São João 2017 é aberto oficialmente em São José de Ribamar

Abertura oficial do São João em Ribamar

Aberto neste fim de semana, pelo prefeito Luis Fernando, no Parque Municipal do Folclore Therezinha Jansen, orla marítima, a programação oficial do São João 2017, de São José de Ribamar. Organizado pela prefeitura municipal, com o apoio do Governo do Estado, a festa acontece durante 13 dias em sete arraiais oficiais além de outros 15, espalhados por diversos pontos do município.

De acordo com Luis Fernando apesar do momento delicado que a economia passa, a maior festa popular do país não poderia deixar de ser realizada e da melhor forma possível, com valorização à cultura, aos brincantes e a todos que prestigiam a festa. “Preparamos com o apoio do governo, 13 dias de festança com direito a apresentação de dezenas de brincadeiras genuinamente ribamarenses, resgatando assim a alegria do nosso e reconstruindo a cultura do nosso município”, disse o gestor.

Além do Parque Municipal, a programação ocorre até dia 29, nos arraiais das Vilas (Vila Flamengo), Matinha (sede do Bumba-Boi), Parque Vitória (Praça do Rodão), Panaquatira (Viva), Rio São João (Viva), Piçarreira (Viva), Turiúba, além do Laranjal, Miritiua, Parque Araçagi, Parque Jair, Vila Sarney Filho dentre outros. A programação completa está disponível no www.sjr.ma.gov.br e nas redes sociais oficiais da prefeitura.

A programação já começou muito boa, além disso, só o fato de podermos trazer a família com segurança já é muito bom”, parabenizou Celeste Amorim, que saiu de São Luís para prestigiar a abertura da temporada.

Durante todos os dias da programação, a segurança será reforçada com o destacamento maior de policiais militares que atuarão a pé e motorizados, além de seguranças contratados que atuarão em pontos estratégicos da cidade durante o evento. Unidades de saúde também estarão reforçadas e com apoio de ambulâncias.

Lava Bois

A cidade também já se prepara para o Lava-Bois, o São João fora de época, que ocorrerá nos dias 2 (sábado) e 3 (domingo) de julho. A expectativa é de, neste ano, receber mais de 100 mil brincantes na 64ª edição do evento.

A programação do Lava Bois acontece na sede do município com shows culturais e o tradicional encontro de grupos de Bumba-Boi.

Saúde, investimento inestimável

Carlos Lula, Secretário de Saúde

Por Carlos Lula
Secretário de Saúde do Estado do Maranhão

No Maranhão, nunca se investiu tanto em saúde pública. Dados comparativos dos doze últimos anos indicam que, entre 2005 e 2016, os investimentos nessa área aumentaram em quase cinco vezes. Foi um salto de R$ 442.486.427,11 para R$ 2.015.205.683,12, fazendo de 2016 um ano marcado como o período de maior investimento na história da saúde do Maranhão. Essa é uma conquista que merece ser destacada, principalmente diante do contexto de crise nacional.

Enquanto muitos estados estão sendo obrigados a fechar unidades de saúde, só no ano passado, entregamos cinco hospitais macrorregionais (Pinheiro, Caxias, Santa Inês, Imperatriz e Bacabal), que, juntos, atendem à população de 142 municípios, diminuindo a histórica procissão de ambulâncias para a capital do Maranhão. Também inauguramos em 2016 o Centro de Especialidades Médicas de Barra do Corda e o Centro de Referência em Neurodesenvolvimento, Assistência e Reabilitação de Crianças (Ninar), que oferece acompanhamento especializado a crianças com microcefalia e outros problemas neurológicos.

Mas além de infraestrutura, os investimentos também permitiram a expansão dos serviços, especialmente da assistência especializada. Ampliamos, por exemplo, o atendimento oncológico – com convênio com a Oncoradium em Imperatriz – estendendo o tratamento a pacientes do sul do estado. Com entrega da Casa da Gestante, Bebê e Puérpera (CGBP), anexo do Hospital Regional Materno Infantil (HRMI), em Imperatriz, intensificamos também na região tocantina os cuidados na área materno-infantil.

Estamos fazendo mais com menos. E não há contradição, uma vez que com um novo modelo de gestão, administramos uma rede bem maior com muito mais eficiência, com dois pressuspostos: o aumento da transparência, que nos ajuda a combater os desvios, e o combate ao desperdício. Esse novo modelo de gestão é caracterizado pela redução gradativa dos gastos com Organizações Sociais e sua substituição por uma empresa pública, a Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh).

