O maior partido do país vem perdendo a cada dia mais espaço e força no Maranhão. Antes o partido que tinha uma governadora, dois senadores, cinco deputados estaduais e outros tantos federais e dezenas de prefeito está a cada dia mais dividido.
Sem a figura da liderança – que era Roseana Sarney – o PMDB internamente está mais rachado. Na Assembleia Legislativa a briga antes pessoal de Andrea Murad e Roberto Costa foi para dentro da legenda e transcendeu chegando ao parlamento.
A ação dos dois parlamentares é totalmente diferente. Não há um direcionamento partidário a ser seguido. A situação do PMDB ficou tão grave na Assembleia que para garantir espaços um dos maiores partidos do Maranhão teve que fazer acordos de tudo quanto é forma para garantir algum destaque em comissões.
Na Câmara Municipal de são Luís, o vereador Fábio Câmara caminha sozinho sempre atirando para todos os lados para atingir o prefeito da capital, Edivaldo Holanda Júnior. O peemedebista, que ficou abandonado na eleição do ano passado quando decidiu disputar vaga na Assembleia, caminha solitário sem receber qualquer apoio da legenda.
Um dos pivôs para toda essa confusão interna do PMDB é Ricardo Murad. Ele – após o afastamento de Roseana – tentar impor suas vontades na agremiação e quando não consegue consenso, não liga para a posição dos colegas e resolver fazer o que quer da maneira que acha ser melhor.
Assim é que orienta a filha, que vive em um discurso único na Assembleia (o da saúde), e não senta à mesa para dialogar com os grupos no Legislativo Estadual enfraquecendo a legenda e prejudicando os demais colegas.
Fábio Câmara amarga a solidão porque rompeu com Ricardão quando decidiu ser candidato a deputado estadual contrariando a vontade do ex- todo poderoso Ricardo Murad.
A pressão interna é tanto em cima do vereador que Câmara já fala em sair da legenda e buscar espaços em outras. Fábio já até se reuniu com Luis Fernando Silva para falar sobre o melhor destinho para ele.
O filho do senador Edison Lobão, o Edinho, até tentou assumir a liderança do PMDB, mas sem molejo político e saco para aguentar as posições tresloucada de Ricardão, preferiu se voltar somente aos seus negócios e esperar a poeira baixar.
E Roberto Costa – cada dia mais próximo do pessoal do governo – já virou sua atenção para as eleições de 2016 em Bacabal. Quer sair um pouco do raio de atuação de Ricardo Murad.