Você já viu uma criança autista tapando os ouvidos em um ambiente com muito barulho? Esse comportamento reflete a sensibilidade auditiva, uma característica comum em algumas pessoas no Transtorno do Espectro Autista (TEA), que causa desconforto e prejudica o bem-estar.
Essa situação angustiante é enfrentada diariamente pelos usuários autistas no transporte público de São Luís. O Blog do Minard recebeu a denúncia de uma mãe, Bebel Falcão, que tem um filho autista e depende de ônibus para locomoção. Ela relata que os veículos que fazem linha do bairro Alavorada/Cohatrac para outras regiões são antigos, mal conservados e, ainda, apresentam barulhos extremamente nocivos à sensibilidade auditiva de pessoas no TEA.
Segundo relatos de Bebel Falcão, João fica extremamente desconfortável em ambientes com muito barulho, o que é comum em pessoas no espectro autista. A mãe ressalta, ainda, que a Prefeitura de São Luís deve priorizar essa questão, pois a falta de acessibilidade sensorial nos transportes públicos pode gerar um ambiente hostil para pessoas com sensibilidade auditiva, limitando suas possibilidades de locomoção e inclusão social.
“É um direito de todos terem acesso aos meios de transporte com segurança e conforto, pois a inclusão não se trata apenas de garantir o acesso físico, mas também de criar ambientes que respeitem as diferenças e necessidades de cada pessoa”, afirma Bebel.
O transporte público desempenha um papel fundamental na vida das pessoas, oferecendo uma alternativa de deslocamento acessível e sustentável. No entanto, na capital maranhense, as precariedades do sistema coletivo se tornaram um desafio diário para a população ludovicense, que sofrem com a falta de infraestrutura adequada, atrasos, superlotação, além da escassez de ônibus e tarifas altas.
Veja imagens feitas pela mãe dentro do ônibus: