Câmara de São Luís empossa Antônio Garcez como novo vereador

Antônio Garcez assumiu a vaga de Edmilson Jansen
Antônio Garcez assumiu a vaga de Edmilson Jansen

O presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Astro de Ogum (PR), deu posse, nesta segunda-feira (22) ao suplente Antônio Garcez, como titular da vaga deixada pelo vereador Edmílson Jansen, que morreu no sábado (13), após complicações em uma cirurgia de hérnia umbilical.

A cerimônia de posse do mais novo vereador ocorreu as 10h00, no Plenário Simão Estácio da Silveira, do Palácio Pedro Neiva de Santana, sede do legislativo da capital. Em pronunciamento na tribuna da Câmara, logo após ser empossado, Garcez afirmou que a expectativa é imensa para trabalhar em favor da população ludovicense apoiando, inclusive, as ações e projetos do prefeito Edivaldo Júnior que estarão em tramitação na Casa.

“Minhas intenções e expectativas são as melhores possíveis. Estou preparado para assumir esse importante desafio que é o mandato de vereador. Sei que estou assumindo em função da morte de um colega, mas tudo acontece pela vontade de Deus. E hoje estou aqui para tomar posse e pretendo trabalhar em favor da população ludovicense e apoiar as ações e projetos do prefeito Edivaldo Júnior nesta Casa”, declarou o parlamentar.

Perfil

Nascido em São Luís, no dia 12 de junho de 1956, Antônio José Lima Garcez tem 60 anos e é comerciante. No pleito municipal de 2 de outubro de 2016, ele obteve 2.955 votos nominais e ficou como primeiro suplente da Coligação “O Trabalho Continua”, composta pelos partidos PT/PTC. Esta foi à quinta vez que ele disputou uma vaga no Poder Legislativo Municipal. Com a efetivação de Garcez no cargo, o ex-vereador Vieira Lima, também, do PTC passou a ocupar a primeira suplência da coligação.

Histórico

Em 2000, Antônio Garcez despertou interesse pela política partidária e filiou-se ao Partido Trabalhista do Brasil (PTdoB), onde disputou as eleições daquele ano e obteve 1.856 votos, ficando como suplente na legislatura 1997-2000. Nas eleições de 2004, já filiado ao extinto Partido dos Aposentados da Nação (PAN), conquistou 3.008 votos, mas também não foi eleito vereador.

Garcez ficou com suplente em outras três eleições: Em 2008, quando obteve 3090 votos; Em 2012, quando alcançou 3.600 votos; e também em 2016, onde conquistou 2.955 votos. Depois de cinco eleições, o político conseguiu se efetivar no cargo.

Veja imagens do aliado de Temer correndo com a mala cheia de dinheiro

Agentes da Polícia Federal de São Paulo flagraram o aliado do presidente Michel Temer (PMDB), deputado federal Rocha Loures (PMDB-PR), correndo com uma mala de dinheiro recebido das mãos do diretor da JBS Ricardo Saud no dia 24 de abril deste ano.

As imagens mostram o deputado correndo com a mala com R$ 500 mil em dinheiro vivo que seria utilizada para comprar o silêncio de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, preso desde o ano passado, conforme revelado em gravações divulgadas na semana passada.

No vídeo acima pode-se ver Loures desconfiado e apressado ao sair do estacionamento de uma pizzaria nos Jardins em São Paulo.  O deputado teve o pedido de prisão feito pela Procuradoria-Geral da República mas foi negado pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, relator da Lava Jato. Loures foi afastado do mandato de deputado assim como o senador Aécio Neves (PSDB).

Operação citada por Temer justificando reunião com Joesley ocorreu dias depois

Presidente Michel Temer

O presidente Michel Temer afirmou que aceitou receber Joesley Batista, dono da JBS, em 7 de março, porque achou que ele falaria sobre a Operação Carne Fraca, que investigava irregularidades em frigoríficos. No entanto, a operação só foi deflagrada dez dias depois, em 17 de março. A justificativa de Temer foi dada em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo”, publicada nesta segunda-feira (22). A incoerência foi apontada nesta manhã pelo jornal “O Globo”.

