Enquanto os profissionais do Samu enfrentam dificuldades salariais e condições precárias de trabalho, o prefeito Eduardo Braide (PSD) firmou um contrato milionário com a empresa Sinavias Projeto e Execução de Obras Viárias Ltda.
Na manhã desta quinta(28), os profissionais realizaram uma paralisação de advertência em frente à sede do Samu, localizada no bairro Filipinho. A reivindicação chama a atenção para questões relacionadas ao reajuste salarial e às condições de trabalho enfrentadas pela classe.
A categoria alega que não recebe reposição salarial desde 2016, o que tem aumentado a defasagem salarial. Além disso, os manifestantes reclamam da diminuição no número de ambulâncias disponíveis para atendimento e da escassez de materiais essenciais para os primeiros socorros. O estado do prédio onde funciona o Samu também é considerado inadequado pelos profissionais.
Paralelamente, os cofres municipais de São Luís estão prestes a alocar aproximadamente R$ 8 milhões para a contratação da empresa Sinavia, localizada em Teresina, no Piauí. O escopo do acordo prevê a prestação de serviços continuados de implantação e manutenção de soluções nos logradouros públicos. A prefeitura usou uma ata de tomada de preços da Prefeitura de Timon.
No ano passado, a promotora de Justiça da Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, Adélia Maria Souza Rodrigues Morais, chegou a abrir um procedimento preparatório para investigar a contratação da empresa Cerro Construções e Sinalização em caráter emergencial para executar os serviços de sinalização viária.
A situação levanta questionamentos sobre as prioridades da administração de Eduardo Braide, que busca a reeleição este ano, e a necessidade de equilibrar investimentos em infraestrutura com a valorização dos profissionais que atuam na linha de frente do atendimento de emergência.