O modelo de gestão hospitalar da Emserh, que já gerencia 70% das unidades estaduais, permitiu uma economia de 15 a 20% por equipamento de saúde em comparação com a gestão das Organizações Sociais. A redução dos custos foi conquistada através de organização dos processos de trabalho e, de modo algum, por qualquer diminuição que prejudicasse a oferta de serviços. Um exemplo dessa organização que resultou em economia diz respeito à implantação, nas farmácias de unidades estaduais de saúde, de um processo chamado lista de medicamentos para remanejamento, que controla melhor o acesso e a entrada e saída de medicações. Medida simples e eficaz.

Com esse novo modelo de gestão e otimização dos recursos, o antigo cenário da rede de saúde no estado vem sendo transformado. As melhorias na oferta de serviços, especialmente pelo interior do estado, resultam do compromisso do governador Flávio Dino, firmado com o povo maranhense, e da promessa de um Maranhão melhor para todos. Não para uma minoria sempre privilegiada, que vocifera contra a mudança de modelo de organização de saúde, mas para todos.

Ainda há muito a avançar e muitos programas e equipamentos de saúde a serem entregues à população. Só em 2017 teremos diversas inaugurações de novos serviços, a exemplo da Casa de Apoio Ninar, dos Centros de Hemodiálise e do SORRIR, inovação em atendimento odontológico. Mas todos com um pressuposto claro: a reorganização da rede de saúde do estado continuará acontecendo, tendo como fundamento a eficiência da gestão. Não é mais possível perder tempo com debates infrutíferos que não pretendem ver avançar nossos indicadores de saúde. A população não os aceita. Chegamos ao Século XXI, atrasados e com pressa. E é com esse sentido de urgência que devemos pautar as ações futuras.

É hoje! Elba Ramalho e Geraldo Azevedo sobem ao palco da Maria Aragão

Foto Divulgação

Os maranhenses César Teixeira e Flávia Bittencourt dividirão o palco do arraial da praça Maria Aragão deste domingo (18), a partir das 19h, com dois ícones consagrados da música nordestina: Elba Ramalho e Geraldo Azevedo.

O show faz parte da programação do São João de Todos, realizado pelo Governo do Estado e pela Prefeitura de São Luís, com apoio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

No repertório dos artistas nordestinos, estão canções imortalizadas nas vozes de Luiz Gonzaga e Dominguinhos, além de composições de artistas maranhenses, como João do Vale.

O encontro de músicos nordestinos também servirá para o exercício da doação, já que Flávia Bittencourt, que é madrinha do projeto social Sonho de Alice, convida todos a levar como doação simbólica 2 Kg de alimentos não perecíveis ou livros, para serem repassados às crianças assistidas pela iniciativa.

Ainda neste domingo, a Tenda do Tambor de Crioula contará com apresentações dos tambores de crioula da Ponta D’areia e de Anistelmo, a partir das 20h, e das apresentações de Ganzola Pé No Chão e de Chiquinho Do Acordeon, no Barracão do Forró.

São João de Todos

Os ritmos juninos ecoam na capital maranhense desde a última quarta-feira (14), abertura oficial da temporada junina, promovida pela Governo do Estado, quando os grupos de tambor de crioula, bumba meu boi, danças folclóricas, companhias de ritmos e shows de artistas locais deram a largada para os 19 dias da celebração que melhor representa a cultura local.

Os arraiais principais são o do Ipem (Donato Alves), do Parque Folclórico da Vila Palmeira (Humberto de Maracanã) e das praças Nauro Machado (Mestre Marcelino) e Maria Aragão, que terão atrações até o dia 2 de julho.

Já os arraiais de bairros, do circuito apoiado pelo Governo do Maranhão, estão no Bairro de Fátima, João Paulo, João de Deus, Cohajap, Liberdade, Largo de Santo Antônio no Centro, Cohatrac, Anil, Anjo da Guarda, Cidade Operária, Vila Embratel e Praça do Letrado no Vinhais. A programação destes pontos vai de 23 a 29 de junho.

Artigo: Teoria e prática

Governador Flávio Dino

Por Flávio Dino

“É viva a palavra quando são as obras que falam”. Inspiro-me nessa máxima de Santo Antônio para que minhas ações sejam consequentes com minhas palavras, fazendo com que estas ganhem vida. Tem sido assim com o zelo em relação ao dinheiro público, princípio que marcou minha carreira pública, de juiz e professor a governador. É graças a esse respeito, feito prática de governo, que temos tido condições de cuidar das pessoas, investindo em nosso estado e pagando em dia os servidores públicos. Para nós, teoria e prática andam de mãos dadas, em uma ação decididamente transformadora.