Em 7 de março, Temer recebeu Joesley na calada da noite no Palácio do Jaburu, sua residência oficial. A conversa foi gravada pelo empresário e entregue recentemente à Procuradoria Geral da República. Segundo o procurador-geral Rodrigo Janot, o áudio indica a “anuência” de Temer ao pagamento de propina mensal, por Joesley, para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba pela Operação Lava Jato.

Na entrevista à “Folha de S.Paulo”, Temer disse: “Mas veja bem. Ele é um grande empresário. Quando tentou muitas vezes falar comigo, achei que fosse por questão da Carne Fraca. Eu disse: ‘Venha quando for possível, eu atendo todo mundo'”.

Ainda ao jornal, Temer afirmou que “num primeiro momento” não sabia que Joesley Batista era investigado, embora a JBS tenha sido alvo de três operações recentes do Ministério Público Federal e da Polícia Federal – a Cui Bono?, a Sespis e a Greenfield.

Para o presidente, a gravação de Joesley foi uma tentativa de induzir uma conversa. “Tenho demonstrado com relativo sucesso que o que o empresário fez foi induzir uma conversa. Insistem sempre no ponto que avalizei um pagamento para o ex-deputado Eduardo Cunha, quando não querem tomar como resposta o que dei a uma frase dele em que ele dizia: ‘Olhe, tenho mantido boa relação com o Cunha’. [Eu disse] ‘mantenha isso’”, disse referindo-se a parte da ‘boa relação’.

Alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de suspeita de corrupção passiva, obstrução à Justiça e organização criminosa, Temer enfrenta a maior crise política de seu mandato.

Neste fim de semana, a Ordem dos Advogados do Brasil decidiu apresentar pedido de impeachment ao Congresso, onde a oposição já lidera um movimento pela saída do presidente. Além disso, informou o colunista do G1 Gerson Camarotti, os articuladores políticos do governo foram avisados que parte da base aliada quer a renúncia do peemedebista.

Fonte: G1

Aécio Neves é demitido e perde coluna semanal na Folha de S. Paulo

Aécio Neves deve ser afastado do Senado

Os últimos dias não têm sido nada agradáveis para o senador, agora afastado do cargo e da presidência nacional do PSDB, Aécio Neves, após delação bombástica do empresário Joesley Batista, dono da JBS.

Em gravações divulgadas na semana passada, Aécio pedia propina a Joesley, também investigado na Operação Lava Jato. Apesar das conversas gravadas, o senador se diz inocente. E agora depois de ser afastado, ele também perdeu o direito de escrever a coluna semanal na Folha de S.Paulo, onde o fazia há seis anos.

Mesmo demitido da Folha, Aécio Neves ainda pôde escrever um último texto publicado no Jornal da Barão de Limeira. Veja-o abaixo:

Nos últimos dias, minha vida foi virada pelo avesso. Tornei-me alvo de um turbilhão de acusações, fui afastado do cargo para o qual fui eleito por mais de 7 milhões de mineiros e vi minha irmã ser detida pela polícia sem absolutamente nada que justificasse tamanha arbitrariedade.

Tenho sentimentos, sou de carne e osso, e esses acontecimentos -o que é pior, originados de delações de criminosos confessos, a partir de falsos flagrantes meticulosamente forjados- me trouxeram enorme tristeza. Também, por certo, alimentaram decepção naqueles que confiaram em mim ao longo de minha vida pública. É principalmente a estes que ora me dirijo.

Tenho me dedicado a tentar construir um país melhor. Neste último ano empenhei-me em ajudar o presidente Michel Temer no árduo trabalho de reerguer o país, o que, avalio, vem sendo bem-sucedido. Há, porém, muitos insatisfeitos e contrariados com as mudanças em marcha.

Tudo isso sofreu um abalo sísmico, na semana passada, com a divulgação de gravações covardemente feitas pelo réu confesso Joesley Batista de conversas com o presidente da República e de outras que manteve comigo. Nestas, ele tenta conduzir o diálogo para criar-me todo tipo de constrangimento.

Lamento sinceramente minha ingenuidade -a que ponto chegamos, ter de lamentar a boa-fé! Não sabia que na minha frente estava um criminoso sem escrúpulos, sem interesse na verdade, querendo apenas forjar citações que o ajudassem nos benefícios de sua delação.

Além do mais, usei um vocabulário que não costumo usar, e me penitencio por isso, ao me referir a autoridades públicas com as quais já me desculpei pessoalmente.

