Estudante pisoteada em ônibus revela atrocidades que passou no Socorrão II

Amanda Sousa está internada no Socorrão II
Amanda Sousa está internada no Socorrão II

É delicada a situação da estudante Amanda Sousa Filgueira, de 19 anos. Ela sofreu uma luxação no braço depois de ser pisoteada dentro de um ônibus que fazia linha São Raimundo/Bandeira Tribuzzi, no bairro Jaracati, em São Luís, durante um assalto na noite da última sexta-feira (8). (Reveja o caso)

A jovem estava internada no Hospital Municipal Dr. Clementino Moura, o Socorrão II, onde aguardava desde então por uma cirurgia ortopédica. Por falta de leito, a paciente ficou no corredor da unidade de saúde e acabou sendo liberada. Amanda é mais uma na fila de espera por uma operação.

O descaso foi relatado pela paciente que agora encontra-se em casa. Ainda com fortes dores, a estudante contou ao Blog as atrocidades cometidas no Socorrão II e o que teve que enfrentar durante as quase 24 horas que esteve sentada no corredor do hospital.

“Voltaram meu ombro pro lugar, mas não resolveram a fratura e me mandaram pra casa porque não tinha leito, e as condições lá eram péssimas, as enfermeiras muito grossas”, conta Amanda. Ela e a irmã, Fernanda Filgueira, saíram do hospital com um encaminhamento para o ambulatório de ortopedia e foram informadas que nesta segunda-feira (11) deveriam tentar conseguir um médico que avaliasse a situação e assim marcar a cirurgia, mas que ia demorar.

Além da falta de previsão do procedimento operatório e das reclamações sobre o atendimento, Amanda conta que os enfermeiros ministravam a medicação sem luvas e que o local onde estava não tinha as mínimas condições de higiene, com fortes odores de urina. Algodões e materiais sujos de sangue estavam jogados no chão, causando riscos de infecção hospitalar aos pacientes.

A estudante também nos informou que teve seu aparelho celular tomado de forma grosseira por uma das enfermeiras do hospital que disse a ela que não era permitido o uso dentro da unidade.

O que mais nos chamou atenção foi o momento em que Amanda chegou a ser anestesiada. Ela relatou que a enfermeira tirou o uniforme do hospital do corpo dela de forma bruta na frente dos outros pacientes lhe causando constrangimento. Amanda chegou a dizer que sentia dor e recebeu a seguinte resposta: “Que doendo o que, não tá doendo não”.

Esse foi o tratamento recebido pela estudante de Goiás, que reside em São Luís, no Socorrão II . Depois de ter passado por uma situação de pânico no assalto sofrido em um coletivo da capital, Amanda aguarda em casa por uma cirurgia. Assim como ela, centenas de pessoas devem estar enfrentando a mesma dor da espera sem resposta dos Gestores da Saúde Pública de São Luís.

Um verdadeiro desrespeito!

3 comentários em “Estudante pisoteada em ônibus revela atrocidades que passou no Socorrão II”

  1. Estudante

    8 anos atrás  

    A saúde no Maranhão tá dez.a segurança tá dez.os nossos gestores tão trabalhando diariamente pra botar o Maranhão no trio certo.isso foi só um probleminha

  2. Luis

    8 anos atrás  

    Verdade não só socorrao 2 , o ssocorao do centro vive o mesmo descaso. Pacientes nos corredores falta de higiene total. Cadê a promotoria que ver isso meu Deus onde vamos Pará.

  3. maria

    8 anos atrás  

    Você tem toda razão foi “só um probleminha”, a final nas propagandas que nos chegam informam que a saúde melhorou, maca zero nos corredores, ela deve ter ido a um outro Socorrão que não o de São luís, já que esse tá 100000.

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