de R$ 7,1 milhões em obras

Prefeito de Capinzal do Norte, Abnadar de Sousa Pereira

O cerco se fecha contra o prefeito de Capinzal do Norte, Abnadar de Sousa Pereira. O Ministério Público do Maranhão instaurou um inquérito civil para apurar suspeitas de improbidade administrativa, desvio de finalidade e uso indevido da estrutura pública em obras contratadas com recursos municipais.

Segundo a representação encaminhada pela vereadora Raylla Rodrigues Galeno, funcionários da prefeitura e maquinário oficial teriam sido mobilizados para executar serviços que deveriam ser realizados exclusivamente pelas empresas Anderson M. Carneiro Ltda e Lima Matos Serviços Ltda, contratadas para a manutenção de estradas vicinais com recursos na ordem de R$ 7.177.559,20.

A denúncia aponta uma engenharia suspeita entre a gestão municipal e as empresas contratadas. Apesar dos contratos firmados, a execução das obras teria contado com mão de obra e equipamentos da própria prefeitura, o que configuraria grave desvio de finalidade e possível lesão ao erário.

O inquérito mira não apenas o prefeito, mas também a secretária de Finanças, Lidiane Pereira da Silva, que é sobrinha do gestor e figura como responsável pela assinatura de contratos, controle dos repasses e acompanhamento direto das obras.

Entre os elementos apresentados à Promotoria, há registros visuais (fotos e vídeos) e testemunhos que reforçam a denúncia. Os materiais mostram equipamentos com identificação da prefeitura sendo utilizados nas obras, além da presença de servidores municipais nos canteiros de trabalho.

O inquérito foi aberto pelo promotor Rodrigo Ronaldo Martins Rebelo da Silva, que  já determinou a requisição de documentos, como os processos licitatórios, diários de obras, medições de serviços, comprovantes de pagamento, além de informações sobre a frota municipal e a lotação dos servidores durante o período de execução das obras. Também foram solicitadas explicações das empresas sobre a origem da mão de obra e equipamentos utilizados.