Mas reafirmo: não cometi nenhum crime!

Setores da imprensa vêm destacando uma acusação do delator de que, em 2014, eu teria recebido R$ 60 milhões em “propina”. Mas muito poucos tiveram a curiosidade de pesquisar e constatar que isso se refere exatamente aos R$ 60 milhões que a JBS doou legalmente a campanhas do PSDB naquele ano.

E foram raros também os que se interessaram em registrar afirmações dos próprios delatores sobre mim -“nunca nos ajudou em nada” e “nunca fez nada por nós”, disseram a meu respeito. Então pergunto: onde está o crime? Aliás, de qual crime acusam a mim e a meus familiares?

Em março deste ano, solicitei a minha irmã e minha amiga, Andrea, que procurasse o senhor Joesley, a quem ela não conhecia, e oferecesse o que já havíamos feito sem sucesso com outros empresários brasileiros: a compra do apartamento em que minha mãe mora, herança do seu falecido marido, e que já estava à venda. Parte desse valor nos ajudaria a arcar com os custos de minha defesa.

Foi do delator a sugestão de fazer um empréstimo com recursos lícitos, que ele chamava “das suas lojinhas”, e que seria naturalmente regularizado por meio de contrato de mútuo, até para que os advogados pudessem ser pagos.

O contrato apenas não foi celebrado porque a intenção do delator não era esta, mas sim criar artificialmente um fato que gerasse suspeição e contribuísse para sua delação.

Daí por diante, fomos vítimas de uma criminosa armação feita por elementos que não se constrangeram em criar falsas situações para receber em troca os extraordinários benefícios de sua delação, inclusive ganhando dinheiro especulando contra o Brasil e contra os brasileiros, em razão da crise provocada pela divulgação das gravações. Para eles, o crime e a calúnia certamente compensam.

São, portanto, evidentes o comprometimento de meus acusadores e a inconsistência do teor das acusações dirigidas contra mim e minha família. Fui vítima de criminosa armação. Mas isso não significa que não tenha errado.

Errei ao procurar quem não deveria. Errei mais ainda, e isso me corrói as vísceras, em pedir que minha irmã se encontrasse com esse cidadão, que em processo de delação arquitetou um macabro e criminoso plano para obter certamente ainda mais vantagens em seu acordo.

Vale aqui registro em relação aos motivos usados para a suspensão de meu mandato parlamentar, iniciativa para a qual não há precedentes.

Nenhum de meus atos legislativos e políticos demonstram qualquer intenção de obstruir a Lava Jato ou qualquer outra investigação, tampouco interferir em instituições encarregadas de apurar os fatos. Ao contrário, minhas posições sempre foram claras e legitimadas pelo exercício de meu mandato.

A partir de agora, dedicarei cada instante de minha vida a provar minha inocência e a de meus familiares, a mostrar que honrei os mandatos e a confiança que os eleitores de Minas e de todo o país me delegaram em mais de 30 anos de vida pública.

Usarei como armas a lei e a verdade para que esta injustificável violência contra Andrea e contra Frederico seja rapidamente revertida.

Acredito na força da nossa democracia, confio na Justiça e na integridade das nossas instituições. Estou convicto de que, ao cabo do devido processo legal e do desenrolar das investigações, a verdade prevalecerá e a correção de meus atos e de meus familiares restará provada.

Diante da necessidade de dedicar-me integralmente à minha defesa, deixo de ocupar nesta Folha o espaço que, durante quase seis anos, ocupei semanalmente, buscando contribuir para aprofundar a discussão sobre os problemas do país.

Aos leitores da Folha que me acompanham nesta jornada, de alegrias e tristezas, deixo meu sincero agradecimento. Aos brasileiros, reafirmo a minha determinação de enfrentar este momento de incompreensões, com a coragem e a altivez que jamais me faltaram ao longo de toda a minha caminhada. A verdade prevalecerá!

Fuga em Pedrinhas: 24 presos estão foragidos, 6 recapturados e 2 mortos

Presos sendo recapturados após fuga em massa

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), através de nota, informou que 32 presos conseguiram fugir na noite deste domingo (21), depois que o muro do antigo Centro de Detenção Provisória foi destruído por explosivos.