O Maranhão é um dos poucos estados do país que tem sido capaz de navegar em meio à maior crise econômica e política da nossa história. No ano passado, apenas 7 das 27 unidades da federação pagaram toda sua folha de salários dentro do ano. E nós fomos um deles. Todos viram pelo noticiário alguns dos estados mais ricos da federação pagando este mês ainda as remunerações de abril. Já aqui, neste mês de junho adiantamos a primeira parcela do 13º salário, sendo o primeiro Estado a conseguir tal vitoria neste ano. Isso é fruto de trabalho sério, no controle rigoroso de receitas e despesas, enfrentando sem medo os esquemas de fraudadores e corruptos.

O que pode parecer corriqueiro não o é. Não devemos minimizar o que significaram esses três anos de paralisação da atividade econômica que vivemos no país, gerado por uma disputa política sem limites. Uma recessão igual a essa só houve nos anos 1930, em meio à quebra global das bolsas. Os números são assombrosos: no acumulado, retrocedemos 10% na riqueza produzida pela sociedade, o PIB. Isso tem impactos óbvios na implementação de políticas públicas e de direitos sociais, bem como na manutenção de serviços públicos em todo o país.

Aqui, ao contrário, temos conseguido multiplicar serviços. Dobramos o número de Restaurantes Populares. Estamos asfaltando 2 mil quilômetros de ruas e estradas, inclusive ajudando municípios como nunca antes, mediante o Programa Mais Asfalto. Inauguramos 5 hospitais regionais, hospitais de verdade, e temos muitos outros em obras, para corrigir progressivamente os erros do passado. E vamos inaugurar 300 novas unidades de ensino até o final do mandato, além de quase 600 escolas reformadas.

Em períodos recessivos, o investimento público é a melhor forma de ajudar o mercado e os empresários. Portanto, além de um compromisso com o funcionalismo público, pagar em dia o salário de servidores é uma forma de estimular a economia maranhense. A cada mês que pagamos os servidores em dia, são R$ 475 milhões que colocamos para circular em favor das empresas que atuam no Maranhão, ajudando a sustentar milhares de empregos.

Diante da tempestade que toma o país, temos tido serenidade e firmeza para conduzir o Maranhão. Fico pensando o que aconteceria com as finanças do estado se a atual crise nacional ocorresse durante o domínio coronelista ou em mãos inexperientes. Deus nos livre a todos. Vamos vencer essa página triste da história do Brasil. E aí o Maranhão vai avançar ainda mais.

VÍDEO: Ônibus tomba na BR 135 e dez pessoas morrem; veja imagens do resgate

Fotos de Cidade Verde

Dez pessoas morreram em um trágico acidente envolvendo um ônibus de turismo, na BR-135, próximo ao município de Redenção de Gurgueia, no Piauí. No veículo havia 31 pessoas, sendo dois motoristas. Dezoito passageiros ficaram feridos e três saíram ilesos do acidente.

Até o momento não há informações sobre a identidade das vítimas. Os documentos encontrados no veículo estão sendo analisados para possível identificação. Uma funcionária da empresa está ajudando a Polícia Rodoviária Federal.

Alguns passageiros feridos estão em atendimento nos hospitais de Bom Jesus e outros foram transferidos para Floriano e Teresina. Inicialmente, alguns passageiros foram levados para o hospital de Redenção de Gurgueia, onde receberam os primeiros-socorros.

A PRF também informou que os corpos das vítimas que faleceram estão no Hospital de Bom Jesus, aguardando reconhecimento de familiares.

O ônibus saiu de Boa Viagem, no Ceará, com destino a São Paulo, quando sobrou em uma curva na altura dos povoados Paus e Estiva e tombou.

O veículo tinha liminar que autorizada o transporte interestadual; anteriormente havia suspeita do transporte ser clandestino.

Sobre as causas do acidente, a PRF ressaltou que existe um “desnível da pista de rolamento para o acostamento que, dentre outros fatores, pode ter contribuído para o acidente”. O desnível tem altura de aproximadamente 20 centímetros. O motorista perdeu o controle da direção no final de uma curva fechada em declive, bateu no guard rail (defensa) e tombou.

