Em entrevista à Rádio Mirante AM, na manhã desta quarta-feira (25), o secretário de Segurança Pública do Estado do Maranhão, Jefferson Portela, esclareceu sobre a grande confusão ocorrida ontem na cidade de Urbano Santos, quando pessoas armadas de pau e pedras, tentaram invadir a delegacia da cidade.
Tudo por que houve boatos disseminados de que pessoas que tinham sido conduzidas à delegacia seriam os suspeitos da morte da menina Maísa Moreno, sequestrada, estuprada e morta no último fim de semana.
Jefferson Portela afirmou que as sete pessoas que foram dirigidas à delegacia eram apenas testemunhas do caso e que ajudariam a chegar até o autor do crime que chocou o Maranhão. Porém, a ação violenta dos moradores, segundo o secretário, prejudicou e muito as investigações.
As testemunhas, assim como os outros vinte presos que estavam na delegacia, tiveram que ter a integridade física mantida. Para isso, policiais militares e civis tiveram que realizar uma força tarefa para conter os ânimos e evitar o pior.
Jefferson também informou que o comunicador que divulgou a falsa informação de que essas testemunhas seriam suspeitas do crime, foi conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos. O nome dele não foi revelado.
O secretário entende a revolta das pessoas mas esclarece que a atitude da população em depredar prédios e veículos públicos foi insana e inconsequente, prejudicando a ação policial.
A Secretaria de Segurança Pública garante que está ouvindo os depoimentos necessários para chegar ao autor do crime bárbaro e realizar a prisão do culpado. Para isso é importante que a comunidade contribua de forma positiva.
Ricardo Pinto
8 anos atrás
Maisa Não Precisa Morrer Mil Vezes
Por: Jacqueline Heluy – Jornalista
Mataram Maisa, uma garotinha de seis anos, no município de Urbano Santos, a 262 Km de São Luís. Ela foi sequestrada, estuprada e, possivelmente, torturada. No domingo, a garota foi encontrada em um matagal, por alguns populares, em estado de choque e agonizando.
Maisa poderia ter sido abraçada, carregada, aquecida por um lençol. Poderia ter recebido, naqueles últimos momentos de vida, carinho, afagos e palavras de conforto que pudessem acalmar o estado de choque em que se encontrava.
Mas, a primeira reação das pessoas que encontraram a menina foi gravar um vídeo mostrando o seu rostinho aterrorizado e o corpo trêmulo agonizando no chão daquele matagal. Imediatamente foi postado em blogs e compartilhado em grupos de whatssapp.
Os estupradores assassinos tiraram a vida de Maisa, mas os frios espectadores que filmaram o seu estado agonizante sem demonstrar nenhum tipo de sentimento e todos aqueles que compartilharam as imagens nas redes sociais também são criminosos porque feriram de morte a dignidade da menina e desrespeitaram a dor da sua família.
E, para estes dois tipos de criminosos, realmente não há perdão. Que seja feita Justiça. É o que a sociedade espera!