Jovem aproveita a Páscoa e fatura alto com chocolates eróticos

Chocolates eróticos produzidos e vendidos pela prestadora de serviços Ana Alice Sandoval, de Brasília
Chocolates eróticos produzidos e vendidos pela prestadora de serviços Ana Alice Sandoval, de Brasília

A prestadora de serviços Ana Alice Sandoval, de 24 anos, viu na Páscoa a oportunidade de garantir renda extra para quitar a dívida que tem em uma faculdade particular de Brasília e voltar a cursar enfermagem.

A jovem faz delivery de chocolates eróticos – que variam entre pirulitos nos formatos de vagina e pênis, silhueta de mulher nua, casal praticando sexo oral e pênis recheado – em estações do Metrô. Os mais baratos custam R$ 2; os mais caros, R$ 20. A expectativa dela é arrecadar R$ 1,2 mil até a Páscoa.

O dinheiro, conta, será juntado aos R$ 2,6 mil já emprestados pela avó. Moradora do Riacho Fundo I, Ana Alice cursava o quinto período quando ficou desempregada e precisou largar o curso. As aulas deste semestre começaram há duas semanas.

A prestadora de serviços Ana Alice Sandoval, de Brasília, com bandeja de chocolates eróticos
A prestadora de serviços Ana Alice Sandoval, de Brasília, com bandeja de chocolates eróticos

“Como eu havia pago a matrícula, continuei estudando na esperança de arrumar um emprego e pagar [as mensalidades, de R$ 815]. Como não consegui, aí tive que parar, não tinha dinheiro para o acordo. Aí a faculdade me caracterizou como clandestina, e agora preciso pagar para voltar a estudar”, brinca.

A ideia da venda de “chocolate erótico” surgiu depois de a garota começar a trabalhar com produtos de sex shop e ser questionada se sabia de alguém que vendia produtos do tipo.

Segundo a prestadora de serviços, 99% dos compradores são mulheres. Os alvos costumam ser maridos e amigas ou brincadeiras em chás de lingerie. A duração dos produtos é de até 15 dias, desde que guardados na geladeira.

“Os que mais saem são os [pênis] recheados com leite ninho e com prestígio, pois os recheios são brancos e, assim que você morde, eles escorrem”, explica a jovem.

Mas nem tudo é só alegria. Ana Alice eventualmente é alvo de piadas e ouve que é “tarada” por causa da atividade. Ela garante não ligar para as brincadeiras e não se constranger quando tem de falar sobre sexo ou precisa explicar sobre quaisquer produtos eróticos.

Com informações do G1, Brasília

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