Assista abaixo imagens de resgate às vítimas. As informações e o vídeo são do portal Cidade Verde.

“Temer é o chefe da quadrilha mais perigosa do Brasil”, diz Joesley Batista

Temer é chamado de chefe da quadrilha por Joesley

O empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo J&F, foi entrevistado esta semana pela Época a primeira exclusiva desde que fechou a mais pesada delação dos três anos de Lava Jato. Em mais de quatro horas de conversa, precedidas de semanas de intensa negociação, Joesley explicou minuciosamente, sempre fazendo referência aos documentos entregues à Procuradoria-Geral da República, como se tornou o maior comprador de políticos do Brasil. Discorreu sobre os motivos que o levaram a gravar o presidente Michel Temer e a se oferecer à PGR para flagrar crimes em andamento contra a Lava Jato. Atacou o presidente, a quem acusa, com casos e detalhes inéditos, de liderar “a maior e mais perigosa organização criminosa do Brasil” – e de usar a máquina do governo para retaliá-lo. Contou como o PT de Lula “institucionalizou” a corrupção no Brasil e de que modo o PSDB de Aécio Neves entrou em leilões para comprar partidos nas eleições de 2014. O empresário garante estar arrependido dos crimes que cometeu e se defendeu das acusações de que lucrou com a própria delação.

Veja a entrevista completa publicada pela Época abaixo:

ÉPOCA – Quando o senhor conheceu Temer?
Joesley Batista – Conheci Temer através do ministro Wagner Rossi, em 2009, 2010. Logo no segundo encontro ele já me deu o celular dele. Daí em diante passamos a falar. Eu mandava mensagem para ele, ele mandava para mim. De 2010 em diante. Sempre tive relação direta. Fui várias vezes ao escritório da Praça Pan-Americana, fui várias vezes ao escritório no Itaim, fui várias vezes à casa dele em São Paulo, fui alguma vezes ao Jaburu, ele já esteve aqui em casa, ele foi ao meu casamento. Foi inaugurar a fábrica da Eldorado.

ÉPOCA – Qual, afinal, a natureza da relação do senhor com o presidente Temer?
Joesley – Nunca foi uma relação de amizade. Sempre foi uma relação institucional, de um empresário que precisava resolver problemas e via nele a condição de resolver problemas. Acho que ele me via como um empresário que poderia financiar as campanhas dele – e fazer esquemas que renderiam propina. Toda a vida tive total acesso a ele. Ele por vezes me ligava para conversar, me chamava, e eu ia lá.

ÉPOCA – Conversar sobre política?
Joesley – Ele sempre tinha um assunto específico. Nunca me chamou lá para bater papo. Sempre que me chamava, eu sabia que ele ia me pedir alguma coisa ou ele queria alguma informação.

ÉPOCA – Segundo a colaboração, Temer pediu dinheiro ao senhor já em 2010. É isso?
Joesley – Isso. Logo no início. Conheci Temer, e esse negócio de dinheiro para campanha aconteceu logo no iniciozinho. O Temer não tem muita cerimônia para tratar desse assunto. Não é um cara cerimonioso com dinheiro.

ÉPOCA – Ele sempre pediu sem algo em troca?
Joesley – Sempre estava ligado a alguma coisa ou a algum favor. Raras vezes não. Uma delas foi quando ele pediu os R$ 300 mil para fazer campanha na internet antes do impeachment, preocupado com a imagem dele. Fazia pequenos pedidos. Quando o Wagner saiu, Temer pediu um dinheiro para ele se manter. Também pediu para um tal de Milton Ortolon, que está lá na nossa colaboração. Um sujeito que é ligado a ele. Pediu para fazermos um mensalinho. Fizemos. Volta e meia fazia pedidos assim. Uma vez ele me chamou para apresentar o Yunes. Disse que o Yunes era amigo dele e para ver se dava para ajudar o Yunes.

ÉPOCA – E ajudou?
Joesley – Não chegamos a contratar. Teve uma vez também que ele me pediu para ver se eu pagava o aluguel do escritório dele na praça [Pan-Americana, em São Paulo]. Eu desconversei, fiz de conta que não entendi, não ouvi. Ele nunca mais me cobrou.

ÉPOCA – Ele explicava a razão desses pedidos? Por que o senhor deveria pagar?
Joesley – O Temer tem esse jeito calmo, esse jeito dócil de tratar e coisa. Não falava.

