Os moradores da área Itaqui Bacanga tiveram a oportunidade de desabafar sobre as dificuldades enfrentadas pela comunidade local em uma audiência pública promovida pelo Ministério Público do Estado do Maranhão (MPMA), na última terça-feira, 4, no Iema, localizado na Vila Embratel.
A promotoria proporcionou o momento no intuito de ouvir as demandas e anseios da população e buscar soluções para os problemas enfrentados pelos bairros da região.
Uma das vozes mais contundentes durante a audiência foi a da moradora Maria Olinda, residente no bairro Gapara. Ela expressou seu descontentamento com o poder público, enfatizando a falta de atenção dada a uma das maiores áreas da ilha de São Luís, que abrigam mais de 15 mil moradores. Maria Olinda também relatou as dificuldades enfrentadas em relação ao transporte público local, como a carência de ônibus e a falta de manutenção adequada. “Nós não estamos distantes, estamos bem aqui, mas esquecidos”, destacou a moradora, representando o sentimento de muitos outros moradores da área.
O promotor de justiça Antonio Coêlho Soares Júnior, responsável pela Promotoria Distrital do polo Itaqui-Bacanga, explicou que o objetivo da audiência pública era justamente ouvir a comunidade e identificar suas prioridades em termos de necessidades, especialmente no que diz respeito aos direitos fundamentais previstos na Constituição. Ele enfatizou que o Ministério Público tem o papel de intermediação junto ao poder público para buscar soluções e resolver os principais problemas enfrentados pelos moradores da região.
Durante a audiência, foram abordados diversos temas, incluindo a infraestrutura precária dos bairros, a falta de saneamento básico, a ausência de escolas e postos de saúde em quantidade suficiente, além da insegurança pública. Os moradores tiveram a oportunidade de se manifestar e apresentar suas demandas, que foram ouvidos atentamente pelos representantes do MPMA presentes no evento.
A comunidade do Itaqui Bacanga é mais uma parcela da população insatisfeita com a gestão de Eduardo Braide. O reflexo dessa situação é a incapacidade da administração pública em atender as demandas urgentes e resolver os diversos problemas enfrentados pela região. Apesar de ter assumido o cargo com promessas de melhorias e desenvolvimento, a realidade tem mostrado resultados decepcionantes.