Prefeito de Mirinzal corta repasse após romper com presidente da Câmara

Amaury Almeida, prefeito de Mirinzal
Amaury Almeida, prefeito de Mirinzal

Com a proximidade do pleito eleitoral, marcado para o próximo dia 02 de outubro, onde milhares de cidadãos estarão elegendo os seus representantes para os cargos de prefeito e vereadores, os atuais detentores de cargos eletivos, na ânsia de manter o status quo, estão cometendo os piores absurdos e administrando a coisa pública como se fosse o quintal da própria casa.

Nas próximas horas, no pequeno município de Mirinzal, na baixada maranhense, o prefeito Amaury Almeida (PDT) deverá ser apontado como autoridade coatora, no Mandado de Segurança que será impetrado pela Procuradoria da Câmara Municipal, objetivando a complementação do repasse garantido por lei ao Poder Legislativo.

De acordo com o presidente da CM, o vereador Wanderson Ribeiro (PROS), a usurpação do repasse em quase 30% foi motivada pelo rompimento entre o presidente e o prefeito, ocorrido há pouco mais de 15 dias.

“Constitucionalmente, como em Mirinzal temos menos de 100 mil habitantes, o repasse deve ser de 5% da receita municipal, no entanto, sem nenhuma explicação e com disparidade entre a base de cálculo existente e os dados apresentados pelo próprio prefeito, ele (prefeito) reduziu o nosso repasse em mais de R$14.000 (quatorze mil reais), incorrendo assim em crime de improbidade administrativa, e o que é pior, como se ainda tivéssemos na chamada era coronelista, pelo simples fato de não mais coaduna com a cartilha rezada por ele”, disse indignado o presidente.

Diante de uma situação bastante delicada, para conseguir administrar a Casa Política, Wanderson relatou que foi necessário o corte de várias despesas, inclusive redução de salários.

“Há tempos estamos atravessando uma situação difícil. Para manter a folha em dia, tivemos que reduzir o salário do nosso contador, procurador, tesoureiro, inclusive, dos próprios vereadores, e agora o prefeito se acha no direito de cometer tamanha arbitrariedade. O que é isso? Em que País estamos? Onde estão as autoridades constituídas? Cadê a independência entre os Poderes? Cadê o Ministério Público? Eu cansei de tantas arbitrariedades. Cansei de vê armações, perseguições e maracutaias. Não tenham dúvida que vamos rechaçar tamanha ilegalidade”, finalizou Wanderson.

O prefeito Amaury Almeida não foi encontrado para falar sobre o assunto.

Do Blog do Antônio Martins

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