ÉPOCA – Ele não deu nenhuma razão?
Joesley – Não, não ele. Há políticos que acreditam que pelo simples fato do cargo que ele está ocupando já o habilita a você ficar devendo favores a ele. Já o habilita a pedir algo a você de maneira que seja quase uma obrigação você fazer. Temer é assim.

ÉPOCA – O empréstimo do jatinho da JBS ao presidente também ocorreu dessa maneira?
Joesley – Não lembro direito. Mas é dentro desse contexto: “Eu preciso viajar, você tem um avião, me empresta aí”. Acha que o cargo já o habilita. Sempre pedindo dinheiro. Pediu para o Chalita em 2012, pediu para o grupo dele em 2014.

ÉPOCA – Houve uma briga por dinheiro dentro do PMDB na campanha de 2014, segundo o lobista Ricardo Saud, que está na colaboração da JBS.
Joesley – Ricardinho falava direto com Temer, além de mim. O PT mandou dar um dinheiro para os senadores do PMDB. Acho que R$ 35 milhões. O Temer e o Eduardo descobriram e deu uma briga danada. Pediram R$ 15 milhões, o Temer reclamou conosco. Demos o dinheiro. Foi aí que Temer voltou à Presidência do PMDB, da qual ele havia se ausentado. O Eduardo também participou ativamente disso.

ÉPOCA – Como era a relação entre Temer e Eduardo Cunha?
Joesley – A pessoa a qual o Eduardo se referia como seu superior hierárquico sempre foi o Temer. Sempre falando em nome do Temer. Tudo que o Eduardo conseguia resolver sozinho, ele resolvia. Quando ficava difícil, levava para o Temer. Essa era a hierarquia. Funcionava assim: primeiro vinha o Lúcio [o operador Lúcio Funaro]. O que ele não conseguia resolver pedia para o Eduardo. Se o Eduardo não conseguia resolver, envolvia o Michel.

ÉPOCA – Segundo as provas da delação da JBS e de outras investigações, o senhor pagava constantemente tanto para Eduardo Cunha quanto para Lúcio Funaro, seja por acertos na Câmara, seja por acertos na Caixa, entre outros. Quem ficava com o dinheiro?
Joesley – Em grande parte do período que convivemos, meu acerto era direto com o Lúcio. Eu não sei como era o acerto do Lúcio do Eduardo, tampouco do Eduardo com o Michel. Eu não sei como era a distribuição entre eles. Eu evitava falar de dinheiro de um com o outro. Não sabia como era o acerto entre eles. Depois, comecei a tratar uns negócios direto com o Eduardo. Em 2015, quando ele assumiu a presidência da Câmara. Não sei também quanto desses acertos iam para o Michel. E com o Michel mesmo eu também tratei várias doações. Quando eu ia falar de esquema mais estrutural com Michel, ele sempre pedia para falar com o Eduardo. “Presidente, o negócio do Ministério da Agricultura, o negócio dos acertos…” Ele dizia: “Joesley, essa parte financeira toca com o Eduardo e se acerta com o Eduardo”. Ele se envolvia somente nos pequenos favores pessoais ou em disputas internas, como a de 2014.

ÉPOCA – O senhor realmente precisava tanto assim desse grupo de Eduardo Cunha, Lúcio Funaro e Temer?
Joesley – Eles foram crescendo no FI-FGTS, na Caixa, na Agricultura – todos órgãos onde tínhamos interesses. Eu morria de medo de eles encamparem o Ministério da Agricultura. Eu sabia que o achaque ia ser grande. Eles tentaram. Graças a Deus, mudou o governo e eles saíram. O mais relevante foi quando Eduardo tomou a Câmara. Aí virou CPI para cá, achaque para lá. Tinha de tudo. Eduardo sempre deixava claro que o fortalecimento dele era o fortalecimento do grupo da Câmara e do próprio Michel. Aquele grupo tem o estilo de entrar na sua vida sem ser convidado.

