Segurança: a desorganização do sistema poderia ter causado tragédias

20150405144714-1Ainda sobre a série de erros do Sistema de Segurança que levou ao resgate de quatro presos em Pedrinhas, o blog teve acesso a informações que mostram como houve falta de comunicação e integração entre as forças de segurança do estado.

Primeiro, os homens do Choque foram solicitados pelo coronel Pereira, que comanda o Comando de Policiamento Especial (CPE), um caveira formado no Batalhão de Operações Especiais (Bope) de Brasília, mas que demonstrou pouco uso dos conhecimentos adquiridos na capital federal.

Ele determinou o envio da tropa ao major Wellington, que como já foi contado aqui no blog, nada esclareceu aos seus subordinados.

Ao chegar em Pedrinhas, os policiais ficaram sob o comando do major Maurílio que está responsável pela presença de policiais no Complexo de Pedrinhas. Por lá, esse major orientou os policiais a ficarem na frente do presídio para combater os bandidos.

Ele foi alertado que isso colocaria em risco a vida dos policiais e o ideal seria que todos ficassem nas guaritas ou dentro do presídio para impedir a saída de qualquer detento.

Mas as sugestões foram ignoradas pelo major Maurílio.

Os agentes penitenciários decidiram se organizar para evitar fugas. De madrugada foram para o mato ao lado da penitenciária para testar as armas e nessa “operação” quase houve fatalidade porque ao ouvir os tiros, uma guarnição da PM reagiu atirando para o mato.

Em outra situação, quase o pessoal do Choque manda bala contra duas pick-ups descaracterizadas que estavam levando agentes penitenciários. Como não sabiam do disfarce, por pouco não foram atingidos por balas.

O fato é que não houve comunicação. Cada força do sistema de Segurança estava lá para fazer o seu papel sem entender qual seria a participação do outro.

Depois de três semanas e tantos episódios, o saldo de toda essa confusão pode ser considerado positivo. Não houve mortes apesar de tudo ter caminhado para isso. De negativo mesmo, só o resgate dos presos, mas isso é algo bem menor diante de tudo que poderia ter acontecido.

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