Porém, deste total seis foram recapturados e dois morreram em confronto com agentes penitenciários. Veja a nota.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informa que na noite deste domingo (21) houve uma fuga da Unidade Prisional de Ressocialização de São Luís 6 (UPSL 6), antigo CDP. Seis detentos foram recapturados, 24 permanecem foragidos e dois internos morreram, após imediata resposta do Grupo Especial de Operações Penitenciárias (Geop), que controlou a situação no local.

A fuga se deu depois que parte do muro da unidade prisional foi explodido pelo lado de fora, por pessoas ainda não identificadas, e detentos de duas celas do Pavilhão Gama, que serraram as grades e conseguiram passar pelo buraco causado pela explosão.

Após troca de tiros entre bandidos e agentes penitenciários do Geop de plantão, dois internos vieram a óbito, um no local e outro no hospital. Policiais civis e militares também foram acionados, e seguem no encalço dos evadidos.

A gestão prisional ressalta que, por estar separada do Complexo Penitenciário de São Luís, a UPSL 6 é a única unidade prisional masculina que ainda não dispõe de Portaria Unificada e inspeção por BodyScan, a exemplo das demais que compõe o complexo carcerário.

O caso é investigado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), por meio do Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO) da Superintendência de Estado de Investigações Criminais (Seic), que terá 30 dias para a conclusão do inquérito policial.

Nos últimos dois anos, o Governo do Estado investiu forte na segurança e na revitalização do complexo, e conseguiu zerar o número de homicídios intramuros, tirando o Maranhão do topo para último no ranking que mede a taxa de violência nos presídios do país.

Projeto Voluntariado em São José de Ribamar mobiliza mais de 3 mil pessoas

Ações do projeto Voluntariado Municipal em Ribamar
Ações do projeto Voluntariado Municipal em Ribamar

Cerca de três mil pessoas aderiram ao projeto Voluntariado Municipal, lançado neste fim de semana pela prefeitura de São José de Ribamar por meio da Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Renda. O projeto que já havia sido criado em 2005, quando da primeira gestão do prefeito Luis Fernando, traz em sua nova edição, a proposta de integração das comunidades além de ampliar a participação popular no estímulo de práticas que levem a cidadania, melhoria da qualidade de vida e aproximação com a gestão pública.

O prefeito ribamarense, Luis Fernando, acompanhado do vice-prefeito, Eudes Sampaio, explicou que o projeto foi totalmente reconstruído para que fosse posto em ação para as comunidades.

“Esse é um projeto que vale mais que uma prefeitura, uma vez que é feito pela comunidade que é quem conhece de fato sua realidade, dificuldades e deficiências. Na primeira edição, os grupos pediram e nós demos como prêmio do voluntariado, uma praça na Vila Kiola, asfaltamento para o bairro Santa Teresinha, além de sistema de abastecimento de água na Vila Roseana Sarney”, detalhou.

Já são 64 grupos de 62 comunidades inscritas, o que somam mais de 3 mil pessoas engajadas, completou, “que irão colaborar diretamente nas ações que a prefeitura realizar, sobretudo ações comunitárias e campanhas”.

A secretária de assistência social, trabalho e renda, Sônia Meneses, explica que cada grupo deverá trabalhar em prol de suas comunidades, no sentido de desenvolver ações nas mais diversas áreas como forma de práticas voluntárias que de alguma forma, torne melhor o espaço onde vivem.

“Esse é um projeto que soma esforços com o intuito de desenvolver as comunidades, de levar trabalho e atender as demandas da população. Os grupos se reúnem e realizam ações em parceria com a prefeitura, voltadas a todas as áreas e ao final do ano a comissão de trabalho vai avaliar as ações realizadas pelos grupos e assim premiar as melhores práticas voluntárias”, garantiu.

Entre as premiações para o primeiro, segundo e terceiro colocado, pavimentação de até 2km de asfalto, construção de praças, área de lazer, academia ao ar livre, ateliê de costura, kits de cozinha, esportivo, aparelho de som completo além de eletrodomésticos.

Presos derrubam muro e fogem de Pedrinhas: um morre e outros são pegos

Um interno foi morto e outros sete recapturados

Um grande tumulto ocorreu na noite deste domingo (20) no Complexo Penitenciário de Pedrinhas em São Luís. Presos derrubaram o muro do Centro de Detenção Provisória (CDP) e tentavam fugir quando foram recapturados pela policia. Houve tiros e um dos apenados foi morto.