ÉPOCA – Pode dar um exemplo?
Joesley – O Eduardo, quando já era presidente da Câmara, um dia me disse assim: “Joesley, tão querendo abrir uma CPI contra a JBS para investigar o BNDES. É o seguinte: você me dá R$ 5 milhões que eu acabo com a CPI”. Falei: “Eduardo, pode abrir, não tem problema”. “Como não tem problema? Investigar o BNDES, vocês.” Falei: “Não, não tem problema”. “Você tá louco?” Depois de tanto insistir, ele virou bem sério: “É sério que não tem problema?”. Eu: “É sério”. Ele: “Não vai te prejudicar em nada?”. “Não, Eduardo.” Ele imediatamente falou assim: “Seu concorrente me paga R$ 5 milhões para abrir essa CPI. Se não vai te prejudicar, se não tem problema… Eu acho que eles me dão os R$ 5 milhões”. “Uai, Eduardo, vai sua consciência. Faz o que você achar melhor.” Esse é o Eduardo. Não paguei e não abriu. Não sei se ele foi atrás. Esse é o exemplo mais bem-acabado da lógica dessa Orcrim.

ÉPOCA – Algum outro?
Joesley – Lúcio fazia a mesma coisa. Virava para mim e dizia: “Tem um requerimento numa CPI para te convocar. Me dá R$ 1 milhão que eu barro”. Mas a gente ia ver e descobria que era algum deputado a mando dele que estava fazendo. É uma coisa de louco.

ÉPOCA – O senhor não pagou?
Joesley – Nesse tipo de coisa, não. Tinha alguns limites. Tinha que tomar cuidado. Essa é a maior e mais perigosa organização criminosa deste país. Liderada pelo presidente.

ÉPOCA – O chefe é o presidente Temer?
Joesley – O Temer é o chefe da Orcrim da Câmara. Temer, Eduardo, Geddel, Henrique, Padilha e Moreira. É o grupo deles. Quem não está preso está hoje no Planalto. Essa turma é muita perigosa. Não pode brigar com eles. Nunca tive coragem de brigar com eles. Por outro lado, se você baixar a guarda, eles não têm limites. Então meu convívio com eles foi sempre mantendo à meia distância: nem deixando eles aproximarem demais nem deixando eles longe demais. Para não armar alguma coisa contra mim. A realidade é que esse grupo é o de mais difícil convívio que já tive na minha vida. Daquele sujeito que nunca tive coragem de romper, mas também morria de medo de me abraçar com ele.

ÉPOCA – No decorrer de 2016, o senhor, segundo admite e as provas corroboram, estava pagando pelo silêncio de Eduardo Cunha e Lúcio Funaro, ambos já presos na Lava Jato, com quem o senhor tivera acertos na Caixa e na Câmara. O custo de manter esse silêncio ficou alto demais? Muito arriscado?
Joesley – Virei refém de dois presidiários. Combinei quando já estava claro que eles seriam presos, no ano passado. O Eduardo me pediu R$ 5 milhões. Disse que eu devia a ele. Não devia, mas como ia brigar com ele? Dez dias depois ele foi preso. Eu tinha perguntado para ele: “Se você for preso, quem é a pessoa que posso considerar seu mensageiro?”. Ele disse: “O Altair procura vocês. Qualquer outra pessoa não atenda”. Passou um mês, veio o Altair. Meu Deus, como vou dar esse dinheiro para o cara que está preso? Aí o Altair disse que a família do Eduardo precisava e que ele estaria solto logo, logo. E que o dinheiro duraria até março deste ano. Fui pagando, em dinheiro vivo, ao longo de 2016. E eu sabia que, quando ele não saísse da cadeia, ia mandar recados.

ÉPOCA – E o Lúcio Funaro?
Joesley – Foi parecido. Perguntei para ele quem seria o mensageiro se ele fosse preso. Ele disse que seria um irmão dele, o Dante. Depois virou a irmã. Fomos pagando mesada. O Eduardo sempre dizia: “Joesley, estamos juntos, estamos juntos. Não te delato nunca. Eu confio em você. Sei que nunca vai me deixar na mão, vai cuidar da minha família”. Lúcio era a mesma coisa: “Confio em você, eu posso ir preso porque eu sei que você não vai deixar minha família mal. Não te delato”.

ÉPOCA – E eles cumpriram o acerto, não?
Joesley – Sim. Sempre me mandando recados: “Você está cumprindo tudo direitinho. Não vão te delatar. Podem delatar todo mundo menos você”. Mas não era sustentável. Não tinha fim. E toda hora o mensageiro do presidente me procurando para garantir que eu estava mantendo esse sistema.

ÉPOCA – Quem era o mensageiro?
Joesley – Geddel. De 15 em 15 dias era uma agonia terrível. Sempre querendo saber se estava tudo certo, se ia ter delação, se eu estava cuidando dos dois. O presidente estava preocupado. Quem estava incumbido de manter Eduardo e Lúcio calmos era eu.

