O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que há “fortes de indícios de crime de genocídio” contra a população Yanomami. Segundo o ex-governador do Maranhão, que se pronunciou em sua conta no Twitter, já determinou a abertura de inquérito à Polícia Federal para investigar o caso, a partir desta segunda-feira (23).
O Governo Federal decretou estado de emergência no território Yanomami para enfrentar à desassistência sanitária da população indígena, que já causou morte de várias crianças e adultos por desnutrição, malária e outros fatores. O presidente Luíz Inácio Lula da Silva também frisou que irá combater o garimpo ilegal na região.
O atual governo culpa a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro pela situação na terra Yanomami, maior reserva indígena do Brasil e que acumula dezenas de relatos de desnutrição severa, especialmente em crianças.
Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, 99 crianças do povo Yanomami morreram devido ao avanço do garimpo ilegal em 2022. A idade das vítimas é de entre um e quatro anos. As causas da morte variam entre desnutrição, pneumonia e diarreia.
Segundo a PF, de 90 tipos de remédios adquiridos pelo Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI-Y), apenas 30% teriam realmente chegado aos indígenas. O órgão é vinculado ao Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS) do Ministério da Saúde.