Um total de 26 presos teria conseguido escapar, porém, de acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária, sete deles já foi recapturado.

Na ação foram usados explosivos entre as guaritas 3 e 4 do CDP para detonarem o muro e assim conseguirem empreender a fuga em massa.

Preso baleado
Um interno foi morto e outros sete recapturados

Wellington Uchôa assume o comando da Prefeitura de Presidente Vargas

Posse de Wellington Uchôa
Posse de Wellington Uchôa

Após pedido de licença para tratamento de saúde do prefeito de Presidente Vargas, Herialdo Pelúcio (PCdoB), o vice-prefeito Wellington Uchôa (PEN), assumiu por 120 dias, o comando da prefeitura.

A solenidade de posse foi realizada na última sexta-feira (19) no Plenário da Câmara Municipal. O vereador e presidente da Casa, Junior do Charapim, estava ausente, portanto a sessão foi presidida pelo vereador e vice-presidente, Geovane Aguiar.

Os vereadores presentes usaram a tribuna e todos os discursos foram de união e empenho pelo tão sonhado desenvolvimento do município.

Wellington Uchôa após fazer o juramento e ser empossado, fez um discurso simples, rápido, porém de esperança aos Presvarguenses, comprometendo-se em cumprir neste momento os comprissos de campanha que ele e Herialdo fizeram com a população.

Fonte: Blog do Thales Castro

OAB decide apresentar à Câmara pedido de impeachment de Temer

Presidente Michel Temer

Depois de mais de sete horas de reunião, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil decidiu na noite deste sábado (20), por 25 votos a 1, aprovar o relatório que recomenda que a entidade ingresse com pedido de impeachment do presidente Michel Temer.

O pedido será protocolado nos próximos dias na Câmara dos Deputados.

Cada voto representa a OAB de um estado ou do Distrito Federal (DF). O Acre, ausente, não votou. A representação do Amapá foi a única a votar contra o pedido de impeachment. Todos as demais unidades da federação votaram a favor do pedido.

O relatório foi elaborado por uma comissão formada por seis conselheiros federais e concluiu que “as condutas do presidente da República, constantes de inquérito do STF, atentam contra o artigo 85 da Constituição e podem dar ensejo para pedido de abertura de processo de impeachment”.

Na votação, o Conselho Pleno da OAB decidiu pelo pedido de abertura de processo de impeachment por considerar que o presidente Michel Temer cometeu crime de responsabilidade.

Temer é alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizado pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato, para que ele seja investigado por suspeita de corrupção passiva, obstrução à Justiça e organização criminosa.

O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, afirmou que o momento é de “tristeza”.

“Estamos a pedir o impeachment de mais um presidente da República, o segundo em uma gestão de um ano e quatro meses. Tenho honra e orgulho de ver a OAB cumprindo seu papel, mesmo que com tristeza, porque atuamos em defesa do cidadão, pelo cidadão e em respeito ao cidadão. Esta é a OAB que tem sua história confundida com a democracia brasileira e mais uma vez cumprimos nosso papel”, disse.

A comissão da OAB que elaborou o parecer pró-impeachment foi formada logo depois da revelação dos áudios e do teor da delação à Procuradoria Geral da República (PGR) dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da empresa JBS. Integraram a comissão Ary Raghiant Neto (MS), Delosmar Domingos de Mendonça Júnior (PB), Flávio Pansieri (PR), Márcia Melaré (SP) e Daniel Jacob (AM).

A comissão apontou falha do presidente ao não informar às autoridades a admissão de crime por Joesley Batista, que na noite de 7 de março deste ano usou um gravador escondido para registrar diálogo com Temer durante encontro na residência oficial do Palácio do Jaburu. Na ocasião, Joesley disse que teria corrompido um juiz, um juiz substituto e um procurador da República.

Segundo a comissão, Temer faltou com o decoro ao se encontrar com o empresário sem registro da agenda e supostamente ter prometido agir em favor de interesses dele. Para a comissão, ao não informar sobre cometimento de ilícitos, Temer incorreu em omissão, infringiu a Constituição, a Lei do Servidor Público, cometendo crime de peculato.