ÉPOCA – O ministro Geddel falava em nome do presidente Temer?
Joesley – Sem dúvida. Depois que o Eduardo foi preso, mantive a interlocução desses assuntos via Geddel. O presidente sabia de tudo. Eu informava o presidente por meio do Geddel. E ele sabia que eu estava pagando o Lúcio e o Eduardo. Quando o Geddel caiu, deixei de ter interlocução com o Planalto por um tempo. Até por precaução.

Nova orla do Araçagi atrai turistas e ganha as redes sociais

Foto Divulgação

A entrega da primeira etapa das obras da praia do Araçagi, no último sábado (10), propiciou mais um espaço para o turismo na região metropolitana e gerou alternativa para a realização de atividade física ao ar livre.

Além de recuperar a qualidade de vida do maranhense com o calçadão e a ciclovia, o espaço tem gerado novas oportunidades, como é o caso do taxista Carlos Wagner Neves Mendes, de 39 anos, que aproveitou para aumentar a renda realizando corridas com turistas que visitam a praia.

“Foi uma grande obra, não só visual, como você pode ver, mas que mexeu com a vida de muita gente. Enquanto eu estou aqui, aguardando um passageiro, muitas pessoas já passaram realizando caminhada, outras vendendo seus produtos”, diz Wagner.

“Comigo não é diferente. Estou faturando com mais esse espaço turístico e indicando para turistas que chegam à cidade. A corrida para essa região tem crescido muito e espero crescer mais no mês de julho [período de férias escolar]”, acrescenta o taxista, que passou a inserir no roteiro de trabalho a Avenida Atlântica, principal via de acesso à praia do Araçagi.

Aproveitando o mesmo espaço na orla, mas para o lazer, Elson Ferreira, de 32 anos, foi contemplar o pôr do sol na Avenida Atlântica e aproveitou para registrar o momento nas redes sociais. “Estou postando fotos desde cedo daqui, e meus amigos de fora do Estado já estão perguntando onde fica o local. Para mim o espaço servirá como lazer e para fazer atividade física, e para os meus amigos turistas será mais um ponto de cartão postal”, ressalta.

Após a entrega da primeira parte da obra, com a construção do calçamento de 300 metros, estacionamento, ciclovia, acessibilidade de passeio com rampas para pessoas com deficiência, via de trânsito com sentido duplo, contenção da maré, iluminação, paisagismo com conservação de espécies em nativa, o Governo deu a largada para o início da segunda etapa. Nesta serão feitos 1.500 metros de calçadão, pista de cooper, área para ciclismo e novos espaços de convivência com a construção de praças, ampliando os ambientes de lazer.

A obra é realizada pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), em parceria com a prefeitura de São José de Ribamar. “O Governo Flávio Dino tem investido continuamente na revitalização e construção de espaços de lazer com o objetivo de favorecer a convivência entre as pessoas e priorizar a qualidade de vida com ações que contemplem a prestação de serviços públicos de excelência”, diz o secretário de Estado da Infraestrutura, Clayton Noleto.

Imperatriz registra queda gradativa em homicídios e latrocínios

Delegado-Geral Lawrence Melo

Mais segurança e menos violência com a redução gradativa dos índices de mortes violentas letais intencionais na Região Tocantina de Imperatriz. Neste conjunto estão incluídos os homicídios e os latrocínios – roubo seguido de morte. O município esteve 21 dias sem qualquer registro deste tipo de criminalidade, no período de 26 de maio a 15 de junho. São 29 mortes violentas a menos, em relação ao ano passado. O dado positivo resulta das operações intensificadas e investimentos do Governo do Estado nas ações de segurança pública na região.

No comparativo dos cinco primeiros meses deste ano, em relação ao ano passado, a redução é de 28%. De janeiro a maio de 2016 foram registradas 73 ocorrências deste conjunto de crimes; este ano, no mesmo período, o número de casos caiu para 52. E considerando janeiro até 16 de junho deste ano com o anterior, a diminuição é ainda maior: 35,37% menos mortes violentas em Imperatriz. A meta da Segurança é reduzir em 50% o número de ocorrências ao final deste primeiro semestre.

“É um direcionamento do governador Flávio Dino, no âmbito da Segurança Pública, a promoção de ações que trazem de volta aos maranhenses mais segurança e mostra a seriedade e compromisso da gestão com esse setor”, pontuou o secretário de Estado de Segurança Pública (SSP-MA), Jefferson Portela. O delegado geral de Polícia Civil, Lawrence Melo, atribui os resultados às operações realizadas pela Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), instituição criada na gestão Flávio Dino, que especializou a investigação desses casos.

“Dessa forma, foi possível reduzir os casos de mortes violentas na Região Metropolitana de São Luís e identificar outras áreas com índices preocupantes, a exemplo de Imperatriz. Assim, replicamos as mesmas ações, diminuindo os casos índices e mantendo uma redução gradativa. Mais um recorde da gestão Flávio Dino e do secretário Jefferson Portela que foca na universalização e especialização das investigações de homicídios no Estado”, explica Lawrence Melo.

O delegado da Regional de Imperatriz, Eduardo Galvão, destaca a importância dos índices de queda nas mortes violentas intencionais, considerando o cenário enfrentado pela Segurança no ano anterior. Segundo o delegado, os números apontavam praticamente um caso de homicídio a cada dia alternado. “Esta redução é extremamente significativa, pois atenua a média negativa do ano anterior. Cada dia que passa sem homicídios é resultado favorável à Segurança Pública e que reflete também em mais segurança para o cidadão”, avalia o delegado.

A redução também é fruto do trabalho integrado das polícias, êxito nas ações da SHPP e nas inúmeras operações da SSP-MA na região, aponta o titular da SHPP, delegado Leonardo Diniz. “Com esse planejamento de trabalho e a força tarefa policial, os casos na região têm sido elucidados a curto prazo. A Segurança Pública e todo o aparato do Estado nesta área tem sido colocados à disposição, sempre que necessário e garantido êxito nas operações”, reiterou o superintendente de Homicídios.

Investimentos

Desde o primeiro ano da gestão Flávio Dino, foram colocadas em prática ações e operações de combate direto a esta criminalidade, com o objetivo de frear o avanço dos casos. A criação da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), a aquisição da Delegacia Móvel para apurar estes casos e investimentos em laboratórios com tecnologia de ponta, aumento do efetivo e ações de valorização do policial.

Somado a estes, a especialização das investigações, aumento do efetivo especificamente para tratar destes casos e implantação da Delegacia de Homicídios que atua 24 horas apurando os casos in loco, no momento em que ocorrem. “São medidas de forte impacto que somaram para os resultados positivos alcançados pela polícia de Imperatriz. Esperamos manter esta linha de redução diminuindo ainda mais esses registros”, enfatizou o delegado Galvão.

Programação do São João começa neste sábado em São José de Ribamar

Foto Divulgação

Mais de 100 grupos folclóricos irão animar a programação junina do município de São José de Ribamar, que será aberta oficialmente neste sábado (17). A festa organizada pela Prefeitura em parceria com o Governo do Maranhão está repleta de várias apresentações distribuídas nos sete principais arraiais espalhados na cidade.

Além do Parque Municipal, a programação ocorrerá até dia 29, nos arraiais das Vilas (Viva Vila), Matinha (sede do Bumba-Boi), Parque Vitória (Praça do Rodão), Panaquatira (Viva), Rio São João (Viva), Piçarreira (Viva), Turiúba, a prefeitura também vai apoiar outros pontos de festança nas localidades do Laranjal, Nova Terra, Miritiua, Parque Araçagi, Parque Jair, Vila Sarney Filho, dentre outros. No total serão 22 pontos de arraiais.

A cidade também já se prepara para a realização da 65ª edição do Lava-Bois, o São João fora de época, que ocorrerá nos dias 1 (sábado) e 2 (domingo) de julho. O secretário de cultura, turismo, esporte e lazer, Edison Calixto, explica que serão 13 dias de festa e diversão ao som da cultura e encanto de dezenas de brincadeiras genuinamente ribamarenses.

A exemplo do carnaval, estamos preparando uma grande festa popular, observando a beleza que é o período junino, mas também cuidando para que o nosso São João tenha tranquilidade assim como foi o carnaval. Montamos esquemas de segurança para atuar durante todos os dias, equipes de saúde, disciplinamento do comércio, além de campanhas educativas”, detalhou.

Na segurança além do contingente de policiamento que deverá ser redobrado, a prefeitura também vai atuar com seguranças contratados para atuarem em pontos estratégicos da cidade durante o evento. Unidades de saúde estarão atuando reforçadas e com apoio de ambulâncias.

A programação completa do São João 2017, você confere em www.saojosederibamar.ma.gov.br