Defesa queria mais tempo

Durante a reunião do Conselho Federal da OAB, o advogado Gustavo Guedes, em defesa do presidente Michel Temer, pediu mais tempo para apresentar defesa diante do órgão. Carlos Marun, advogado e deputado do PMDB, também pediu que o conselho aguardasse uma perícia sobre os áudios antes de decidir.

Mas o pedido da defesa foi rejeitado. Na votação, 19 das 27 bancadas que representam os estados se manifestaram pela rejeição dos argumentos da defesa. Sete bancadas (AL, AP, DF, MA, MT, PR e SC) foram favoráveis ao pedido da defesa. A bancada do Acre não votou.

Votaram pela rejeição do pedido de Temer e pelo prosseguimento da análise do relatório da comissão da OAB, favorável ao impeachment, as bancadas de AM, BA, CE, ES, GO, MS, MG, PA, PB, PE, PI, RJ, RN, RS, RO, RR, SP, SE e TO.

Na discussão do mérito do relatório da comissão, os conselheiros também abordaram a questão da possibilidade de eleições diretas ou indiretas para a Presidência da República.

Alguns conselheiros argumentaram que o Congresso não tem legitimidade para promover uma eleição presidencial indireta; outros argumentaram que aprovar uma proposta de emenda constitucional (PEC) sobre a eleição direta poderia significar casuísmo.

Ex-presidente nacional da OAB, Cézar Britto defendeu a “consulta ao povo” como saída para a crise. Argumentou ainda que a análise do caso tem de ir além da perícia dos áudios e considerar o contexto. Ressaltou o fato de que até agora não foi desmentido que os que cometeram ilícitos agiram em nome do presidente. Britto também declarou que “é preciso reagir à delação premiadíssima”, e que o MP não pode devolver apenas parte do patrimônio desviado. Ainda nessa linha, ele argumentou que, nesta delação premiadíssima, devolve-se metade do que foi roubado e legaliza-se o resto.

O presidente da OAB-SP, Marcos da Costa, defendeu a solução pela Constituição – ou seja, a eleição indireta.

Joaquim Felipe Spadoni, conselheiro de Mato Grosso, argumentou contra o “achincalhe” da colaboração premiada. Numa dura crítica aos empresários da JBS, afirmou que a sociedade não consegue acreditar que criminosos estão livres passeando em Nova York. Falou a favor de se pensar em medidas alternativas.

Raimundo Palmeira, conselheiro de Alagoas, argumentou que quem se relaciona com bandido confesso não tem condições de comandar uma nação.

Henri Clay Andrade, presidente da OAB-SE, disse que é preciso “bater forte” na “farra da delação premiada”. E que o “prêmio” dado à JBS é um escândalo de grandes proporções. E que não vai haver estabilidade política se for eleito um presidente no conchavo de deputados e senadores.

Nos discursos, os conselheiros também defenderam a necessidade de Reforma Política.

Do G1

Câmara vai instalar sistema de votação por meio de painel eletrônico

Astro de Ogum, presidente da Câmara Municipal de São Luís
Astro de Ogum, presidente da Câmara Municipal de São Luís

Para dar mais transparência e agilidade à atividade legislativa, a Câmara Municipal de São Luís (CMSL), está prestes a inaugurar o novo sistema de votação do Plenário Simão Estácio da Silveira, com funcionalidades do painel eletrônico. O sistema eletrônico de votação mostrará o nome do vereador, o partido, a quantidade de vereadores presentes, assim como os votos e as abstenções, caso as tenha.

Para votar, por meio do sistema digital, o parlamentar utilizará o próprio microfone, com uma senha pessoal que será cadastrada no banco de dados. A mesma tecnologia, que será utilizada pela Câmara é a mesma que o Senado Federal já usa. O sistema visa dar mais modernidade a Casa.

De acordo com o presidente Astro de Ogum (PR), a mudança integra um projeto de modernização que implantado em sua gestão, que vem sendo desenvolvido ao longo dos anos.

“O objetivo da ação é melhorar a transparência e a divulgação das atividades que ocorrem no plenário ao público interno e externo, além de facilitar o acesso da sociedade às informações”, declarou.

O sistema já instalado no Plenário e vem sendo testado para dá mais agilidade, transparência e modernização.

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